quinta-feira, 10 de maio de 2012

De cores, gatos e fábulas

O que ou como você se sentiria se seus sentimentos fossem coloridos e sua pele mudasse de cor de acordo com o que está sentido?


Mas não o sentimento superficial, aquele momentâneo, aqui, o sentimento que mudaria sua cor é o predominante, aquele que você mais cultiva, seja o amor, seja o ciúme, seja a inveja ou qualquer outro.

Essa é fábula contada com maestria por Vojtech Jasny, “Um Dia, Um Gato” (Az Prijde Kocour), de 1963.

Na antiga Tchecoslováquia comunista, em uma cidade um mágico aporta, trazendo a tiracolo um gato misterioso.

Esse bichano só é visto usando um par de óculos, para assim inibir seu dom.

Apenas na apresentação de seu número é que o mágico retira os óculos do gato, que começa a revelar os sentimentos profundos da plateia e a aflora-los, através de suas cores.

Essa revelação trás muita confusão, mostrando o temor dos adultos em ter seus segredos revelados, mas maravilha as crianças, que passam a gostar mais ainda do bicho.


São 91 minutos de fantasia e lirismo, uma flor delicada que desabrochou no mundo cinza da antiga Cortina de Ferro.

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