Nessa onda de vampiro bonzinho, que brilha feito purpurina, que só morde bichinho… enfim, que só faz coisas ridículas, eu comprei esse livro achando que ele traria um pouco da verdadeira aura dos sugadores de sangue.
Afinal, vampiro é vulnerável à luz, não tem nenhuma outra preocupação a não ser consigo mesmo, e essa história de que estão preocupados com a paz mundial é balela.
De certa forma o livro trouxe de volta o vampiro sanguinário e astuto. Com algumas pequenas alterações, como o fato de poder andar em plena luz do dia, mas de uma forma lógica, já que ficam totalmente vulneráveis e quase humanos, eles não temem a cruz (na verdade isso foi uma adaptação da Europa Medieval Cristã, pois desde as mais antigas lendas, o vampiro nunca evitou a cruz) e passaram a ter, durante a noite, força sobre humana. A forma de morte não é a estaca no coração, mas a decapitação.
Até aí, Conspiração tem boa premissa. A história envolve uma conspiração para se colocar elementos dentuços em postos chaves da sociedade, tanto como políticos quanto como profissionais respeitáveis, que passariam a controlar o destino da humanidade, existindo poucas pessoas a fazer-lhes oposição.
Essas pessoas presenciaram sua ação, quando perdem familiares atacados pelos bebedores de sangue, porém como para a sociedade o Vampiro é uma lenda, estas pessoas são ridicularizadas e desacreditadas.
É nesse panorama que conhecemos os protagonistas, dois irmãos que ficam órfãos de pai e descobrem que este era um caçador de vampiros. No começo eles se recusam a acreditar, como todo mundo, depois, ao sofrerem ataques à suas vidas, eles começam a receber ajuda de antigos aliados de seu pai, encaixando as peças do quebra-cabeça que ele deixou e assim entendendo sua importância nessa luta.
O livro vai bem até o terço final, quando uma sucessão de reviravoltas faz o enredo se perder, tornar-se óbvio e fútil.
Vale por tentar trazer de volta o mito do vampiro que recentemente foi ridicularizado, mas é uma leitura descartável.
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