Vou falar o quê?
Ver o maior time de futebol da atualidade respeitar o adversário até marcar o primeiro gol, depois jogar com gana, com fome de bola e não descansar até saber que o resultado estava garantido, isso é orgulho, sim.
Ver a aula que o Barcelona deu hoje, não há palavras para descrever.
Mostra o abismo existente entre o futebol que a grande maioria dos clubes brasileiros pratica e o que existe lá fora, principalmente o futebol praticado pelos gigantes europeus.
Porque a maioria dos clubes brasileiros? Não sou só eu, mas toda a mídia repetiu ao longo do ano que um dos times mais estruturados do país era, e é, o Santos, um time que consegue manter seus principais nomes no clube, que tem o melhor jogador do país em atividade, que hoje é temido pelos adversários.
Mas, temos que reconhecer, hoje em dia o melhor futebol que se pratica no mundo está na Espanha, mais precisamente em Barcelona, com um Real Madrid como coadjuvante um degrau abaixo, depois deles, temos Manchester United, Bayern Munique, Milan, quem sabe Chelsea, Manchester City, Inter de Milão (coloco com muita relutância, o time decaiu demais nesta temporada), depois alguns degraus abaixo, Porto, Benfica e outros, depois muito abaixo, temos os clubes brasileiros, hoje acima dos argentinos que enfrentam problemas sérios.
Mas isso tudo não é desculpa, é constatação.
Claro que sonhei com uma partida improvável, com uma noite japonesa onde nada desse certo para os catalães e tudo desse certo para nós, um sonho, nada mais do que isso.
Mas tudo era utopia, tanto que eu procurei anular qualquer notícia desse jogo até hoje de manhã, não queria saber de nada para não alimentar o nervosismo que eu sabia que passaria, não queria perder o sono por uma “Crônica de uma Derrota Anunciada”.
O jogo? Bom, eu, apesar da derrota acachapante, me diverti, vi um time jogar de forma fantástica e seu adversário tentar responder, não conseguiu mas pelo menos não apelou, não usou de violência, de anti-jogo, como vemos acontecer muito por aqui.
O Santos perdeu, foi goleado, mas caiu de cabeça erguida, caiu na bola, a derrota era esperada, o time soube pelo menos fazer isso da forma menos vergonhosa possível.
Por motivos como esse eu digo e repito, TENHO ORGULHO DE SER SANTISTA!
Ah, vendo agora as entrevistas pós jogo, ouvi um dos maiores zagueiros em atividade, Puyol, reconhecer que eles tinham receio de enfrentar o Neymar, sabiam que eram superiores mas tinham medo do brasileiro, esse tipo de respeito não é encontrado em qualquer lugar, essa prova de humildade acaba valorizando e muito o segundo lugar de hoje.
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