quinta-feira, 26 de abril de 2012

De rock, história e memória

Hoje eu estava escutando uma banda chamada Muchileiros.

Não você não está lendo errado, se você não é do meu Estado, provavelmente nunca ouviu falar deles, é uma banda daqui.

Começaram na fronteira com o Paraguai, uma fusão de músicos de outras bandas, ou seja, influências variadas e diferentes.

Já deve ter mais de 15 anos que chegaram à capital, com uma formação definida, outro nome, mas o mesmo som que perdura até hoje (com um pouco de diferença e muita evolução sonora).

Como eu sei de tudo isso?

Eu os conheci pouco tempo depois que aqui chegaram e fiz amizade com eles.

Assisti muitas apresentações deles na noite, quando aqui ainda tinha um nicho roqueiro, hoje em dia é muito difícil achar algum lugar para escutar boa música aqui.

Eu me lembro que chegava cedo no barzinho ou no espaço onde eles se apresentariam, eles normalmente estavam passando o som e me pediam para ajudá-los, apesar de não tocar nenhum instrumento, sempre tive bom ouvido, então conseguia orientá-los no equalizador, aumentando ou diminuindo o volume de som deste ou daquele microfone, deste ou daquele instrumento, e sempre, na hora do vamos ver, o som estava bem balanceado (modéstia a parte).

Ao longo desse tempo muita coisa aconteceu, entrada e saída de componentes na banda, brigas, casamentos e filhos.

Da minha parte, por outros motivos, deixei de assistir suas apresentações, nada contra eles, ainda tenho amizade por eles, mas os caminhos seguiram rumos diferentes, hoje, nem sei se continuam aqui, se foram para outra cidade, se estão ainda com a mesma banda, no CD que eu tenho deles tem a seguinte formação: Carlos “Bagre” (violão, guitarra e voz), Carlos Sória (violão, gaita, zampoña e voz), Flávio Guerreiro (bateria e voz) e Léo Wenoli (baixo e voz).

Mas tenho saudades de estar na plateia e pedir para eles tocarem esta ou aquela música, bons tempos aqueles.


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