Um garoto de óculos, cabelos desgrenhados, solitário,
entrando na adolescência, que de repente descobre que pode ser um mago, o maior
mago de seu tempo, para isso ele começa a percorrer as histórias imemoriais da
magia, colhendo conhecimentos que poderão ser úteis um dia. Não, não estou
falando de Harry Potter, mas de Tim (Timothy) Hunter, o personagem principal de
Os Livros da Magia, do brilhante Neil Gaiman.
Há muita discussão e controvérsia se Harry Potter é ou não é
plágio do personagem que Gaiman criou para a DC Comics. Inegavelmente a
descrição acima pode se encaixar nos dois personagens, Hunter também tem como
bichinho de estimação uma coruja, se bem que Ioiô, como o nome diz, foi
transmutada de um brinquedo de mesmo nome, ao contrário da coruja branca de
Potter.
J. K. Rowling pode nunca ter lido ou sequer ouvido falar do
personagem dos quadrinhos, mas entre ambos há muitas semelhanças, porém estas
param por aí. Potter teve Hogwarts, Hermione, Ronny, Dumbledore, Snape e outros
em sua vida, preparando-o por anos para seu grande desafio, já Hunter foi orientado
por quatro membros da Brigada dos Encapotados, John Constantine, Mister Io,
Vingador Fantasma e Doutor Oculto, que o levam para uma jornada de dias em
mundos e universos paralelos, levando-o aos princípios dos tempos, passando
pelo presente e por terras fantásticas, até o fim de tudo.
Uma jornada que mostra todos (ou quase todos) os personagens
místicos da Editora, nomes como Etrigan, Zatanna, Morpheus e os Perpétuos,
Senhor Destino e outros. Todos contribuem direta ou indiretamente para se ter
uma visão ampla do que é a magia nesse universo, “a sombra que existe no meio
da realidade”.
Uma edição bem tratada que vale a pena ser lida.
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