sexta-feira, 30 de novembro de 2012

De pensamentos dezembrinos

É… Dezembro chegou de novo…

Aqui estou eu, escutando um disco de Chico Science e Nação Zumbi e pensando a respeito disso. Não do ano que está acabando, relembrando o que aconteceu, mas pelo fato de já estarmos no fim de outro ano…

Um ano onde uma nova trilogia cinematográfica se iniciará, acabando com um hiato de filmes de fantasia de relevância. Desde que O Retorno do Rei entrou em cartaz, alguns bons filmes de fantasia foram feitos, mas nada se compara com a comoção pela estreia do tão aguardado primeiro capítulo de O Hobbit.

Um ano onde cientistas declararam que as temperaturas médias estão 1°C mais altas que o esperado e observado.

Um ano onde… ah, muita coisa aconteceu e ainda nesses próximos 31 dias podem acontecer que fica até difícil falar e listar aqui, coisas boas e ruins, curiosidades e descobertas científicas, uma quantidade indefinida de notícias e observações que passaria 366 dias para escrever tudo…

Enfim, é dezembro e o Mundo agora corre para o seu mês de festas, Natal e Réveillon, e que o espírito de paz e boa vontade possa reinar num Mundo tão caótico quanto o nosso…

Afinal… Dezembro chegou de novo…

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

De contagem regressiva para a Terra Média

Pouco mais de duas semanas para a estreia do filme mais aguardado do ano…

Esqueçam Batman, Vingadores, 007, todos filmes de grande bilheteria, mas pouco trouxeram de expectativa se comparados à volta das aventuras na Terra Média. Desta vez não é a demanda para destruir o Um Anel, apesar de que os principais personagens daquela trilogia aparecerem nesta nova série de três filmes, desta vez a aventura é diferente…

Desta vez acompanharemos Bilbo Baggins e a companhia de anões, liderados por Torin Escudo-de-Carvalho, buscarem recuperar o reino dos anões, há muito tomado por um dragão (Smaug).

Esta aventura é anterior aos acontecimentos de Senhor dos Anéis, sendo que para muitos é nesta história que o Um Anel aparece pela primeira vez, bem como Gollum, eterno apaixonado pelo seu precioso.

Chega logo 14 de dezembro!!!





terça-feira, 27 de novembro de 2012

De guerra e romance

E esse 26 de novembro foi bem movimentado…

Além do aniversário de Charles Schulz, o cinema comemora os 70 anos da primeira exibição de um dos seus maiores clássicos, Casablanca…

Em plena 2ª Guerra Mundial, um drama, um romance, uma comédia, tudo num só filme, assim podemos definir Casablanca…

A história do cínico Rick Blaine (Humphrey Bogart), dono de um bar na cidade africana, onde os alemães nazistas contam com o apoio dos franceses de Vichy, para controlar o local (rota de fuga de refugiados para as Américas).

Nesse ambiente hostil, Rick recebe o líder da resistência tcheca, que é caçado pelos alemães, Victor Lazlo (Paul Henreid) e sua esposa, Ilsa (Ingrid Bergman), antigo romance de Rick. Isso trás recordações ao americano e serve de pano de fundo para uma trama que prende a atenção do começo ao fim.

Cenas memoráveis, frases eternas e um momento único num aeroporto, tudo regado pela trilha sonora e pelo piano de Sam, funcionário fiel do bar.

Dizem as lendas que a frase “Play It Again, Sam!” não é dita no filme mas, assim como Casablanca, ela é imortal.

Portanto, para encerrar por hoje, play it again, Sam!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

De data comemorativa

Eu não poderia deixar de passar essa data em branco, afinal se ele estivesse vivo, Charles Schulz estaria completando hoje 90 anos…

Charles quem? Simplesmente Charles Schulz, o criador de uma das tiras de maior sucesso que eu conheço Peanuts, também conhecida como A Turma do Charlie Brown…

Sim, foi ele que, lá atrás, nos anos 1950 criou uma turminha cheia de personalidade, que viviam seu dia-a-dia, suas dificuldades, suas tiradas filosóficas, enfim, nada diferente de todos…

Falar de Snoopy é fácil, mas todo mundo conhece o adorável Beagle que convive com seu dono Charlie Brown, com a temperamental Lucy e seu irmão, Linus e muitos outros…

Mas este serve mesmo é para dizer onde quer que você esteja Charles tenha um feliz aniversário!

sábado, 24 de novembro de 2012

De bacon e filosofia de vida

Não sei como surgiu ou porque, mas eu me divirto muito com a forma como o bacon virou même na internet, principalmente a frase: Bacon É Vida. Tem gente que leva tudo a sério e acha um horror essa história, outros levam ao pé da letra, eu e muita gente nos divertimos, apenas isso.

Hoje eu vi um cartaz com os tais 12 mandamentos do Bacon, e é isso que eu reproduzo agora aqui, para rir mais um pouco.

  1. Sempre deve existir bacon na geladeira, SEMPRE;
  2. Não existe comida que não combina com bacon;
  3. Existem dois tipos de pessoa no mundo: aquelas que gostam de bacon e aquelas que serão usadas como bucha de canhão no caso de um apocalipse zumbi;
  4. Até porcos comem bacon, fato;
  5. Crocante ou macio, ambos são modos aceitáveis de cozinhar um bacon, não há discriminação;
  6. 90% dos problemas do mundo podem ser resolvidos cozinhando mais bacon;
  7. Bacon não representa qualquer problema à saúde, cale a boca;
  8. Se seu computador é antiquado e lento, você deve alimentá-lo com bacon para fazê-lo ir mais rápido;
  9. Refeições sem bacon não valem a pena;
  10. Em um respirador, o número dado é seu BAC, essa é a abreviatura para “bacon” e é igual ao número de fatias de bacon que você deveria comer dividido por 100;
  11. Você deve sempre consumir bacon no Sabá, e no Domi, e na Segu, e…
  12. Bacon te deixa sensual.
 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

De liquidações e maquiagens

Agora, enquanto escrevo, faltam poucos minutos para acabar a Black Friday, a grande liquidação que existe nos EUA há muito tempo e que, graças à internet, está sendo copiada no Brasil.

É uma grande liquidação que o comércio faz para abrir espaço nos estoques e conseguir um capital de giro para colocar novos produtos na vitrine para as vendas de Natal. Como se originou, como escolheram essa data, eu não sei, mas se popularizou e agora está se alastrando para o Mundo.

Como muita gente aqui no Brasil, eu aproveitei a oportunidade para comprar alguma coisa.

Mas não comprei eletroeletrônicos, por motivos pessoais eu prefiro fazer isso direto na loja. Quem me conhece sabe que minhas compras são mais simples, são livros, CDs e DVDs, às vezes alguma outra coisa, mas basicamente isso.

Neste ano houve muita denúncia que as lojas que tem site na internet majoraram os preços de produtos como televisões, smartphones e outros, para, quando dessem os descontos, o preço permanecesse inalterado, isso é maquiagem de desconto.

Não sei se aconteceu, como eu disse, não compro esse tipo de produto. O que eu posso dizer é que a grande maioria de livros, CDs e DVDs teve mesmo um desconto interessante. Isso eu sei por que toda vez que entro nos sites onde estou habituado a comprar, eu olho o preço desses produtos, alguns eu fico cobiçando, e agora uma parte deles estava com um preço que valeu a pena comprar.

Em breve no meu perfil do Skoob estará atualizado com os livros que comprei hoje (só atualizarei quando eles chegarem aqui, para eu mesmo não ficar na vontade), já os CDs e DVDs, bem, talvez eu poste as fotos no Twitter, mas não haverá post exclusivo para isso.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

De amizade e apoio

Existem momentos de angústia, aqueles que parecem não ter fim.

Você se sente sozinho, abandonado, isolado do mundo. Por mais que olhe, só enxerga brumas, escuridão, obstáculos.

Nessas horas, quando tudo parece desabar, é o momento em que de onde a mão estendida em ajuda é aquela que acalenta, que encoraja, que apoia. Essa mão vem do lugar mais esperado, ou talvez de um lugar improvável.

Então, o que podemos fazer é olhar profundamente, respirar pausadamente e aceitar esse ato de amizade e carinho.

domingo, 18 de novembro de 2012

De concreto e samba

Hoje eu estava inspirado. Quem me conhece sabe que eu gosto de rock, mas também alguma coisa de MPB, Jazz, Blues e um pouco de outras coisas.

E, bem, hoje eu resolvi curtir um pouco de samba, samba paulistano. E tem gente que diz que São Paulo é o túmulo do samba, é porque menospreza os sambistas da terra da garoa.

Não sei fazer uma lista aqui, mas lembro de dois, um compositor e cantor e uma banda que era sua maior interprete, sim, Adoniran Barbosa e Os Demônios da Garoa.

Os sambas de Adoniram, totalmente urbanos, mostrando uma cara da cidade que poucos conheciam, sempre foram marcantes, como aquele jeito dele, com o sotaque carregado de descendente de italianos (se era, não sei, mas o sotaque assim o indicava), a fala mansa, um jeito cativante.

Já os Demônios, um bando de brancos tocando samba e um samba que não tinha aquela cara do morro, era o samba do Adoniram, samba que lhes identificava tanto quanto com o compositor, numa época em que os meios de comunicação eram pouco desenvolvidos, eles eram a cara do samba paulistano que tanto receberam preconceito.

O fato é que eu desde cedo aprendi a gostar deles, do Trem das Onze, da Saudosa Maloca, do Samba do Arnesto, enfim, de uma brasilidade diferente, com toda a característica do imigrante e sua mistura com o já miscigenado brasileiro.

E fica assim.

“Se o senhor não tá lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício alto
Era uma casa véia
Um palacete assobradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímo nossa Maloca…”

De pensamentos a meia luz

“…

Lá estava ele, sentado no sofá da sala, quase meia-noite, ou seria mais tarde? Desde que deixara de usar relógio por causa do aplicativo no celular ele ficava perdido no tempo quando precisava dar recarga no aparelho e não o tinha a mão.

Mas o fato é que ele estava lá, sentado, à meia luz, com a tv ligada, passava um filme qualquer, um pirata todo colorido fazia micagens e corria numa aventura qualquer no meio do oceano. Isso não importava, ele estava absorto em seus pensamentos, a tv estava ligada para “fazer companhia”.

Seus pensamentos o levavam a ela, uma verdadeira esfinge do tipo “decifra-me ou te devoro”, ele não a entendia. Uma hora parecia que tudo estava bem, depois ela vinha com aquele comportamento estranho, parecia um sério problema de bipolaridade. Se bem que ele não tinha nenhum conhecimento de psicologia ou psiquiatria para diagnosticar aquela doença, era puro chute e bastante preconceituoso como, aliás, a sociedade sempre faz.

Na tv agora o tal pirata corria numa praia com muitos homens atrás dele, mas ele olhava para a tela e não assimilava nada, parecia hipnotizado por seus pensamentos.

Ele não entendia, procurava repassar seus passos, o que havia feito para ela mudar tanto, numa semana era só carinhos, encontros, cinema, tudo era romance, agora ela estava fria, distante, parecia que um diabo havia encarnado nele, tanto que ela o evitava. Aquilo só aumentava sua confusão.

E ele se remoía em pensamentos e tentava analisar de todos os ângulos, mas algo escapava, fugia pelos vãos dos dedos como areia fina. Ele não conseguia captar o que estava acontecendo.

Começaram a correr os créditos do filme e ele não havia chegado a nenhuma conclusão. Levantou-se, consultou se a bateria do celular estava carregada e o colocou no bolso, pegou as chaves do carro e decidiu que iria sair, não iria ficar daquela forma, quem sabe achasse os amigos ainda naquela mesa do barzinho de sempre, um conversa sobre amenidades, na companhia de pessoas despreocupadas poderiam ser que melhorasse seu humor.

Ele desligou a tv e se foi.

…”

sábado, 17 de novembro de 2012

De traições e aventuras na Terra Santa

Mais uma vez temos as aventuras dos Assassinos em sua batalha contra os Templários, dessa vez Ézio Auditore, protagonista principal nas aventuras na Itália e em Roma, é um simples espectador, assim como o leitor, das aventuras de Altaïr Ibn-La’Ahad, ocorridas cerca de 300 anos antes. Aventuras estas contadas por Niccolò Polo a seu irmão, Maffeo.


Niccolò e Maffeo são contemporâneos de Altaïr e travam conhecimentos com este, que conta ao primeiro sua história, desde como ingressou no Credo, até quando finalmente usou o Códex como forma de doutrina entre seus irmãos assassinos. História essa que é recontada a Maffeo e escrita na forma de um diário para se perpetuar entre as mãos dos assassinos e, juntamente com o Códex, servir de guia para as gerações futuras do Credo em sua luta contra a injustiça e contra os Templários.

E é a história do Assassino que, por arrogância, comete erros que colocam a Ordem em risco, para se redimir e conseguir recuperar sua posição de grande entre os assassinos que acompanhamos.

Altaïr, agora um mero aprendiz, é enviado ao longo da Terra Santa para as cidades de Acre, Damasco e Jerusalém para eliminar determinados alvos, inimigos do Credo, que estavam trabalhando para realizar um grande golpe que os tornariam praticamente invencíveis. E ele consegue cumprir todos os seus trabalhos para descobrir que a real trama era muito maior e que ele era um mero pião no jogo, tendo sido manipulado por aqueles em quem confiava.

Ao suplantar o manipulador, ele é reconhecido como o Grande Mestre Assassino e tem a tarefa de unificar novamente a ordem. Depois de organizar a fortaleza localizada em Masyaf, ele parte para o Chipre, onde tem um novo e grande embate contra os Templários, cercado novamente por traições e muito sangue, de onde sai vencedor.

Após um período de muitos estudos e progresso entre os Assassinos, Altaïr é obrigado a seguir para o Oriente, para tentar impedir o avanço do grande Gengis Khan, e ao retornar se vê novamente traído, despojado de sua liderança e perde membros de sua família. Ele torna-se um exilado e um proscrito entre seus irmãos, escondendo-se em outra cidade, onde termina os seus estudos nos mistérios da irmandade e escreve o Códex, com os guias e mandamentos para todos os Assassinos. Então ele retorna a Masyaf, para desafiar o usurpador, e usando os ensinamentos contidos no Códex, finalmente recupera o posto de Grande Mestre, período em que conhece os dois Genoveses, porém os desafios continuam e… isso é outra história.


domingo, 11 de novembro de 2012

De decisões

“…

Aquele prometia ser um verão bom. A ideia de ir para aquela cidade costeira, que não era polo turístico, com a família, para poder descansar era muito boa.

Aquela mansão a beira-mar, naquele preço, não era verdade, foi um verdadeiro negócio da china. Poder ver o entardecer das janelas da sala de estar, relaxar, poder aproveitar o dia na companhia da esposa e dos filhos…

Fazia tempo que o dia-a-dia estressante o fazia sentir-se culpado, como se a negligência com sua ausência pudesse ser evitada. Daquele jeito ele não conseguia acompanhar o crescimento dos filhos, que já estavam para entrar no ensino médio, já estavam na adolescência, dali a pouco os primeiros namoros, depois a faculdade, quando ele puder se aposentar seus filhos já estarão casados, com família, aquele tempo importante do crescimento não voltaria atrás.

Sua esposa também trabalhava, e muito, mas ainda assim ela conseguia ser mais presente, ele não sabia como ela fazia isso.

Seu sonho era poder sair daquele emprego, achar outra ocupação que lhe tomasse menos tempo, mas como manter o plano de saúde, os filhos estudavam na melhor escola da cidade e isso custava caro, não só a mensalidade, mas os livros e outros materiais. Isso era uma encruzilhada, ele estava perdido, não sabia o que fazer.

Ele havia se decidido, iria aproveitar uma hora em que seus filhos estivessem ausentes, brincando no gramado do quintal da casa ou dormindo e ele conversaria com ela, duas cabeças pensando poderiam achar uma solução de forma mais fácil, ela era mais ponderada, poderia ajuda-lo a ver que decisão tomar.

…”

(Devaneios sobre uma foto do litoral da Irlanda)

sábado, 10 de novembro de 2012

De cachorro revivido

Foi no começo do século XIX que veio ao mundo a obra Frankenstein ou o Moderno Prometeu, que consagrou Mary Shelley. A história conta a saga do doutor Victor Frankenstein e como ele, contra todos os tabus, acaba trazendo de volta à vida um cadáver (ou melhor, uma colcha de retalhos de diversos cadáveres) e como esse Monstro reage à sua real situação.

Tim Burton é um cineasta conhecido por sua estética própria e muitas vezes pouco convencional, usando elementos pouco comuns em seus filmes. E essa genialidade do diretor já trouxe vários filmes que são cultuados.

Frankenweenie não foge à regra, a animação stop motion em preto e branco é uma peça única, baseada livremente no clássico de Mary Shelley, mas adaptado de forma lúdica, onde são mesclados o humor e o terror, sem cair na vala comum dos filmes de terrir.

O filme nos brinda com um personagem tímido e introspectivo, Victor Frankenstein, que como todo adolescente frequenta uma escola, tem um bicho de estimação como mascote e, bem, não dá para chamar seus colegas de amigos, mas, vá lá, são mais que conhecidos.

Seu grande amigo é seu cachorro Sparky que quase sempre está ao seu lado, participando de todas suas brincadeiras, somente quando Victor vai à escola é que o cão tem tempo para fazer suas artes caninas, quase sempre restritas ao quintal da casa da família.

Porém um acidente acaba ceifando a vida de Sparky, que é enterrado no cemitério de animais da cidade, o desolado Victor sofre muito com isso, mas ele tem uma ideia quando seu professor de ciências fala sobre a bio eletricidade e como esta é parte da força motriz dos organismos.

Com muita engenhosidade, Victor consegue catalisar os raios de uma tempestade para reanimar seu amigo, porém ele não imagina o quanto isso se transformará em uma confusão envolvendo toda a cidade.

Eu assisti a esse filme hoje e achei excelente, mas o mais curioso foi que, por eu ter assistido a versão legendada, a sala estava vazia, somente eu estava lá, um cinema todo para mim, acho que nunca mais conseguirei tal feito.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

De igualdade e revoluções animais

Quando Marx, ainda no Século XIX, começou a difundir suas ideias sobre a diferença de classes sociais, suas relações e a ambição da igualdade entre estas, criando as bases do socialismo (que depois, com Engels, foi aprimorado), houve um mal estar entre os países da Europa Ocidental (a maioria ainda tinha como forma de governo a Monarquia).

Já no começo do Século XX, a Rússia acabou sendo palco de uma revolução que levou o proletariado ao poder, criando-se assim a primeira república socialista da história, que novamente gerou desconfiança entre os demais países europeus, bem como o apoio destes aos dissidentes que tentaram derrubar o governo revolucionário que tinha Lênin e, depois, Stalin à frente. Os rumos dessa república, a história nos conta e eu não vou entrar em detalhes aqui.

Já na década de 1930, na Espanha, uma guerra civil colocou em lados opostos as forças fascistas de Franco e as forças nacionalistas, que era uma colcha de retalhos, tendo de capitalistas liberais até comunistas ortodoxos. Assim como os alemães e italianos apoiaram as forças franquistas, pessoas de diversas nacionalidades e por diversos motivos se uniram aos nacionalistas nas Brigadas Internacionais.

Todo esse preâmbulo foi colocado para explicar que George Orwell, inglês, e sua esposa integraram as Brigadas Internacionais na região da Catalunha, sob o comando de comunistas. Lá eles presenciaram toda a atrocidade da guerra, fossem elas perpetradas pelos adversários, fossem pelos seus superiores. Quando retornou à Inglaterra, Orwell passou um tempo no interior, para se recuperar dos males causados pelo espectro da guerra, foi nessa época que ele começou a planejar um livro onde contaria sua visão do socialismo, para desmistificar o governo de Stalin e exorcizar alguns acontecimentos que presenciou em Barcelona.

Ele não queria uma história demonizando o regime, mas apenas mostrar que apesar de toda a base teórica, a prática acabava sofrendo desvios e, mesmo se proclamando iguais, havia opressores e oprimidos. Durante suas caminhadas pelas estradas rurais inglesas, Orwell começou a observar os animais e como eram tratados (numa época em que direitos dos animais não eram nem mesmo um embrião) e teve a ideia de fazer os bichos ganharem voz e personalidade, fomentando eles uma rebelião onde tomariam uma propriedade rural e implantariam uma forma alternativa de governo.

Por muitos motivos a obra só foi terminada após o fim da II Guerra Mundial, ela mostrava que diversos animais (uma alegoria para as diversas classes sociais) haviam se unido e expulsado os humanos de uma granja, tomando o poder local. Logo eles se organizam, criam uma espécie de constituição (os sete mandamentos do animalismo), adotam um hino e começam a trabalhar para melhorar a vida de todos ali. A história vai passando e diversas analogias com o governo stalinista vão se descortinando, ações como exílio, perseguição e expurgo de rivais, alteração da história, culto à pessoa do líder, mas num determinado momento os paralelos deixam de existir, levando tudo a um encerramento insólito, quando uma determinada raça de animais acaba se humanizando, ficando ela bastante parecida com aqueles que eram considerados o grande inimigo dos animais.


Quando foi lançada, A Revolução dos Bichos causou um grande desconforto aos governos vencedores da II Grande Guerra, pois a, já chamada, União Soviética fora uma aliada importantíssima contra as forças do Eixo e as analogias acabavam ridicularizando seus líderes, posteriormente, com a guerra fria, o mesmo livro acaba sendo usado como arma ideológica pelos EUA e seus aliados, sendo que até hoje, em alguns países como China e Coreia do Norte, a publicação é proscrita.

É uma leitura envolvente, sabendo-se guardar os exageros e as discrepâncias, de uma visão particular de um determinado período da história mundial.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

De uma nova trilogia

Tem uma semana que a grande notícia do mundo do cinema foi a compra da Lucas Filmes pela Disney, ou seja, o universo Star Wars passou para as mãos da empresa do Mickey e o anúncio de uma nova trilogia.

Muita gente achou ruim por acreditar que a saga será infantilizada, associando a Disney às produções infantis, isso virou mêmes na websfera, inclusive eu me diverti muito com isso. Mas ainda assim eu não tenho uma opinião sobre o futuro da saga.

Quer queira ou não, a Disney é competente no que faz, pelo menos a grande maioria de suas produções são bem sucedidas. E agora eles têm todo o império tecnológico que George Lucas criou ao longo dessas três décadas.

Mas o que me motivou a escrever sobre isso é uma notícia que já está circulando no mundo Nerd, fontes não divulgadas já falam que não será uma, mas sim duas trilogias, e que o título provisório do primeiro filme já teria sido definido, seria Star Wars VII – A New Dawn (numa tradução literal Guerra nas Estrelas VII – Um Novo Amanhecer).

Agora, resta aguardar a confirmação ou não dessas notícias.

domingo, 4 de novembro de 2012

De armadilhas e proteção

Um mundo hoje a tecnologia evoluiu de forma diferente, onde a magia é algo normal, onde ursos usam armaduras, feiticeiras existem e a descoberta de inúmeros mundos que formam um Multiverso. Isso tudo é a trilogia Fronteiras do Universo (A Bússola de Ouro, A Faca Sutil e A Luneta Âmbar).


Aproximadamente dois anos após o final da aventura no multiverso, encontramos a protagonista Lyra Belacqua (Língua Mágica) na sua vida rotineira de estudos na cidade inglesa de Oxford.

As coisas começam a mudar quando um dimon de uma feiticeira aparece pedindo-lhe ajuda para chegar até um determinado morador da cidade. Lyra, solícita, resolve ajudar o dimon, mas à medida em que começa a observar o ambiente que a cerca começa a desconfiar de um grande perigo.

Com presença de espírito e determinação, ela e seu dimon, Pantalaimon, acabam resolvendo um pequeno problema e descobrem que apesar da grande aventura no multiverso ter se findado, ela ainda corre riscos e que sua cidade zela por sua segurança.

De cavaleiros, andróides e monstros

Quando eu li o primeiro livro dessa série (provavelmente uma trilogia, já que até agora só foram lançados dois livros), eu fiquei bastante descrente sobre a sequência obra.

Achei o enredo do primeiro livro simples e com muitos momentos forçados, mesmo tendo diversas qualidades. Bem, confesso que o segundo livro me surpreendeu positivamente, afinal Crônicas dos Senhores de Castelo – Efeito Manticore mostrou boa evolução de trama e enredo.


Ainda deixa um pouco a desejar com diálogos, mas eles já não são tão superficiais, a forma como são feitas as viagens interplanetárias foi muito bem construída, os mistérios que envolvem a missão (que surge de forma inesperada) são condizentes, mas o principal, os grandes desafios que os esperam no desconhecido planeta Breasal são o trunfo da história.

Há um crossover no livro, com personagens do livro A Ira dos Dragões, livro que não conheço e nada posso falar a respeito, o que torna esse um fato até agora único, já que o cruzamento de personagens de várias publicações, que é algo relativamente normal nas Histórias em Quadrinho, aparentemente nunca aconteceu na literatura, mesmo na literatura de fantasia. O mais próximo que temos disso é a publicação As Aventuras da Liga Extraordinária, mas isso é história em quadrinhos e que, posteriormente, foi adaptada para o cinema.

Os personagens continuam carismáticos, destemidos e não vacilam em entrar em combate quando o perigo se avizinha. Seus poderes são melhor explicados e, em alguns casos, até evoluíram, tudo torna o livro fácil de ler. E o gancho para o terceiro livro é de tamanho gigantesco, devemos aguardar o, eu espero, breve lançamento das novas aventuras a serem narradas nas Crônicas dos Senhores de Castelo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

De orientações especiais de voo

Todo mundo que já viajou de avião pelo menos uma vez já ouviu aquela ladainha das orientações de voo. Apertem os cintos, desliguem os celulares, computadores e qualquer coisa elétrica, etc.

Os procedimentos são importantes e essenciais para a segurança durante o voo, mas não deixa de ser uma chatice, já que quase nunca varia o discurso, não importando qual a companhia aérea que você esteja (eu já viajei por três companhias aéreas diferentes).

Quer dizer, era tudo igual, agora existe uma que é diferente.

A Air New Zealand fez um acordo com Peter Jackson e com a produtora da trilogia O Hobbit e agora exibe um filme de orientações com os funcionários e passageiros caracterizados como personagens da Terra Média.

Realmente, a parte de propaganda e marketing do filme está dando uma aula atrás da outra de como se deve promover um filme. Chega logo dezembro.