domingo, 28 de outubro de 2012

De recado das urnas

E um assunto chato e que ninguém gosta, mas, de novo a democracia aconteceu hoje em 50 cidades do país, onde houve 2° turno nas eleições para Prefeito.

Não sou cientista político, nem nada do gênero, só um curioso que a cada dois anos fica com o sangue instigado pela política. Não me candidataria nunca, não por medo de perder, mas porque acho que no panorama da política brasileira o que menos existe é ética, e eu não teria estômago para isso. Mas eu gosto de política, o que posso fazer, vou falar a respeito.

Vou falar mais especificamente de duas cidades, Campo Grande e São Paulo, por motivos pessoais. Uma porque moro, a outra porque eu adoro aquela megalópole.

Em ambos os casos, os resultados foram significativos, mostrando que a política sempre singra ventos obscuros e inesperados.

Em ambas as capitais, os candidatos que agora foram derrotados eram favoritos, um nome forte de seu partido e ex-candidato à presidência da república, o outro afilhado político do governador e afiliado ao partido que governava a cidade há mais de 20 anos. Ambos passaram para o segundo turno representando uma continuidade de governo, uma segurança pelo fato de a população conhecer o tipo de governo, esse foi o discurso dos dois.

Outro discurso usado foi o que ambos teriam a maioria dos vereadores na câmara legislativa, que isso facilitaria aprovação de leis que facilitassem a condução das cidades. Só que ambos se esqueceram de que Política é a arte da negociação, que é democrático uma oposição atuante no legislativo para que o executivo se articule para conseguir aprovar mudanças que realmente sejam essenciais à cidade e que representem mesmo progresso, o que dificilmente acontece quando legislativo e executivo comungam a mesma cartilha.

Seus adversários representavam a mudança, o novo, e enfrentavam a desconfiança dos setores conservadores da sociedade, que preferiam a continuidade dos atuais governos. Em ambos os casos no segundo turno esses candidatos conseguiram apoios de candidatos derrotados no primeiro turno, não que exista a transferência de votos, não é isso, mas mostrando que o tempo que esses partidos e grupos políticos estavam no poder havia criado um grande desgaste, também mostra que mesmo adversários históricos (no caso do MS) podem deixar diferenças de lado para enfrentar um adversário em comum.

Tudo isso refletiu nos números que hoje saíram das urnas, mandando um recado forte que não adianta se manter no governo, tem que estar sempre trabalhando para a melhoria da população, afinal, foi para trabalhar para o povo que eles foram colocados lá.

Agora nos resta aguardar os novos governantes municipais começarem a trabalhar, para sentirmos se as confianças depositadas nas urnas se confirmam e, tenho certeza, o desempenho de ambos refletirá enormemente nas próximas eleições estaduais,

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