sexta-feira, 31 de agosto de 2012

De ocaso de uma mente brilhante

Um assassinato vai acontecer, pessoas propícias ao crime, um ambiente carregado de maus fluídos, um criminoso manipulador e um detetive em fim de carreira.


Tudo isso você encontra em “Cai o Pano”, romance policial onde Agatha Christie conta “a última aventura de Hercule Poirot”.

Todo escritor precisa “matar” seu principal personagem quando ele se torna muito famoso, foi assim com Arthur Conan Doyle e Sherlock Holmes e também com a “dama do crime” e seu detetive belga.

Ela, então, resolveu dar a seu personagem um adeus em grande estilo, onde ele se confronta com o seu mais intrincado enigma.

Já com problemas sérios de saúde, o belga se retira para uma pousada de uma cidade interiorana na Inglaterra, onde encontra vários conhecidos que passam o verão inglês, quente, chuvoso e abafado.

Seu cérebro, ou melhor, suas pequenas células cinzentas não param de funcionar e ele logo percebe que o local está desenhado para um crime perfeito, onde o assassino sairá impune e ainda terá o prazer sádico de ver um(a) inocente ser incriminado(a) em seu lugar.

Mas Poirot não deixará isso acontecer, ele escreve a seu grande amigo Hastings, solicitando que o mesmo passe alguns dias agradáveis em sua companhia.

As reais intensões de Poirot é que seu amigo faça as vezes de seus olhos e ouvidos, andando pela propriedade e conversando com seus inquilinos, relatando-lhe tudo o que aconteceu ao fim do dia.

Muita intriga, emoções fortes, grandes revelações e um final marcante encerram a carreira do grande combatente do crime, numa história inesquecível.

Um belo canto de cisne orquestrado com maestria pela autora.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

De mais imagens da produção de O Hobbit

É, lá vamos nós falar de novo de O Hobbit.

Na verdade é só para mostrar mais algumas imagens divulgadas da produção.

Só para aumentar minha ansiedade com relação à estreia do filme em dezembro.

Temos dessa vez o visual do elfo Thranduil, com seu arco e flechas, oito anões prontos para a briga e finalmente Thorin Escudo de Carvalho empunhando a famosa espada Orcrist (forjada por elfos e presenteada ao anão quando ele esteve em Valfendas).



 


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

De deslocamento espaço-temporal

Para usar uma gíria que se encaixa bem aqui, “minha cabeça vai explodir”.

Doctor Who é um seriado inglês que existe desde os anos 1960, sendo que foi considerado pelo livro dos recordes o seriado de ficção científica mais duradouro do mundo, já que sua primeira fase foi produzida e exibida na Inglaterra até o final dos anos 1980, quando episódios especiais passaram a ser produzidos e exibidos em datas especiais (feriados).

Até que em 2005 a série foi retomada em temporadas regulares de 13 episódios, já chegando a sua sétima temporada que será exibida em breve na Inglaterra.

Somente agora é que no mercado brasileiro foi lançado o box da primeira temporada.

Feito o preâmbulo, vamos falar porque minha cabeça está para explodir.

Eu comprei o box, que chegou semana passada.

Passei a assistir com curiosidade.

No primeiro episódio conhecemos o “Doutor” (Christopher Eccleston), que é um alienígena da raça Senhores do Tempo, que viaja no espaço e no tempo numa máquina conhecida como TARDIS (Time And Relative Dimensions In Space – Tempo e Dimensões Relativas no Espaço), que tem a aparência externa de uma cabine policial dos anos 1950, mas internamente é muito maior.

Também somos apresentados à Rose Tyler (Billie Piper), uma humana que sofrerá uma grande mudança em sua vida por causa do “Doutor”.

O “Doutor” explica à Rose que ele viaja pelo espaço-tempo para impedir que alienígenas alterem o curso da história da humanidade ou que invadam a Terra ou para conhecer novas civilizações e que naquele momento estava tentando impedir que uma raça que domina a matéria plástica invadisse a Terra.

Após combater o líder desses alienígenas, o “Doutor” acaba fazendo um convite para que Rose o acompanhe em suas aventuras, após alguma incerteza, ela aceita e ambos partem na TARDIS em busca de um novo destino.

Ao longo da temporada, vemos os dois aventureiros irem ao futuro, voltarem ao passado, enfrentarem seres etéreos, alienígenas que queriam destruir a Terra, conhecer aliados, reencontrar inimigos esquecidos, até o episódio final, onde acontecimentos inesperados contribuem para consequências curiosas.


Os episódios da primeira temporada são os seguintes: 
  1. Rose
  2. The End Of The World
  3. The Unquiet Dead
  4. Aliens Of London
  5. World War Three
  6. Dalek
  7. The Long Game
  8. Father's Day
  9. The Empty Child
  10. The Doctor Dances
  11. Boom Town
  12. Bad Wolf
  13. The Parting Of The Ways

De gênio dos quadrinhos

Se estivesse vivo, ele estaria completando hoje 95 anos.

Foi um nome pioneiro nas Histórias em Quadrinhos, com seu estilo marcante e característico e histórias criativas.

Dos traços de seu lápis e do argumento de seu parceiro, Joe Simon, nasceu um dos heróis mais emblemáticos da Marvel, o Capitão América, isso quando a editora ainda se chamava Timely, no início dos anos 1940.

Com o declínio das histórias de super-heróis nos anos 1950, graças à “caça as bruxas” do livro Sedução do Inocente (que acusava as HQs de serem péssima influência para os adolescentes), ele desenhou revistas de terror, de romance, de western e de humor.

Aos poucos, quando os super-heróis ressurgiram na Era de Prata, ele ajudou a DC Comics a recriar o Arqueiro Verde e criou os Desafiadores do Desconhecido.

Posteriormente, junto com Stan Lee, criou uma galeria completa para a Marvel, personagens como Thor, Hulk, Quarteto Fantástico, Homem de Ferro, os X-Men originais, entre outros.

Após desentendimentos criativos na Casa das Ideias, ele voltou para a DC Comics, onde teve, talvez, sua fase mais criativa, quando trouxe para as histórias do Superman os personagens do 4° Mundo.

Personagens como Darkseid, Senhor Milagre, Os Novos Deuses, O Povo do Amanhã (ou o Povo da Eternidade), enriquecendo a mitologia do homem de aço.

Ali ele também trabalhou com outros títulos como Kamandi, um garoto num futuro apocalíptico onde a humanidade foi exterminada e ele é o último humano vivendo num planeta onde animais com aspectos humanoides dominam tudo; OMAC, o exército de um homem só; Etrigan, o Demônio, que desde que foi aprisionado por Merlin num corpo mortal vaga pela terra em busca de sua liberdade (posteriormente sua origem e histórias foram mudadas); e Sandman, um herói que usava um gás sonífero para combater o crime.

Ele ainda trabalhou com adaptações para os quadrinhos de filmes famosos, fez storyboards para televisão, fez parte de equipes criativas de desenhos animados com Thundarr, o Bárbaro.

Ao final de sua vida, estava trabalhando na Editora Pacific Comics, com quadrinhos autorais, onde além de manter os direitos sobre seus personagens, recebia royalties sobre eles.

Ele morreu em 18 de fevereiro de 1994, mas ainda hoje é um mito e referência para a industria dos quadrinhos.

Não é por acaso que ele era e é conhecido como The King.

Esta é uma pequena homenagem a Jacob Kurtzberg, o eterno Jack Kirby.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

De reflexos na cidade

A ideia é bem sacada, afinal, Londres é uma cidade conhecida como de altos índices de pluviosidade, ou seja, chove muito por lá.

Em local de muita chuva o que mais se vê em ruas e calçadas são poças d’água.

E o que se obtém na superfície de poças? Belos reflexos da cidade, um ângulo que ninguém ou quase ninguém nunca observa, afinal, quando se está andando debaixo de uma garoa que seja, todos que estão na rua se apressam para fugir ao banho involuntário.

Uma pessoa que pensou diferente foi Gavin Hammond, um fotógrafo que, sempre que chovia, saia por Londres de bicicleta munido com uma câmera fotográfica e colhia imagens da cidade vistas através dos reflexos dessas poças, algumas dessas fotos estão abaixo, divirta-se com esses ângulos inéditos.









domingo, 26 de agosto de 2012

De força da água

Aquela sensação de umidade no ar, um barulho forte de trovão, o frescor da natureza.

Toda a potência hídrica de um rio canalizado em uma queda d’água, a gravidade cedendo força para que pedras sejam moldadas por mãos fluídas e constantes.

Nem sempre é assim, algumas vezes uma cachoeira é apenas um fio d’água, caindo de poucos metros e que mal é notada.

O que impressiona é que sempre que a água encontra um obstáculo, ela se acumula, criando um volume que pode remover o tal obstáculo, ou o contorna, criando uma rota alternativa, sempre seguindo seu destino, um curso d’água maior e, por fim, o mar.

A mão humana a retém, criando barragens para explorar sua força, mas mesmo assim não a impede de seguir seu caminho.

Apesar de toda sua força, se não houver uma preservação, nalgum tempo futuro o rio faltará, aí, será tarde demais.

sábado, 25 de agosto de 2012

De memórias políticas

Como o tempo passa e a gente não sente…

Hoje estava vendo algumas revistas e em uma delas tinha uma reportagem sobre o governo Collor e os caras pintadas, aí eu pensei, poxa, no dia da votação do afastamento delle do governo, eu estava em Brasília e era um dos milhares de caras pintadas que lá faziam manifestação.

Foi aquela loucura, último semestre de graduação, tinha apenas 13 horas de aulas semanais divididas em uma grade de 40 horas semanais, ou seja, o que eu mais tinha era tempo livre, daí o Diretório Estudantil obteve patrocínio para a viagem, a Universidade cedeu um ônibus (ou dois, não me lembro) e lá fomos nós.

Saímos num dia, chegamos a Brasília na madrugada do dia seguinte e, para completar o bate-e-volta, ao fim da tarde daquele dia estávamos na estrada de novo para chegar no dia seguinte.

Loucuras de estudantes e histórias para contar, eu acredito que tenha saído em algum jornal uma foto da “delegação”, que representava o Estado de MG (estado onde fiz a graduação), talvez o Estado de Minas, ou quem sabe o Correio Braziliense, lembro-me que cheguei a ver a página do jornal, mas ele não era meu e nem me lembro qual era.

O tempo passou, a política piorou e hoje não sei se toparia uma aventura dessas de novo, o que vale é que ela aconteceu e na época foi deliciosa.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

De desenhos realistas

Eu não consigo desenhar nem uma linha reta sem uma régua.

Porque eu estou falando isso?

Simplesmente por que hoje eu vi uma série de desenhos feitos com canetas esferográficas, por um desenhista amador, que estou impressionado até agora.

Sim, Samuel Silva é um advogado português que tem como “hobby” o desenho, muitas vezes ele leva quase 45 horas para finalizar um, mas a qualidade é indiscutível.

Eis alguns desses desenhos:

 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

De histórias da dama inglesa

Cada vez que a gente lê um livro que já leu acaba achando pequenos detalhes que passam despercebidos.


Assim é com Agatha Christie, na primeira vez que você lê um romance que ela escreve, alguns detalhes podem passar batidos, aí você acha que as soluções, mesmo bem explicadas, são um pouco “Mandrake”.

Só que você lendo com atenção, com tranquilidade, vai achando as linhas soltas, todas as pistas que se unem no final, uma ou outra passam batida, há alguma prestidigitação sim, mas basicamente tudo está lá.

Não é à-toa que ela é a romancista de língua inglesa mais reproduzida no Mundo, tendo mais traduções que o Bardo Shakespeare para citar de exemplo.


Num trem parado, preso por uma nevasca, um crime acontece, uma pessoa é assassinada e inúmeras pistas fazem parecer que tudo é um círculo sem fim, mas o brilhante Hercule Poirot consegue distinguir a realidade da pantomima, com suas pequenas “células cinzentas” ele elabora uma tese que, apesar de ser mirabolante, mostra-se a correta e surpreendente verdade pode mostrar que uma injustiça será feita e uma segunda tese calçada nas desencontradas pistas que surgem ao longo da investigação, fazendo um criminoso pagar por seus crimes passados.

Hercule Poirot


Cabe agora definir o caminho a seguir, qual narrativa será apresentada às autoridades húngaras quando o trem prosseguir a viagem.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

De saudades do Maluco Beleza

Hoje faz 23 anos que o Rock Nacional perdeu um de seus maiores nomes, Raul Seixas.

Achei de autoria de Fábio Andrade essa homenagem onde se brinca com as letras das músicas do Maluco Beleza, agora a reproduzo aqui.

“Porque Raul era único?
Porque era um Cowboy Fora-da-Lei, mas falava das Coisas do Coração.
Porque era Movido a Álcool e Não Queria Mais Andar na Contramão.
Porque queria fazer um pacto com o diabo e cantava Ave Maria na rua.
Porque queria parar o mundo para descer porque conhecia o Segredo do Universo.
Porque nasceu há 10 mil anos atrás e ainda era um Messias Indeciso.
Porque conhecia o Dr. Pacheco que usava Dentadura Postiça.
Porque Conservava Seu Medo e fazia Planos de Papel.
Porque cantou tudo o que veio a cabeça e conversou pra boi dormir.
Porque foi um Carimbador Maluco dos números e palavras rabiscadas.
Porque se apaixonou por Babilina e assassinou quem mais amava na Beira do Pantanal.
Porque foi Super-Herói e não a Areia da Ampulheta.
Porque mesmo aos trancos e barrancos ele Tentou Outra Vez.
Porque o Medo da Chuva não era sua Paranoia, foi só um Chorinho Inconsequente.
E por fim…
Porque foi o único Maluco Beleza que falou a Verdade Sobre a Nostalgia.”

Long Live Raul Seixas.

De exploração espacial

Ontem, dia 20 de agosto, fez 35 anos que a NASA lançou a sonda Voyager II rumo aos confins do sistema solar.

A sonda tinha a missão de fotografar os planetas gigantes gasosos, Saturno, Júpiter, Netuno e Urano, com a finalidade de trazer um pouco mais de conhecimento sobre eles.

Ao fotografar Urano em 1989, sua missão oficial havia se encerrado, porém a sonda continuou sua jornada com destino ao espaço interestelar (região fora do limite do sistema solar).

Hoje ela se encontra no limiar do nosso sistema solar, na chamada região Heliopausa, o limite máximo aonde os ventos solares chegam, após essa área existe apenas o espaço interestelar.

Segundo estimativas, a Voyager II terá energia para emitir alguns dados para a Terra até o ano de 2020, quando seus sistemas entrarão em esgotamento de energia e “morrerão”.

Qual a distância que ela chegará ainda emitindo esses dados, ninguém sabe, mas usando o sistema de anos-luz (que mede a distância entre corpos espaciais), hoje a Voyager II se encontra a apenas 17 minutos-luz da Terra, sabemos que a estrela mais próxima do nosso sistema se encontra a cerca de 4,5 anos-luz daqui.

O fato é que desde os anos 1980 os cientistas passaram a ter imagens reais dos planetas gasosos, que até então eram representados por arte realista feita por artistas, com todas suas fantasias e imperfeições.

Como é citado na abertura da série clássica de televisão Star Trek, hoje sabemos que “o espaço é a fronteira final”

Júpiter

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

De estilo de vida

Vi agora essa declaração, achei legal e resolvi trazer para cá com um pouco de adaptação (o original você encontra aqui), pelo menos para o meu gosto.

"Quem Sou Eu? Eu Sou o Rock’n’Roll!
Sou o amor incondicional que todo roqueiro trás no peito,
Sou a alma que existe atrás de uma guitarra,
Sou o som por trás de uma bateria vazia.
Sou Heavy, Hard, Progressivo, Rockabilly, Folk, Punk.
Sou o cheiro da vitória da camisa usada no show do AC/DC.
Sou a bandeira do Brasil no show do Queen no Rock In Rio.
Sou o orgulho presente em Woodstock.
Sou a falta de ar de quem fica na grade.
Sou a dor no pescoço depois de um show de Metal.
Sou a lágrima que escorreu quando o Iron entrou no palco.
Sou o espanto de ouvir sete mil pessoas cantando a música sobre um bardo.
Sou a força da frase de “I know, it’s only rock’n’roll, but I like it.”
Sou o olhar apaixonado de quem toca no Brasil pela primeira vez.
Sou o suspiro ao final de cada música.
Sou o resto de fé contido de todo fã do Pink Floyd.
Sou a Smoke On The Water.
Sou a paixão em um show do The Who.
Sou o calor presente no festival da Ilha de Wright.
Sou a saudade de todos pelos Ramones e o eco de um “Hey Ho, Let’s Go.”
Não sou um estilo de música.
SOU UM ESTILO DE VIDA."

domingo, 19 de agosto de 2012

De quadrinhos e homenagem

Quadrinhos para adultos sempre quis dizer que tinham conteúdo erótico, aliás, apelo, já que conteúdo a grande maioria nunca teve.

Não é o caso de Neonomicon. Sim, ele tem algumas cenas mais voltadas para o sexo, mas o seu conteúdo é rico e o pouco que há de erótico não é apelativo.


Também, convenhamos, Alan Moore constrói seus argumentos com eficiência e qualidade, sem a necessidade de ganchos apelativos, se na história há algum elemento, este foi colocado ali porque fazia parte do todo.

No caso, o todo é o que mais surpreende.

Trata-se de uma grandiosa homenagem a H. P. Lovecraft e sua obra.

Lançada no Brasil como uma grafic novel com 188 páginas, ela originalmente é dividida em duas minisséries, O Pátio (em duas partes) e, o próprio, Neonomicon (em quatro partes), que são intimamente ligadas entre si e trazem impregnadas em cada quadro toda a influência que o universo lovecraftiano poderiam oferecer.

Lá encontramos a linguagem Aklo, os cultos rituais a deuses ancestrais, criaturas abissais (quem se lembrou de Cthulhu?), os túneis quilométricos onde o mal prolifera, a cidade de Salem (que é citada e serve de inspiração para alguns cenários de seus contos), fica difícil enumerar tudo, mas o trânsito é livre para todas as referências.

A grande diferença entre esta obra de Moore e a obra de Lovecraft são os desenhos magistrais de Jacen Burrows, que dão menor margem de imaginação ao leitor, mas ainda assim argumentista e desenhista trabalham de forma que exista espaço para que a imaginação funcione tão bem quanto em um livro, obra para ler e reler.


De corrida

Um momento de paz, de reflexão, só você, sua frequência cardíaca, suas passadas ritmadas, muitas vezes não importa a paisagem, não importa o movimento a sua volta.

O que importa é que esse é o momento para você organizar seus pensamentos, clarear as ideias, ganhar força para continuar sua trajetória.

O suor purifica, o cansaço revigora, a respiração se renova e os quilômetros ficam para trás.




sábado, 18 de agosto de 2012

De releitura confortável

Depois de vários livros que eu nunca tinha lido, hoje comecei a reler um antigo.

É bom rever personagens conhecidos, locais já trilhados, enigmas já solucionados, agora com uma nova visão.

Dessa vez devo ler bem devagar, degustar cada palavra, cada capítulo.

Dar um descanso ao cérebro, que andava a mil com algumas histórias que eu li.

Não que isso seja ruim, cada vez que é uma aventura nova é um exercício para o cérebro e isso é bom para mantê-lo sempre ativo, mas é que às vezes a gente sente saudades de um lugar conhecido.

E vamos viajar no Expresso do Oriente na companhia do Belga Baixinho novamente.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

De projetos

Hoje, olhando alguns endereços de fotos e outras curiosidades, achei uma lista interessante.

Ela traz diversos itens que podem servir de origem para alguns pequenos contos, por isso não vou divulgar seu endereço aqui, apenas vou cita-la.

Criarei os contos? Talvez, pelo menos visualizando algumas imagens e lendo a descrição do lugar é um ponto de partida interessante, basta eu ter alguma inspiração e algum tempo para colocar a ideia em andamento.

Uma coisa é certa, duas das minhas últimas leituras influenciaram essas ideias, não pretendo chegar perto de sua genialidade, mas a obra de P. H. Lovecraft e Abu Fobyia tem dedo nesse pequeno projeto que eu pretendo colocar em andamento.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

De contos de fadas aterrorizantes

Estou em estado de choque, ainda.

Eu sei que os contos de fadas não são tão bonitinhos quanto Disney nos mostrou, pelo contrário, eles são cruéis, sanguinários e até com algum apelo sexual.

Mas o que a mente macabra de Abu Fobiya descortinou com Branca dos Mortos e os 7 Zumbis superou tudo.

Usando sua fértil imaginação, aliada às culturas pop e nerd (as duas quase se mesclam), ele criou um mundo bizarro, cheio de terror, representado por zumbis, fantasmas e monstros, todos vivendo num mesmo universo, numa terra amaldiçoada que perpetua o mal ao longo dos séculos.

Nada escapa à deformação dos contos, de os três porquinhos até o Pequeno Polegar, de Branca de Neve (conto que dá título ao livro) até Rapunzel, vários contos conhecidos de nossa infância.

A jogada de mestre é que Abu Fobiya cuidadosamente entrelaçou todos os contos, fica difícil falar algo sem revelar spoilers, mas o leitor mais atento sabe do que eu falo.

Segundo informações, a vendagem do livro é excelente, mesmo sendo exclusiva do site Nerdstore, não tendo comercialização tradicional (livrarias reais ou virtuais), e estaria na lista dos cinco livros de ficção mais vendidos do país.

Estamos aguardando novos lançamentos do selo Nerdbooks e do alucinado autor Abu Fobiya

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

De Estrela e Mito do Rock

De infância difícil, ao estrelato, muitos têm essa trajetória.

Mas ele foi único, estava trabalhando como caminhoneiro quando resolveu gravar um compacto simples para presentear sua mãe com uma de suas músicas preferidas.

O resto é história, a história do Rock, de seu Rei, de The Pelvis, enfim ali começava o mito Elvis Presley.

Ele foi um dos pioneiros do rockabilly, formato de rock que engatinhava nos anos 1950, foi um dos que melhor explorou sua imagem no cinema, com inúmeros musicais, e fez uma das primeiras apresentações ao vivo via satélite num show realizado no Havaí.

Criou um mito até hoje visitado em Graceland, sua mansão localizada em Memphis, Tennessee.

Enfim, tudo que for falado dele aqui é pouco e incompleto, afinal mitos e realidades se fundem quando mencionamos seu nome.

Nesta data de 16 de agosto, completa 35 anos de seu falecimento (mentira, Elvis não morreu), uma data triste, mas que eternizou o mito e o colocou no panteão dos imortais.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

De dispersão

Hoje estou dispersivo…

Penso em fazer uma coisa e acabo iniciando outras ao mesmo tempo…

Por exemplo, pensei em procurar uma imagem e jogar palavras sobre ela, acabei achando um monte de coisa para colocar em outro lugar e a imagem para o texto, nada…

Comecei a ler uma revista e parei, peguei outra…

E assim vai, hoje não sai nada decente, inteiro e completo…

Tem dias que é assim.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

De caipira cinquentão

Nem me recordo mais de quando foi a primeira vez que li alguma história do Chico Bento, mas faz muito tempo, com certeza.

O jeito matuto, simples, doce de ver a vida, que seu autor, Maurício de Sousa, imprimiu nele é uma fórmula ganhadora, impossível alguém ler e não gostar.

Suas aventuras ao lado de Zé Lelé, tentando roubar as goiabas do Nhô Lau, as aulas com a turminha, onde ele sempre é o mais atrasado, as quermesses, o namoro com a Rosinha, enfim, uma delícia de infância.

Isso sem contar a fauna do sítio, a Giserda, o Torresmo, e todos os animais que são tratados com carinho pelo personagem, mostrando que apesar de serem diferentes todos merecem uma atenção e um carinho igual.

O respeito aos pais, as aventuras com o primo da cidade, a família é um ponto fundamental para o seu núcleo.

E uma vez Maurício resolveu levar o caipirinha para o mundo da animação e ele fez tanto sucesso que desbravou o mundo, tendo milhares (literalmente) de fãs na China, tamanho o sucesso que “Óia A Onça” fez por lá.

Porque toda essa reflexão sobre o adorado Chico Bento?

Simples, neste ano ele completa meio século de existência, hoje eu vi que os Estúdios Maurício de Sousa estão lançando uma edição superespecial do personagem com inúmeras histórias e uma novidade, uma aventura inédita em estilo Mangá, com o Chico adolescente, seguindo os passos da Turma da Mônica Jovem, se ele passará a ter uma revista no estilo é cedo para dizer, mas com certeza, com toda a empatia que ele possui, ela será um sucesso também.

domingo, 12 de agosto de 2012

De lua e luar

Lua…

Inconstante com suas fases…

Cumplice de enamorados furtivos…

Serena observa a terra, seja de dia ou de noite…

Com seu brilho suave sobre a terra…

Mesmo quando foi “conquistada” 43 anos atrás não perdeu seu encanto…

A lua, e seu reflexo, continua encantado dia após dia…

sábado, 11 de agosto de 2012

De cavaleiros, andróides e magia

Não sei se todo mundo conhece RPG (Rolling Play Game), trata-se de um jogo onde a interpretação do personagem é importante, ou seja, você não só movimenta o peão (normalmente uma pequena escultura em plástico ou metal representando o personagem) como tem que dar-lhe personalidade e demais características.

Bem, esse livro de fantasia é quase um RPG, já que o enredo coloca os personagens em situações onde o leitor pode bem se imaginar representando ou mesmo enfrentando o desafio.


Apesar da criatividade, dando origem a um universo (ou melhor, multiverso) totalmente novo, cheio de magia, personagens de carisma, animais fantásticos, seu enredo é mediano.

Talvez a minha escala de cobrança seja alta e eu esteja sendo severo demais, mas houve momentos em que eu senti falta de profundidade em situações ou diálogos, soluções frágeis para se sair de problemas, reviravoltas de enredo forçadas.

Ainda assim, existem momentos em que você torce para que tudo melhore, pois você vê o potencial da trama, dos personagens e sente que falta algo, que tudo fica aquém.


A mistura de magia, armas medievais e armas mais modernas (como revólveres), ver os protagonistas (o lado do bem) matar seus adversários, é incomum, ver personagens mudar de lado, já é mais usual, mas ainda assim, eu acredito que tudo poderia ser mais bem explorado.

Existe ainda um volume dois, vou dar mais uma chance para a série, mas confesso que estou descrente.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

De dimensão e mar

Nunca entrei num barco, quer dizer, essas escunas de turismo de praia não conta, estou falando de um barco, iate ou como queira chamar, para ir para o mar e ficar curtindo o dia.

Não necessariamente para pescar, mas para olhar a imensidão das águas, que se estendem para até onde a vista alcança, se fundindo no horizonte com o céu.

A ideia me passa a real dimensão humana, uma “gota” d’água no meio do oceano, um nada no mundo.

E apesar de tudo isso, como somos orgulhosos, arrogantes, teimosos, nos sentimos donos do universo, acima de todos os outros.

Mas é assim, por mais que tentemos mudar, nunca teremos a nossa real posição nessa vida.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

De blues a meia luz

Ontem o dia não foi legal, definitivamente.

Problemas técnicos no trabalho, minha conexão de internet que resolveu falhar, eu estava a ponto de bater no primeiro que cruzasse minha frente, sem nenhum motivo, e olha que para eu ficar nessa fissura de raiva o negócio tem que ser ruim.

Para completar o dia, fiquei sabendo que um grande músico havia morrido.

Celso Blues Boy faleceu nesta segunda passada, aos 56 anos, depois de uma luta contra um câncer na garganta.

Eu não podia deixar passar em branco essa passagem.

Um dos pioneiros em compor blues em português, o camarada que fez dueto com ninguém menos que B. B. King, um senhor guitarrista.

A maioria deve conhecê-lo pela música “Aumenta Que Isso Aí É Rock’n’Roll”, mas ele foi muito mais que apenas essa música.

Apesar de a composição não ser o seu forte, algumas letras são boas e interessantes, para citar de memória, “Tempos Difíceis”, “Sempre Brilhará”, “Apenas Outro Blues”, para citar alguns.

Mesmo atrasado, eu não poderia deixar de prestar homenagem.

E agora ele participa da grande Jam com nomes míticos do blues e do rock que já estão no andar de cima.

Long Live Blues, Long Live Celso Blues Boy.

domingo, 5 de agosto de 2012

De terror psicológico

Só posso dizer que ainda estou tentando assimilar.

Não é uma pancada que você perde a direção, não é um terremoto que te tira do chão, mas você fica perdido do mesmo jeito.

H. P. Lovecraft é um dos baluartes da literatura e isso não aconteceu por acaso.

Ele constrói a trama te dando todas as condições de você visualizar as ações, numa narração quase que jornalística, descrevendo os acontecimentos, o ambiente, a atmosfera.

Ele fornece os ingredientes, mas você tem que mistura-los e molda-los conforme sua imaginação.

Não estou falando de seus contos mais famosos, A Tumba ou O Chamado de Cthulhu, mas de O Caso de Charles Dexter Ward.



Um jovem que começa a investigar o passado e o ocultismo com uma avidez incomum.

Seus passos o levam a uma vertiginosa trilha sobrenatural, arrastando consigo toda sua família e um amigo.

Sua trajetória não foge ao esperado, o que surpreende é como os terrores que se descortinam em suas páginas são trabalhados, com pequenas nuances, muita ambientação sufocante e quase nenhuma descrição de criaturas ou similares, deixando a cargo do leitor e de sua imaginação criar figuras e lugares, de forma a mexer com o psicológico de forma intensa.

Depois que a trama decola você não quer mais largar o livro, não há mais o que dizer.

De realidade esportiva

Eu publiquei agora a pouco no meu outro blog sobre a realidade esportiva brasileira, acho que vale a pena trazer o post para este blog também, afinal ele é bem mais visitado e o tema é bom para reflexões.

Só um adendo, quando escrevi a regata do iatismo ainda não havia sido disputada, agora com o resultado final Scheidt e Prada ficaram com o Bronze.

"Tem mais ou menos uma semana que eu escrevi falando sobre o primeiro dia dos Jogos Olímpicos, falando da surpresa das medalhas, eram três, agora o número dobrou e hoje temos pelo menos mais uma no iatismo, mas foram três de bronze e a de hoje deve ser prata ou bronze, o ouro será muito difícil.

Decepção? Não.

Culpa dos atletas? Não.

Conformismo? Não.

Pura realidade, e é fácil de ser explicado.

Falta seriedade e organização aos dirigentes esportivos nacionais.

Não só para os Jogos, mas em geral o esporte não é conduzido como deveria ser, e se olharmos para trás nós veremos que a situação era ainda muito pior.

Hoje, algumas confederações resolveram até fazer um trabalho mais organizado e sério, empresas como a Petrobrás “abraçaram” e “adotaram” alguns atletas, mas para a realidade mundial é pouco.

E o pior é a irresponsabilidade de alguns meios de comunicação, que, com um ufanismo infantil, querem a todo custo vender que o esporte nacional está equiparado aos melhores do mundo, quando não falam que somos os “melhores”.

O mais preocupante disso é que daqui a quatro anos os Jogos serão realizados no Rio de Janeiro e com a atual estrutura e (falta de) apoio, o Brasil terá que contar com a sorte, a superação dos abnegados atletas e (espero que não) alguma “mãozinha” das arbitragens para melhorar nosso desempenho.

Falo da “mãozinha” das arbitragens porque infelizmente estamos vendo isso nos atuais Jogos, algumas vezes de forma discreta, outras nem tanto, pois em alguns esportes a Grã Bretanha está sendo claramente beneficiada.

O que é pior é que muitas vezes nem é culpa da arbitragem, é falta de categoria, qualidade e experiência deles, pois como os Jogos são um evento mundial, os organizadores e confederações são obrigados a convocar árbitros de algumas nacionalidades onde os esportes são pouco praticados e isso gera alguns erros sérios em diversos jogos da competição.

O Brasil ainda deverá colecionar algumas medalhas nesta semana que fecha os Jogos, talvez um ou outro ouro, mas o desempenho deverá ser o de sempre, atingindo décimo sétimo ou décimo oitavo lugar, o que reflete a realidade nacional e serve de recado, enquanto os dirigentes pensarem em engordar o próprio bolso e não dar atenção à base (categorias infantis e juvenis), sempre estaremos nesse patamar e vai chegar a hora em que o discurso vazio ufanista não esconderá mais nossas deficiências."