segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

De feliz ano novo literário

Então chegou ao fim 2012…

Pois é, se ao final de 2011 eu estava reclamando daquele ano, deste eu não tenho tantas queixas. Lógico, neste ano eu tive alguns problemas, mas, no geral, ele foi melhor…

Foi um ano sem atropelos, um ano onde eu pude fazer uma série de coisas (e deixei outras por fazer), mas principalmente foi um ano onde eu quase coloquei a leitura em dia.

Não sou nenhuma máquina de ler, mas fazia tempo (acho que desde os tempos universitários) que eu não lia uma quantidade tão grande de livros. E eu nem computei revistas e histórias em quadrinhos, ou livros técnicos, apenas livros literários. Dos mais variados gêneros, Fantasia, Aventura, Terror, Históricos, enfim, revisitei a Terra Média e seus Hobbits, conheci os segredos do Pó juntamente com Lyra da Língua Mágica, fui aos porões do medo humano com Abu Fobiya e H. P. Lovecraft, ri com Marley e suas trapalhadas, acompanhei os métodos dedutivos de Sherlock Holmes e Hercule Poirot, definitivamente, viajei da melhor forma possível sem sair de casa.

E 2013 me espera com Amor é Prosa, Sexo é Poesia, as trilogias Jogos Vorazes e Dragões do Éter, a saga Crônicas de Fogo e Gelo, vários livros sobre esportes ou música (em ambos os casos, estou reunindo duas paixões), um protocolo de sobrevivência contra zumbis, enfim, se não houver problemas, outro ano cheio de viagens com novos companheiros.

Então, para todos nós um feliz 2013.

domingo, 30 de dezembro de 2012

De investigações do sobrenatural

Uma série de televisão Spin-off não é novidade, as televisões dos Estados Unidos têm vários exemplos que podemos citar, tais como Law and Order, que gerou quatro outras séries, CSI, originou mais duas, e outros. Algumas séries são da mesma qualidade que a original e outras não. Até aí, nada de mais.

Algum tempo atrás eu estava assistindo uma série inglesa, Doctor Who, que detém o título de série de ficção mais longeva da televisão mundial, tendo começado nos anos 1960 e sendo apresentada até meados dos anos1980. A série sofreu alterações e recentemente retornou com alguma regularidade, sendo exibida pela BBC de Londres (no Brasil a TV Cultura de São Paulo exibiu/exibe algumas temporadas dessa nova série). Na metade da primeira temporada, no episódio Criança Vazia, a série apresenta aos telespectadores o personagem Capitão Jack Harkness, um aventureiro que viaja pelo tempo e espaço, assim como o personagem principal.

O papel de Jack ao longo de Doctor Who eu não conheço, mas sei que na segunda temporada, no episódio Tooth and Claw (dente e garra, tradução livre) é citada uma organização governamental inglesa que atuaria de forma secreta para impedir invasões alienígenas e estudar a tecnologia extraterrestre para torna-la apta ao uso pelos seres humanos. Essa organização, criada pela Rainha, é denominada Torchwood.
 

Se o episódio já era uma preparação para a nova série ou se ela já estava no ar quando ele foi exibido, eu não saberei dizer, o fato é que ela serve como uma explicação para a origem dessa organização. A série mostra as investigações da equipe 3 da organização, que se localiza em Cardiff, País de Gales, com sede montada embaixo do Millenium Stadium.

A primeira temporada é bastante movimentada, mostrando os mesmo ingredientes de Arquivo X, mas com um pouco mais de suspense e de forma levemente mais perturbadora. O grupo investiga luvas que podem ressuscitar pessoas temporariamente, ação de seres sobrenaturais que assumem a forma de fadas para se aproximar de crianças, desaparecimento de viajantes em uma determinada região do País de Gales (que resulta num dos episódios mais perturbadores da temporada), alienígenas vindos do espaço e viagens no tempo que são causadas por perturbações numa fenda espaço temporal existente em Cardiff.

Ao longo de todos os episódios da temporada, pequenas pistas são deixadas, estas pistas nos levam ao desfecho da temporada, o maior desafio que a equipe enfrentará até aquele momento, com um ser infernal sendo libertado por causa do colapso da fenda.

Uma série que ao mesmo tempo instiga e perturba, uma variação de Arquivo X, levemente mais adulta, com personagens carismáticos, uma diversão garantida.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

De reflexões sobre o Natal

Estive meditando sobre o Natal. Interessante…

Não consegui me fixar na imagem de uma doce criança adormecida, repousando sobre um leito de palha.

Meditar sobre o Natal levou-me a Jesus trazendo-nos a Boa Nova: "Eu lhes dou um novo mandamento: Amem uns aos outros, assim como eu os amei." (Jo,13,34)

Passaram-se dois milênios…

A ciência e a tecnologia descortinaram horizontes ilimitados. A humanidade deveria estar em paz! Mas não está. Confusas, as pessoas não encontram uma forma de como ser gente no mundo das máquinas. Apesar do conforto e das comodidades, vivemos uma grande solidão.

Esquecemos o Mandamento do Amor! E, assim, vivemos a solidão do desamor.

O Amor é gratuito. Não se compra e nem se troca. O Amor requer profundidade. Não sobrevive na superfície. O Amor repousa na alma de onde transborda para o corpo e para o universo. O Amor tece laços com linhas de infinito. O Amor é nosso traço de união com Deus, através dos nossos companheiros de caminhada.

Natal. O Amor pede permissão para nos entregar a Paz e a Felicidade que nos foram destinadas.

Um Feliz Natal de Amor para todos nós!

(Autor desconhecido)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

De Feliz Natal

É Natal
Feliz Natal verdadeiro
Dia do nosso companheiro
De barbas brancas
Como a neve
Que cai lá fora no quintal

É Natal
Feliz Natal, liberdade
Dia do amor, da amizade
Duas coisas belas
Como as velas
Seguras pelo castiçal

É Natal
Feliz Natal honroso
Dia do ser amoroso
De um coração forte
Como a brisa
Que bate no peito do pardal

É Natal
Feliz Natal sincero
Dia de quem tanto venero
De um significado maravilhoso
Como a ave branca
Que voa pelo céu
De uma beleza natural

É Natal
Feliz Natal sagrado
Dia em que nasceu coroado
Jesus Cristo
Com a sua luz sobrenatural

É Natal
Um Feliz Natal!!!

domingo, 23 de dezembro de 2012

De vampiros conspiradores

Nessa onda de vampiro bonzinho, que brilha feito purpurina, que só morde bichinho… enfim, que só faz coisas ridículas, eu comprei esse livro achando que ele traria um pouco da verdadeira aura dos sugadores de sangue.

Afinal, vampiro é vulnerável à luz, não tem nenhuma outra preocupação a não ser consigo mesmo, e essa história de que estão preocupados com a paz mundial é balela.


De certa forma o livro trouxe de volta o vampiro sanguinário e astuto. Com algumas pequenas alterações, como o fato de poder andar em plena luz do dia, mas de uma forma lógica, já que ficam totalmente vulneráveis e quase humanos, eles não temem a cruz (na verdade isso foi uma adaptação da Europa Medieval Cristã, pois desde as mais antigas lendas, o vampiro nunca evitou a cruz) e passaram a ter, durante a noite, força sobre humana. A forma de morte não é a estaca no coração, mas a decapitação.

Até aí, Conspiração tem boa premissa. A história envolve uma conspiração para se colocar elementos dentuços em postos chaves da sociedade, tanto como políticos quanto como profissionais respeitáveis, que passariam a controlar o destino da humanidade, existindo poucas pessoas a fazer-lhes oposição.

Essas pessoas presenciaram sua ação, quando perdem familiares atacados pelos bebedores de sangue, porém como para a sociedade o Vampiro é uma lenda, estas pessoas são ridicularizadas e desacreditadas.

É nesse panorama que conhecemos os protagonistas, dois irmãos que ficam órfãos de pai e descobrem que este era um caçador de vampiros. No começo eles se recusam a acreditar, como todo mundo, depois, ao sofrerem ataques à suas vidas, eles começam a receber ajuda de antigos aliados de seu pai, encaixando as peças do quebra-cabeça que ele deixou e assim entendendo sua importância nessa luta.

O livro vai bem até o terço final, quando uma sucessão de reviravoltas faz o enredo se perder, tornar-se óbvio e fútil.

Vale por tentar trazer de volta o mito do vampiro que recentemente foi ridicularizado, mas é uma leitura descartável.

sábado, 22 de dezembro de 2012

De deserto e pedras

“…

Quantos dias ele estava por ali? Já não sabia responder, poderiam ser dois, dez. Quem sabe?

A bússola estava quebrada, não mostrava nenhuma direção, pelo menos parecia girar a esmo dentro da caixa, indecisa em que lado estava o Norte. O mapa havia se partido e parte dele voado com o vento, o retalho que sobrou não ajudava em nada. Mesmo as estrelas e o sol pareciam brincar e atrapalhar seu senso de direção, ele ia dormir e via uma pedra a sua direita, que lhe servia de ponto de orientação, quando acordava, parecia que alguém, por brincadeira, havia movida a pedra para outro lugar, totalmente diferente de onde ele lembrava que ela estava.

Ele estava perdido, definitivamente, e parecia que seu futuro era a morte, pois seu cavalo já havia morrido há dois dias e sua comida estava acabando. Sua água, mesmo racionada, daria para dois dias, se muito.

Como ele tinha chegado ali? Já não importava mais, a rês que havia fugido e que ele fora incumbido de recuperar também já era só ossos. Ele sabia que não deveria ter se aventurado através daquele deserto atrás dela, mas parecia que seria fácil, uma cavalgada de dois, três quilômetros, uma meia-volta e mais um trotar do cavalo e ele estaria em segurança. Ah, ledo engano, aquela rês era arredia e esperta, ele demorou quase três dias para conseguir alcança-la e mais um para conseguir laça-la. Nesse momento já era tarde, ele estava perdido.

Agora ele tinha que parar de pensar, olhar para o horizonte e tentar reconhecer aquelas montanhas, talvez se orientando por elas ele ainda conseguisse escapar com vida. Mas o problema imediato era conseguir abrigo, um vento forte começava a zunir, uma tempestade de ar que só ali existia, ele tinha que sobreviver a ela.

Ele sabia que durante as noites esse vento vinha forte, mas ele sabia se proteger, agora o vento era durante o dia, ele não teria tempo de cavar uma trincheira, teria que se virar com o que tinha.

Então, de repente, ele esfregou os olhos, como se não acreditasse. Já tinha ouvido falar, mas achava que era mais uma lenda dos velhos vaqueiros, não poderia ser verdade. Ele olhava e não acreditava. Agora entendia porque ao acordar não encontrava as pedras no lugar onde julgava que elas estariam, mas sim e outro totalmente diferente.

Na sua frente, enquanto ele tentava se abrigar, uma pedra começou a deslizar pelo solo, deixando atrás de si um sulco no terreno seco, como se fosse uma trilha deixada por um animal. Isso explicava muita coisa.

Mas talvez agora fosse um pouco tarde, ele deveria ter se guiado pelas montanhas, mas preferiu outras opções. Sua vida agora dependeria de ele conseguir superar a sede e a fome, andar o mais rápido que pudesse e conseguir achar alguém que o salvasse, sua batalha era contra o tempo e agora muito mais.

…”

(devaneios sobre uma foto de Racetrack Playa, no Deserto do Mojave, EUA, local onde o vento é tão forte que consegue deslocar pedras, que deixam rastros ao longo do caminho).

De profecias e apocalipse

E o mundo não acabou…

Acredito que muita gente realmente achava que dia 21 de dezembro iria acontecer algum acidente mundial, como o Big One, ou uma gigantesca erupção de um vulcão, ou, mesmo, uma colisão do nosso planeta com um meteoro ou um planeta errante desconhecido.

Com exceção desta última opção, as outras são plausíveis e, provavelmente, em algum dia poderão acontecer. Quais serão os reflexos disso, ninguém sabe, se resultará em mudanças globais ou apenas locais, se alterarão o clima de forma a colocar em risco a existência humana ou não, enfim, se de alguma forma serão ou não capazes de alterar a existência de vida na terra…

Mas isso não é história nova, uma leitura mais atenta aos livros de história e veremos que desde que o homem começou a viver em comunidade qualquer pessoa com mais articulação para falar podia induzir outros a acreditar em qualquer coisa, inclusive que o mundo acabaria.

E os motivos os mais diversos, desde um eclipse na pré-história, passando pela chegada do ano 1000, ou uma epidemia como a peste negra, ou ainda o Cometa de Halley que orbitou muito próximo ao planeta no ano de 1910.

A verdade é que sempre haverá uma profecia que vaticinará o fim do mundo, sempre terá alguém pio o suficiente para divulgar isso e alguém que irá acreditar e divulgar isso febrilmente, e como tudo na existência terá um dia de seu ocaso, em algum tempo no futuro (seja próximo ou distante) alguma dessas profecias acabará se mostrando verdadeira e o mundo realmente acabará.

Mas como não acabou ontem, vamos viver…

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

De 50 quilos de encrenca, diversão, fidelidade e amor

Nem me lembro de quando eu queria ler esse livro, mas o fato é que eu olhava o preço dele e optava por outro que tinha custo benefício melhor, às vezes pagando mais caro por um livro que eu julgava ter mais diversão e imaginação, e ele sempre ficava relegado.

Até que veio a última Black Friday e eu achei que o preço estava interessante.


Eu já havia assistido ao filme que havia se originado da história e gostei, sabia que não era um filme para concorrer a prêmios, era só uma comédia despretensiosa que narrava àquela história verídica.

Uma história de como uma família passou momentos de confusão e amor por um animal totalmente destrambelhado. Um animal voluntarioso que tinha pouca ou nenhuma noção de sua força, tamanho e disposição. Um animal que foi fiel aos seus ‘pais’ humanos até o final da vida.

Para quem gosta de cachorros é praticamente impossível não ter empatia por esse livro e seu protagonista, esse labrador atrapalhado e encrenqueiro que, descrito por John Grogan, acaba abocanhando o coração do leitor que nunca o conheceu.

A narrativa é simples, fácil e muito bem humorada, gerando muitos momentos de risos e gargalhadas incontidas, mas vai ganhando contornos de drama quando Marley vai chegando ao ocaso da vida, quando começa a sofrer e enfrentar os desafios da idade, quando começa a ceder ao peso dos anos.

Eu deveria ter escrito sobre ele desde terça-feira, quando terminei o livro, mas esse é daqueles que a gente tem que digerir bem o que leu antes de falar dele, e posso dizer que o sorriso no canto da boca ao me lembrar de passagens do livro me garante que é um livro para reler, principalmente quando você precisar levantar o astral.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

De genealogia da Terra Média

Um guia contendo 923 personagens de toda uma saga. Todas as linhagens dissecadas em árvores genealógicas. Um trabalho que envolve não apenas os livros, mas seus spin-offs, seja nos filmes, seja nos games.

Tudo isso você encontra num lugar, o Lord of the Rings Project, que começou apenas como uma tentativa de colocar a árvore genealógica dos personagens da Terra Média para tentar esclarecer dúvidas sobre os mesmos.

A ideia foi tão bem acolhida entre os fãs, teve tantas contribuições, que acabou crescendo e se ramificando.

Hoje além da árvore genealógica original, existem filtros que você pode escolher a raça que quer esquadrinhar as origens, ou então um determinado personagem principal, chegando aos seus ancestrais mais remotos que tenham sido citados em qualquer obra do Universo de Tolkien.

E o projeto pode continuar crescendo, já que as contribuições continuam chegando. Vale a pena uma olhadinha com calma lá.

domingo, 16 de dezembro de 2012

De releitura de um clássico dos quadrinhos nacionais

Li a notícia algum tempo atrás que os personagens do Maurício de Sousa, o criador da Turma da Mônica, iria lançar uma série de revistas em quadrinhos (graphics novels) de seus personagens com uma temática mais adulta e que o primeiro volume seria do personagem Astronauta.

Alguns dias depois eu vi a edição nas bancas de revistas, mas não me interessei, não sei se foi o preço, se eu estava pensando em comprar outra coisa, mas o fato é que eu deixei passar.

Como eu acompanho muito da cultura pop na internet (principalmente), acompanhei a evolução das críticas e fui ficando curioso, quando soube que a revista tinha esgotado e que seria lançada uma segunda tiragem, eu decidi por compra-la…


Já nas primeiras páginas de Astronauta: Magnetar você vê que a história tem tudo para marcar, uma arte diferente, menos cartunesca, uma narrativa digna do personagem, tudo para dizer que a história será única (no sentido de inigualável)…

Uma missão de observação, um erro de cálculo, um acidente e um náufrago espacial, muita solidão, reflexões e uma tentativa desesperada de sobrevivência, simples assim e ao mesmo tempo genial. Tudo isso acontece, mas o principal, a essência do personagem, está lá, intacta, amadurecida e ao mesmo tempo com a magia de 1963 (ano de sua criação)…

Uma leitura para se repetir.

sábado, 15 de dezembro de 2012

De Épico e Fantástico

Foi o filme mais esperado do ano, eu estava ansioso, fiz várias postagens sobre ele (não vou colocar links aqui, mas uma procura por O Hobbit vai mostrar inúmeros posts)…

Fica difícil falar, é muita empolgação e pode escorrer spoilers por todas as letras, falar dos Wargs, de ver novamente Elrond e Galadriel, Valfendas (Rivendell), rir com uma ou outra trapalhada dos anões, a indignação de Bilbo quando começa a receber visitas inesperadas, enfim, foi um banquete para os olhos e ouvidos…

Falaram que o filme é arrastado, quem falou isso deve gostar de novela, pelo amor de deus, o filme vem num ritmo constante e correto o tempo todo, desde o começo até seu ápice no final…

Peter Jackson também acertou ao colocar com introdução a história de Erebor (a cidade sob as montanhas), que no livro é contada ao longo da trajetória da companhia de Thorin Escudo de Carvalho, para que Bilbo venha conhecer um pouco da causa que originou essa aventura, no filme ele relata de forma resumida sobre a grande cidade dos anões e dessa forma o leigo também acaba entendendo algo mais da mitologia da Terra Média…

Falar da trilha sonora é impossível, agora, só de me lembrar dela, eu estou totalmente arrepiado, ela embala a jornada de forma fantástica.

Orcs e Trolls, os grandes vilões dessa parte da saga, é um trabalho de maquiagem e efeitos especiais perfeccionista, isso sem falar da técnica de captura de movimentos onde Andy Sirkis dá vida ao Gollum, aprimorado desde O Senhor dos Anéis…

Aliás, as Charadas no Escuro é um capítulo a parte, a tensão do momento, a dualidade presente na personalidade de Gollum, é difícil colocar em palavras…

Achei o filme tão épico que quase saí da sala no fim do filme e entrei na fila da bilheteria para comprar um novo ingresso e assistir novamente.

Esperar um ano para a continuação (se o mundo não acabar) vai ser uma tortura.

domingo, 9 de dezembro de 2012

De Natal, símbolos e significados


Origem do Natal e o significado da comemoração:



O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV, que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Nazaré e entregarem os presentes ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam desmontar as árvores e outras decorações natalinas em até 12 dias após o Natal.
Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.
A Árvore de Natal e o Presépio:



Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período.
Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.
Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram moram na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois além de decorar, representam um símbolo de alegria, paz e esperança.



O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII.
O Papai Noel - origem e tradição:


Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.
Foi transformado em santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.
A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.
Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom. Porém, em 1881, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o bom velhinho com uma roupa, também de inverno, nas cores vermelha e branca (as cores do refrigerante) e com um garro vermelho com pompom branco. A campanha publicitária fez um grande sucesso e a nova imagem do Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

De narrativas sobre o horror

Eu sei que foi quando eu terminei de ler O Caso de Charles Dexter Ward, só não me lembro se foi no próprio livro ou em alguma página da internet que eu li algo sobre a biografia de H. P. Lovecraft.

Ali eu soube que ele afirmava que suas histórias eram extraídas de sonhos que ele tinha e que era essa a sua principal fonte de inspiração para seus contos. Fossem seus sonhos recorrentes ou não, depois de ler esse livrinho fino que reúne três contos dele, só posso achar que Lovecraft era um caso de tratamento psiquiátrico.


Os três contos, O Horror em Red Hook (também título do livro), Ele e A Tumba (um de seus contos mais famosos), têm uma estrutura similar, muita descrição dos ambientes e dos fatos, além de flertarem com o sobrenatural, não aquele sobrenatural que estamos acostumados (principalmente depois que o cinema de Hollywood inundou as telas com filmes sanguinolentos), mas o sobrenatural alinhavado com o terror psicológico. Onde os elementos que causam o terror ou não são descritos ou tem uma descrição bastante leve, deixando que o leitor delineie suas formas e feições.

Outro ponto em comum é que todos estes contos são narrados em flashback, mostrando sempre a história pelo ponto de vista de um único narrador, que brinca sempre com a forma de descrever as ações.

Um livro para ler com calma e deixar a imaginação trabalhar.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

De natureza selvagem

Hoje eu vi uma cena interessante…

Não sei que espécie de pássaro era, mas me chamou a atenção a forma como ele bicava e ciscava um determinado lugar no canteiro central de uma avenida aqui de Campo Grande, era como se fosse uma dança frenética, tanto e tão rápidos eram os movimentos…

Aproximando-me o máximo que consegui, para não assustá-lo, vi o motivo de tudo, ele estava atacando uma cobra-cega…

Foram alguns minutos de observação, como a cobra-cega é um anfíbio e (posso estar errado) não peçonhento, o máximo que ela podia fazer para se defender era se contorcer toda, tentando acertar o pássaro, mas ele pulava e evitava o contato, depois voltava a arremeter com o bico, aparentemente machucando bastante, já que depois de algum tempo os movimentos do anfíbio eram mais para evitar as bicadas do que para acertar o atacante…

Como tudo terminou? Não sei, eu tive que continuar meu caminho. Mas se pudesse, eu ficaria ali, entretido naquela luta curiosa da Natureza.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

De histórias e curiosidades musicais

O Rock sempre teve um quinhão muito grande de malucos, malucos em todos os sentidos, tanto os malucos belezas que só fazem algum tipo de micagem quanto os malucos de pedra que deixam qualquer um de boca aberta com suas façanhas.

Existem algumas publicações internacionais que listam boa parte desse tipo especial de músico, aqueles que se tornam mitos, ou então de acontecimentos que acabam mistificando ainda mais a banda para seus fãs, um incêndio num teatro, um animal morto no palco, essas coisas, mas este é o primeiro livro que além dos malucos internacionais, lista façanhas dos tupiniquins também e existem muitas histórias em terra brasilis de pouca divulgação.


As Loucuras do Rock é um trabalho de pesquisa e conhecimento de Paulão de Carvalho, o líder e vocalista da banda Velhas Virgens. Ele usando sua veia escrachada transformou a leitura numa experiência muito prazerosa e divertida.

Uma leitura legal que vale a pena consultar sempre.

domingo, 2 de dezembro de 2012

De toda a crueza da II Guerra Mundial

Sempre gostei do tema da II Guerra Mundial, isso talvez se deva aos filmes e seriados que proliferavam na minha infância e adolescência, quase sempre mostrando os americanos como protagonistas (raras vezes outras nacionalidades dos aliados) e as forças do eixo como vilãs (principalmente alemães e japoneses). Acho que uma das poucas exceções é A Cruz de Ferro, a história da batalha de Stalingrado entre alemães e russos, tendo como protagonistas os alemães. Tá, mais recentemente foi lançado um excelente filme tendo como cenário esse conflito, mas O Círculo de Fogo já faz parte da minha história adulta.

O teatro europeu de operações sempre teve um apelo maior para mim, as ações em terra e ar sempre foram mais intensas que as de mar (predominância do teatro do Pacífico) no meu ponto de vista. Então é de se imaginar que o Dia D é uma espécie de prato principal desse assunto.

Algum tempo atrás a HBO lançou uma minissérie sobre a II Guerra Mundial, que cobria todo o percurso de uma companhia de paraquedistas americanos, desde seu treinamento, ainda em continente americano, até o Dia da Vitória, o final do conflito na Europa. Eu assisti avidamente essa série, com muito interesse.

Na sinopse dessa série e no início e final de cada capítulo os produtores sempre citavam que a minissérie era uma adaptação da obra homônima de Stephen E. Ambrose. Eu fiquei com isso no inconsciente, até que recentemente uma pessoa que sigo no twitter citou o livro (ele é escritor e está preparando um livro de fantasia que tem parte da ação na II Guerra Mundial e estava usando o livro como fonte de pesquisa), isso reavivou minha curiosidade e eu comprei o livro Band Of Brothers (Companhia de Heróis).


Eu tenho uma lista considerável de livros para ler (fora os que já li, os deste ano estão numa lista na lateral do blog), mas acabei pulando a ordem para ler essa obra e viajei pelos campos de Toccoa (Currahee), passando pela praia de Utah na Normandia, Bastogne e outros cenários do conflito.

Como eu esperava, a obra desmistifica muito do glamour que o cinema e a televisão trouxeram para o conflito, mas ainda assim fica impossível não admirar os atos que são narrados ali, não pela violência e carnificina, mas pela forma como aquela companhia (a Companhia Easy) acabou por firmar fortes laços de amizade entre seus componentes. Não sei ao certo, mas é muito citado no livro que esses laços são considerados os mais fortes e duradouros de toda a história bélica do mundo moderno, sem equivalente em qualquer nação do mundo.

Exagero? Não sei. Mas o fato é que muito do que é narrado transmite essa ligação entre os combatentes, sejam eles oficiais, graduados ou praças, de forma indistinta.

Cabe ressaltar que esses laços são mais palpáveis entre os componentes originais, que passaram por todo o treinamento em Toccoa e outros centros do exército dos EUA, e que também foi estendido a muitos dos substitutos que chegaram ao longo da guerra, mas não a todos.

A obra, originada de uma série de entrevistas com os combatentes que estavam vivos no começo dos anos 1990, busca ter uma fidedignidade grande, mostrando os medos, dificuldades e superações que os entrevistados passaram à época, lembrando que ela só não é mais completa por causa das falhas de memórias que os combatentes, já em idade avançada, apresentaram e por falta de outros que faleceram antes do começo do projeto, seja em terras europeias ou posteriormente.

Uma obra que não valoriza a guerra, mas a descreve de forma realista com todos os seus nuances. Vale a pena ler inúmeras vezes.

sábado, 1 de dezembro de 2012

De lendas e desafios

E dezembro começou melhor que a expectativa…

Eu sabia que The Rise Of The Guardians (A Origem dos Guardiões) tinha tudo para ser um excelente filme, mas ele superou toda e qualquer ideia que eu tinha…

Uma animação sobre lendas, a maioria de domínio mundial, mas mais que isso, uma animação sobre fé e confiança. Uma tocante história de preservar a inocência e a alegria, superar medos e desafios.

Difícil falar mais sem spoilers, mas o filme tem muito tempero com piadas no momento certo, aventura e ação em quantidades incríveis e suavidade para temperar tudo. Jack Frost é escolhido para se unir a Papai Noel, Fada dos Dentes, Coelho da Páscoa e Sandman (mais conhecido nos países de língua inglesa, ele é responsável pelos sonhos de todos) quando surge uma grande ameaça a todas as crianças do mundo. Depois de relutar em aceitar o convite, Jack começa a se conhecer melhor e entende que ele faz parte de tudo aquilo e muito mais…

Dezembro é o mês do Natal, mês em que se espera que a paz e a fraternidade entre as pessoas ressoem, esse filme é uma bela semente para que esses aflorem frondosamente neste ano. Vale a pena ir.