segunda-feira, 17 de setembro de 2012

De adaptação incompleta

Hoje fui ao cinema com uma boa expectativa, afinal, até hoje, todos os filmes que eu havia assistido que tinham a temática Espírita foram bem adaptados para as telonas.

Sim, até hoje, eu achei que E A Vida Continua ficou devendo.

Confesso que não li o livro, existem tantos livros para ler que ele ainda está na fila de espera, mas isso não influenciou negativamente.

O enredo é fácil de entender, ele é leve, mas ainda assim, não sei explicar direito, o filme demora a decolar.

O início demora um pouco para deslanchar no começo, é necessário para caracterizar bem os dois personagens principais, que são os fios condutores de toda a trama, em seguida os acontecimentos fluem bem, talvez até um pouco rápido demais, mas o tempo usado no detalhismo inicial cobra sua conta no final.

Sei que a obra é extensa, detalhada e conta uma linda história de redenção e amor fraternal, a película reflete isso bem, mas o final acaba atropelando a história, ou melhor, a falta de tempo atropela tudo.

Pequenas informações, sobre como determinados personagens desencarnados aceitam o que lhes aconteceu e a bela opção da reencarnação que lhes é oferecida ficou subentendida, quem conhece a doutrina compreende que essa lição preciosa foi suprimida da história, quem não teve contato com os ensinamentos kardecistas fica sem compreender os fatos.

Isso fez com que o filme ficasse incompleto, sei que uma obra dessas é muito cara, mas a opção seria dividi-la em duas partes, para melhor explorar suas nuances, porém, como não é um filme de ação, achar um gancho para dividi-la em duas partes torna-se inviável, esse é o impasse.

Esse dilema tem que ser melhor trabalhado num próximo trabalho de adaptação, afinal são histórias belas e riquíssimas que tem grande potencial para serem adaptadas ao cinema e divulgar mais a bela obra de Kardec e seus discípulos.

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