sábado, 11 de fevereiro de 2012

De magia muda

Estreou neste final de semana no circuito nacional de cinema o filme O Artista, um filme francês que é uma homenagem ao cinema mudo.

Infelizmente aqui ele ainda não está sendo exibido.

Mas numa reportagem do caderno de cultura de O Globo foi feita uma lista com aqueles que são considerados os 10 melhores filmes do cinema mudo.

Entre eles temos filmes de Chaplin, de Buster Keaton, o impressionismo alemão está representado com três películas, Luis Buñuel e sua obra prima (O Cão Andaluz), Einsenstein e o Encouraçado Pontemkin, um filme sobre Joana D’arc, um filme do ganhador do primeiro Oscar de melhor filme, D. W. Griffith, estes são nove dos listados.

Fiquei surpreso que um filme nacional estivesse presente, Limite, de Mário Peixoto, não conheço o filme, nada posso falar sobre ele, mas a reportagem o considera um dos melhores filmes já feitos em território nacional.

Eu sou fã de filmes dessa época e fiquei muito alegre, afinal, vendo a lista constatei que assisti metade dela.

Luzes da Cidade (Charles Chaplin), A General (Buster Keaton), Nosferatu (F. W. Murnau), O Gabinete do Dr. Caligari (Robert Wiene) e Metrópolis (Fritz Lang), estes três últimos expoentes do impressionismo alemão.

Fica difícil descrever como a magia que o cinema mudo (e consequentemente em preto e branco) me envolve, é arte pura, não temos falas, apenas expressões faciais e corporais, tudo com uma trilha sonora incidental ao fundo, você imagina os diálogos (que depois aparecem em letreiros que geralmente interrompem a ação), tem a liberdade de sonhar com a tonalidade das vozes dos atores, a impostação de fala, parece um livro em movimento, para mim, como disse antes, é algo mágico.

Não desprezo, nem desgosto, os filmes falados (que começaram sua trilha com outra obra prima, O Cantor De Jazz), existem filmes incríveis, verdadeiras obras de arte, mas assistir um filme mudo é entrar numa máquina do tempo e viajar para algum lugar congelado no passado, com toda sua fantasia.

Imagem do filme Metrópolis de Fritz Lang

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