segunda-feira, 9 de abril de 2012

De música e lembrança

Estava de bobeira hoje, entrei no “seo” Google e resolvi pesquisar imagens do Pantanal, atualizei o Tumblr com várias fotos.

Quem olha assim até acha que eu gosto do mato.

Como diz Zé Geraldo, eu sou “demasiadamente urbano”.

Mas não nego que muitas vezes, olhando essas imagens, dá vontade de passar um fim de semana no Pantanal (ainda bem que a vontade passa rapidinho).

Mas aí eu me lembrei de uma história, dos anos 1980, envolvendo música e o Pantanal.

Não lembrava a data (“seo” Google me salvou de novo), foi no ano de 1985 para 1986, Almir Sater, Paulo Simões, Zé Gomes, todos músicos, se juntaram ao pesquisador Zuza Homem de Melo e ao fotógrafo Raimundo Alves Filho e resolveram, todos, seguir para o Pantanal.

Eles se uniram a uma comitiva pantaneira, para fazer o transporte de gado à moda antiga, cruzando o Pantanal.

Dessa aventura surgiu um documentário, Comitiva Esperança, dirigido por Wagner Carvalho, um filme curta-metragem de aproximadamente 50 minutos, que conta a história dessa viagem.

A película teve diversos prêmios de trilha sonora e fotografia em festivais e mostras de cinema, além de trazer à luz uma bela música da parceria de Almir e Paulinho, que trago a letra aqui abaixo.


COMITIVA ESPERANÇA (Almir Sater e Paulo Simões)

Nossa viagem não é ligeira, ninguém tem pressa de chegar
A nossa estrada, é boiadeira, não interessa onde vai dar

Onde a Comitiva Esperança, chega já começa a festança
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piqueri, o São Lourenço e o Paraguai

Tá de passagem, abre a porteira, conforme for pra pernoitar
Se a gente é boa, hospitaleira, a Comitiva vai tocar
Moda ligeira, que é uma doideira, assanha o povo e faz dançar
Oh moda lenta que faz sonhar

Onde a Comitiva Esperança chega já começa a festança
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piqueri, o São Lourênço e o Paraguai

Ê, tempo bom que tava por lá,
Nem vontade de regressar
Só vortemo eu vô confessar
É que as águas chegaram em Janeiro,
deslocamos um barco ligeiro
Fomos pra Corumbá
 

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