terça-feira, 30 de abril de 2013

Apenas divagações

Engraçado, muitas vezes você pensa em um texto completo, prontinho, senta na frente do computador e enche linhas e linhas de palavras, tudo isso em questão de minutos. Depois passa horas na internet atrás de uma imagem que combine com o que foi escrito. Tá, muitas vezes a imagem é tão ou mais rápida de achar que o texto de digitar, mas nem sempre é assim.

Outras vezes você escolhe uma imagem e fica pensando e espremendo o cérebro atrás de um texto que reflita o que você viu naquela imagem. Fica ali, burilando as palavras, como um artista esculpe uma estátua.

Muitas vezes você fica horas olhando para a tela em branco e sem expressão, ou olha fotos e mais fotos e não tem nada que o agrade. Outras vezes, sem que você perceba, tá tudo ali, prontinho, é só editar e publicar.

A inspiração, a vontade de escrever, elas continuam aqui, o que falta é a disposição, o ânimo. Não é incentivo externo, é outra coisa.

Você fica com o olhar perdido, o pensamento longe, mil ideias viajando no seu pensamento, mas você não os organiza. É só uma fase, nada de bloqueio criativo (não há pressão para que se escreva), em breve os posts voltarão, serão mais constantes, mas no momento, o melhor é olhar e sonhar.

sábado, 20 de abril de 2013

A Volta dos Pais do Metal

Pois é, depois de muito disse me disse, finalmente a banda Black Sabbath trouxe de volta Ozzy para os vocais, era para ser a formação original, mas o baterista Bill Ward não entrou em acordo com os outros músicos, uma pena, mas faz parte do jogo.

E eles já estão trabalhando duro, o álbum 13 será lançado em breve com a versão standard e a versão de luxo. Além disso, uma turnê mundial está programada com passagem no Brasil em outubro deste ano.

Eles já lançaram o primeiro single do álbum, “God Is Dead?” e ontem liberaram a playlist do CD, que será composta pelas seguintes músicas:

  1. End Of The Beginning
  2. God Is Dead?
  3. Loner
  4. Zeitgeist
  5. Age Of Reason
  6. Live Forever
  7. Damaged Soul
  8. Dear Father
  9. Methademic
  10. Peace Of Mind
  11. Pariah

As três últimas constarão apenas da edição de luxo.

Vale a pena comemorar o retorno dos “Pais do Heavy Metal”. Abaixo “God Is Dead?”
 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Eis o Faroeste da Legião Urbana

Cinema brasileiro é sempre uma incógnita. Grandes premissas e roteiros, bons atores e diretores, mas na hora de juntar tudo, fica faltando alguma coisa. E não estou comparando com as megaproduções dos EUA, aí seria covardia, pois lá mesmo com um ator canastrão você tem sucesso, já que o poder financeiro dos grandes estúdios ajuda. Tá certo que existem alguns fracassos retumbantes, mas no geral eles quase sempre saem no lucro.

Já nossa produção é complicada, falta de incentivo privado, muitas vezes falta divulgação, alguns casos onde o diretor entra num projeto de fazer um filme conceitual, enfim, existem vários motivos para se naufragar uma boa história.

Já tem alguns anos que os fãs da Legião Urbana e de Renato Russo estão aguardando pelas adaptações de duas de suas músicas para o cinema, Eduardo e Mônica (eu não sei com está o andamento desta produção) e Faroeste Caboclo. Este último está já em fase de divulgação, com trailer final que foi lançado a cerca de dois dias.

Não posso dizer muito, não sou fã da banda nem de seu falecido líder, mas ainda assim existem várias músicas deles que eu gosto e Faroeste Caboclo é uma dessas músicas. E assistindo ao trailer (que é o maior sucesso nacional dos últimos anos, com mais de 2 milhões de views no Youtube desde seu lançamento) fiquei com uma grande vontade de assistir.

Temos que aguardar até o dia 30 de Maio, quando chega aos cinemas, até lá, muita coisa vai se especular na internet sobre o filme, coisa que ainda não foi falado, pois, como eu disse, há tempos que esse filme é esperado por seus fãs e estes já falam dele desde antes da produção ganhar contornos.


domingo, 7 de abril de 2013

Caráter


Quem é da minha geração deve se lembrar de uma propaganda de cigarro, que tinha como principal nome o Gérson, o Canhotinha de Ouro, campeão mundial de 1970 pela seleção brasileira. Não lembro com exatidão as palavras, mas ele falava que ‘o brasileiro sempre gostava de levar vantagem’. Daí surgiu a chamada Lei do Gérson, que também é associada ao ‘jeitinho brasileiro’.

Na época a propaganda foi bem aceita, mas depois, a ligação dela com a ‘malandragem’ brasileira, fez com que ela fosse renegada, odiada até, pela maioria da população. E não é para menos. Além disso, muitos creditam a péssima imagem nacional no exterior a ela também.

Hoje em dia, a situação não é melhor, com os escândalos políticos, as barbaridades criminais que pululam nos noticiários, e outras coisas, incluo aí delitos considerados menos graves, como baixar filmes na internet e similares (com a desculpa que já se paga muito por diversas coisas e que acha caro o original), tudo isso é o ‘jeitinho brasileiro’ que denigre a nossa imagem lá fora.

Mas, neste final de semana, lendo uma edição especial de 70 anos do personagem da Disney, Zé Carioca, observei que a péssima imagem não é coisa recente, já no final dos anos 1930, começo dos anos 1940, quando Disney veio ao país (num esforço de ‘boa vizinhança’ que os EUA estava fazendo para evitar que os países latino-americanos viessem a apoiar o ideal nazifascista que se propagava na Europa), ele realizou observações para a criação de um personagem tupiniquim.

Disney e alguns de seus artistas estiveram no Brasil e conheceram o Rio, visitando a Escola de Samba da Portela, a praia de Copacabana, o Pão-de-Açúcar e outros pontos turísticos da, então, capital brasileira. Também teve um encontro com o Presidente na época, Getúlio Vargas. Sempre filmando e fotografando os cenários e observando as pessoas, como se comportavam, falavam e viviam.

Foi assim que o papagaio simpático ganhou as páginas dos quadrinhos e as telas do cinema. Mas, se hoje em dia ele é um adorável malandro, seu início foi bem mais contraventor, mostrando uma imagem do brasileiro que hoje em dia o país luta para mudar.

A descrição na introdução da revista de aniversário é bastante contundente e mostra a imagem que eles tinham já naquela época dos brasileiros, ela fala: “Amoral, mulherengo e fumante de charutos (…) desconhece a fidelidade aos amigos e mente sem pudor para se dar bem…” entre outros atributos, falando que para encarnar o malandro das noites cariocas faltava apenas a bebida.

A conclusão que se pode chegar é que a nossa má fama aos olhos estrangeiros é mais antiga do que percebemos, que apesar de tudo ela diminuiu uma pequena parcela, mas para mudar totalmente, o caminho é muito longo. Se os exemplos que citei no começo deste continuarem a ser praticados, essa mudança e melhora de imagem vai ser bastante demorada. O que é uma infelicidade.