Foi no começo do século XIX que veio ao mundo a obra Frankenstein ou o Moderno Prometeu, que consagrou Mary Shelley. A história conta a saga do doutor Victor Frankenstein e como ele, contra todos os tabus, acaba trazendo de volta à vida um cadáver (ou melhor, uma colcha de retalhos de diversos cadáveres) e como esse Monstro reage à sua real situação.
Tim Burton é um cineasta conhecido por sua estética própria e muitas vezes pouco convencional, usando elementos pouco comuns em seus filmes. E essa genialidade do diretor já trouxe vários filmes que são cultuados.
Frankenweenie não foge à regra, a animação stop motion em preto e branco é uma peça única, baseada livremente no clássico de Mary Shelley, mas adaptado de forma lúdica, onde são mesclados o humor e o terror, sem cair na vala comum dos filmes de terrir.
O filme nos brinda com um personagem tímido e introspectivo, Victor Frankenstein, que como todo adolescente frequenta uma escola, tem um bicho de estimação como mascote e, bem, não dá para chamar seus colegas de amigos, mas, vá lá, são mais que conhecidos.
Seu grande amigo é seu cachorro Sparky que quase sempre está ao seu lado, participando de todas suas brincadeiras, somente quando Victor vai à escola é que o cão tem tempo para fazer suas artes caninas, quase sempre restritas ao quintal da casa da família.
Porém um acidente acaba ceifando a vida de Sparky, que é enterrado no cemitério de animais da cidade, o desolado Victor sofre muito com isso, mas ele tem uma ideia quando seu professor de ciências fala sobre a bio eletricidade e como esta é parte da força motriz dos organismos.
Com muita engenhosidade, Victor consegue catalisar os raios de uma tempestade para reanimar seu amigo, porém ele não imagina o quanto isso se transformará em uma confusão envolvendo toda a cidade.
Eu assisti a esse filme hoje e achei excelente, mas o mais curioso foi que, por eu ter assistido a versão legendada, a sala estava vazia, somente eu estava lá, um cinema todo para mim, acho que nunca mais conseguirei tal feito.
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