Estava outro dia, já tem algum tempo, numa loja na cidade, sendo que na entrada dessa loja havia uma lixeira enorme.
A rua era e é muito movimentada, uma das principais daqui, num dado momento, um garotinho que deveria não ter mais que 4 anos, largou a mão de uma senhora e correu para a entrada dessa loja, abriu a tampa da lixeira e jogou lá um chiclete, mostrando uma educação que muitos (ou melhor quase todo mundo) não têm.
Essa senhora, que se revelou avó do garoto, ao invés de ficar orgulhosa, para minha surpresa, ficou brava, ameaçou a criança de levar uma palmada e falou que ele deveria ter jogado o chiclete em qualquer lugar, na rua mesmo, pois ele a atrasara, sei lá eu se para pegar ônibus ou algum outro compromisso qualquer.
Aí fico pensando, esse não é um caso isolado, um comportamento único, infelizmente é lugar comum.
E não é só jogar um chiclete na rua, ou outro lixo qualquer, a educação do brasileiro em geral está se degenerando já faz muito tempo.
Quando alguém tem uma atitude que pode ser usada de bom exemplo, essa pessoa normalmente acaba ridicularizada, considerada boba ou coisa pior, como se o que ele tivesse feito fosse o mais terrível dos pecados.
Em algum lugar no percurso a moral se desgastou e passamos a ver como normalidade desvios cada vez mais graves.
Hoje achamos normal “furar” o sinal vermelho no trânsito, levar como “suvenir” uma caneta de uma bancada de correio, de banco, como se ela estivesse lá se oferecendo, pegar uma bala ou outra mercadoria numa gôndola de supermercado e colocar no bolso, saindo sem pagar pela mesma.
Isso vai evoluindo e chega aos nossos governantes, e isso é uma conversa pesada, não importa o partido, vemos corrupção ativa e passiva, somas absurdas são informadas e desviadas, e tudo parece transcorrer dentro de uma normalidade assustadora.
Não sei mais o que dizer.
Se o Brasil era o país do futuro, ele se perdeu em algum lugar no passado.
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