segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quem vigia os Vigilantes?



Para quem não conhece, a série de Histórias em Quadrinhos Watchmen é conhecida como o marco revolucionário da Arte Sequencial, muito homenageada de diversas formas (na ilustração: Lino é O Comediante, Charlie Brown é o Dr Manhattan, Schroeder é Ozymandias, Chiqueirinho é O Coruja, Snoopy é Rorschach e Lucy é Silk Spectre).

Nos anos 1970, a DC Comics havia comprado os direitos de personagens de diversas editoras americanas que estavam indo à falência ou já haviam falido ou fechado mesmo.

No começo dos anos 1980 houve uma invasão inglesa nos quadrinhos americanos, diversos argumentistas, roteiristas e desenhistas haviam sido contratados pelas gigantes do setor, entre eles Alan Moore e Dave Gibbons.

Estes dois haviam assinado contrato com a DC e foram escalados para fazer uma minissérie com alguns personagens de uma das editoras, cujos direitos haviam sido comprados na década anterior.

Quando os ingleses apresentaram o esboço da história, os editores americanos acharam que o tema havia ficado forte e que não seria de bom tom usar personagens já conhecidos do público americano, como o contrato existia, coube a Moore e Gibbons adaptarem a história e criarem personagens novos.



Assim surgiram o Comediante, Dr Manhattan, o Coruja, Ozymandias, Rorschach e Silk Spectre (ou Spectral), personagens fortes, com doses de psicopatia e diversos problemas existenciais, mas que aos poucos foram ganhando respeito e empatia com os leitores.

Um diferencial da série é a existência de outra história paralela, uma história em quadrinhos chamada Contos do Cargueiro Negro, que um personagem comum lê junto a uma banca de revistas, enquanto conversa com o jornaleiro.



Essa pequena homenagem a Terry e os Piratas e outras histórias de piratas é tão ou mais sombria que a trama original, mas cumpre bem o papel de quebrar a trama principal em momentos importantes.

Fica difícil falar a sinopse da história, mas temos que lembrar que o mundo real vivia os últimos anos da Guerra Fria, que ainda existia a URSS, que existia a dúvida do que aconteceria com os silos nucleares soviéticos em caso de colapso do gigante comunista, diante desse contexto, posso afirmar que apesar de sombria, toda a trama leva a um libelo pacifista muito interessante e o seu final nos leva a um dos eternos questionamentos da humanidade: “Os fins justificam os meios?”

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