quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Isso é elementar

Esse livro de contos eu ganhei em dezembro de 2010, não sei se foi de Natal ou aniversário, já que eu faço aniversário menos de um mês depois do Natal e ele veio num pacote com outro presente, ou seja, um de Natal e outro de aniversário, eu escolheria qual seria qual.

Na verdade isso é o que menos importa, presente é sempre bom, ainda mais quando se gosta dele.

Na verdade é uma coleção com cinco contos (ou histórias, como preferir).

Segundo críticos, fãs e leigos, são as melhores histórias do maior detetive da ficção policial, o detetive inglês Sherlock Holmes.

Eu sempre gostei de ler sobre o detetive, tanto que eu comecei a assimilar o estilo de escrever de Conan Doyle, não escrevendo igual, mas lendo as páginas eu começava a antever as informações e meio que “deduzia” o criminoso antes mesmo de a narrativa o fazer.

Esse mesmo fenômeno se dá quando leio Agatha Christie, eu comecei a entender a construção das pistas e do crime que ambos os autores usavam.

Por esse motivo eu passo algum tempo sem ler nada de nenhum dos dois, mas como eu gosto muito dos dois, eu sempre volto a ler seus livros.

Mas vamos falar das cinco histórias.


Bom, antes uma explicação, como eu disse a pouco, eu gosto de ler sobre o detetive, era de se esperar que numa coletânea dessas eu já tivesse lido pelo menos uma das histórias selecionadas, na verdade havia lido três delas, e ainda assim eu gostei muito do livro.

A primeira história, A Faixa Malhada, mostra uma jovem com problemas que mora no interior da Inglaterra, ela procura o morador de Baker Street e lhe conta o caso, antes mesmo de ele conhecer a residência dela, o poder dedutivo já está em pleno funcionamento, levando Holmes e seu amigo, o Dr. Watson, a correr para a localidade a fim de desvendar o mistério.

Para quem acha que Holmes nunca falhou em sua vida, se surpreende com a segunda história, Um Escândalo na Boêmia, onde encontramos um personagem que consegue ludibriar o arguto detetive, dessa forma presenciamos aquela que talvez seja sua maior derrota.

Um caso peculiar, uma trama fantasiosa para se chegar a um intento criminoso, assim podemos chamar A Liga dos Cabeça-Vermelha, uma história que envolve ruivos (motivo óbvio), roubos e a Enciclopédia Britânica.

A quarta história, O Problema Final, para mim inédita, valeu o livro.

Quem não conhece a história do detetive não sabe que ele foi assassinado por seu autor, que estava cansado de escrever sempre sobre o mesmo personagem.

Essa é a história onde isso acontece, não vou contar a trama, apesar de já ter revelado o seu desfecho, mas posso dizer que foi aqui que o maior antagonista do detetive deixa sua marca definitiva, foi aqui que o Professor Moriarty, o Napoleão do Crime, faz sua mais importante participação.

Quem acha que movimentação de fãs para evitar um fim trágico de seu objeto de devoção é coisa recente, não imagina o quão grande foi a mobilização na Inglaterra pela volta de Holmes, foram muitas e muitas cartas que chegavam na redação do jornal onde Conan Doyle publicava suas histórias e na própria casa do autor, todas, sem exceção, pedindo o retorno das histórias dele e de seu fiel escudeiro, Watson.

A ação foi tamanha que algum tempo depois de escrever sobre a morte de Holmes, Conan Doyle foi obrigado a contar que ele havia ludibriado a morte e retornava num caso intrigante, elucidado com maestria, essa é a quinta história do livro, A Casa Vazia, que fecha com chave de ouro esse livro.

Bom, eu já falei que sou fã do detetive, que já tinha lido três dessas histórias, portanto já sabem qual a minha classificação para esse livro, né?


Só uma curiosidade, a famosa frase: "Elementar Meu Caro Watson!", nunca foi usada nos livros, ela foi imortalizada num programa de rádio, que dramatizava as aventuras do detetive, e posteriormente no cinema, onde por diversas vezes suas histórias foram contadas.

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