quinta-feira, 19 de abril de 2012

De diários de viagem - memórias gustativas

Na verdade, depois da ida à Compact Blues eu deveria ir para a casa dos anfitriões, não por compromissos, mas por que quase todos os recursos que eu havia separado para gastar em São Paulo haviam sido consumidos com os CDs, mas eu tinha que passar em dois lugares, por memória afetiva (se posso usar o termo), mesmo não entrando eu tinha me prometido passar em frente, vai entender as loucuras.

Bom, saímos da Compact Blues e seguimos pela Rua Augusta de volta até a Avenida Paulista, atravessamos a avenida que é o centro financeiro do país, passando no Conjunto Nacional.

Não, foi só mesmo passagem, apesar de ali estar a maior loja da Livraria Cultura, não tinha nenhum compromisso ali dentro (sim, eu sou louco por livros, mas não faço questão de pisar na Cultura, eu sei que passaria muita vontade ali, então evito).

Seguimos pela Alameda Santos no sentido da Rua da Consolação, para passar em frente ao Boteco Brasil, que fica na esquina dessa Alameda com a Rua Bela Cintra.

Esse estabelecimento era um dos meus objetivos da caminhada.

Vamos apelar para as recordações, afinal dessa vez só passei vontade ao passar em frente ao Boteco.

Apesar do nome, ele não é um desses barzinhos onde você vê bêbados ou tem suspeita da procedência dos produtos ali comercializados, ele é um point para o pessoal que trabalha próximo curtir um Happy Hour esperando o horário do rodízio de carros acabar, o lugar também é bom para almoçar, afinal a comida é muito boa.

Na época eu namorava a Luciana, a gente descobriu o Boteco por acaso, havíamos saído para comer e paramos num fast food de massas, já havíamos comido ali antes e gostado do lugar, mas naquela noite, não sei por que motivo, o atendimento não havia sido legal e, não sei se o pessoal da cozinha tinha gente novata ou qual foi o motivo, os pratos haviam passado do ponto.

Eles haviam conseguido chamuscar um prato de gnocchi quando foram gratinar o queijo e ainda assim a massa parecia encruada, estava muito pesada.

Contrariados comemos e saímos sem sorvete ou qualquer outra sobremesa.

Não vou falar o nome desse local, mas era próximo ao Boteco, pois um pouco depois passamos em frente ao Boteco e, como ele ainda estava aberto e atendendo, entramos para pedir um café ou algo para tirar o gosto ruim do chamuscado da boca.

Não lembro bem o que comemos, mas acho que foi uma porção de fritas e bebemos algo, mas estou especulando se afirmar que foi isso.

Atendimento legal, eu sempre fui assim, o lugar pode ser um moquifo (não era o caso), mas se tiver um atendimento diferenciado, eu volto.

Foi o que aconteceu, alguns meses depois voltamos lá para jantar como se deveria fazer.

Depois de olhar cardápio, pedimos filé de picanha na chapa (da forma como veio a picanha não dá para chamar de outro jeito), eu com molho de alho (ou alho e óleo) e a Luciana com molho de alcaparras (acho que era isso, mas de novo não tenho certeza), quando os pratos chegaram quase caímos de costa.

Toda a superfície do filé de picanha estava coberta com alho frito (no meu caso) e com alcaparras (no caso dela).

Podem pensar que então os pratos estariam com sabor excessivo e forte, enganam-se, estavam bem temperados e saborosos, tanto que nem lembro o que tinha de acompanhamento, mas deveria ser o habitual, arroz, fritas e salada, talvez um feijãozinho também.

Sim, isso é recordação afetiva, hahaha (#vaigordinho).

Bom o fato é que o lugar é muito bom e eu só não fui lá porque havia almoçado havia pouco tempo, passei lá por volta de 15 horas, mas é um lugar que pretendo voltar quando for novamente a São Paulo, vale a pena.

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