domingo, 13 de outubro de 2013

Soldados perdidos

Hoje em dia usamos a comunicação para tudo, telefones e computadores para nos comunicarmos com pessoas à distância, televisão e outros meios de notícias, tudo corre à velocidade da luz.

Agora imagine se você perde todo e qualquer contato com o resto da humanidade, fica sem saber as menores informações da sociedade e do Mundo, como você reagiria? Continuaria a desempenhar seu cotidiano ou mudaria todos seus hábitos?

Bom, para um número de soldados do exército do imperador, que lutaram no teatro do Pacífico, na II Guerra Mundial, a resposta foi simples, eles mantiveram seu cotidiano e suas ordens, que era lutar contra os aliados.

Não, isso não é brincadeira, vários soldados ficaram isolados em ilhas, perdidos de seus batalhões, mas mesmo assim continuaram a patrulhar o perímetro de seus acampamentos, a colocar armadilhas para capturar ou matar seus inimigos e, principalmente, a sobreviver, mesmo sem o apoio de seus colegas e superiores.

Há a narrativa de vários soldados que foram achados sozinhos em ilhas da Polinésia e das Filipinas, esperando a volta de novos pelotões para lhes render e substituir, que pensavam que a II Guerra Mundial continuava, muito tempo depois da assinatura da rendição pelo governo nipônico.

Essa disciplina oriental foi um dos fatores que transformaram os japoneses em terríveis adversários para os EUA após o ataque a Pearl Harbor e que gerou batalhas sangrentas em diversas ilhas, como Guadalcanal e Iwo Jima. Também foi devido a essa determinação que surgiram os kamikazes, pilotos que arremetiam contra embarcações aliadas com o intuito de as afundarem, mesmo que lhes custasse a própria vida.

Mas voltando aos soldados perdidos, muitos foram achados ao longo das décadas de 1940 (após 1945) e 1960, sendo que um resistiu escondido até o início dos anos 1970, aceitando o final da guerra quando um superior seu aceitou sair da aposentadoria e lhe falar sobre o fim da guerra e a paz assinada pelo Império Nipônico.

São histórias de determinação, disciplina, mas de total precariedade nas comunicações que o Japão apresentava no final do conflito, quando seu esforço já estava mais para defender seu território do que para invadir e dominar os países da região.


Nenhum comentário: