Sábado 12 de janeiro
- Ivan Lins
- Elba Ramalho
- Gilberto Gil
- Al Jarreau
- James Taylor
- George Benson
Cadê o Rock que estava aqui? Na verdade o Festival propunha duas noites de Jazz, eu não me lembro, mas vendo os nomes do dia e lendo revistas que “relembram” de 1985, acredito que realmente o ritmo tinha muita aceitação na época e se você for estudioso realmente do assunto, sabe que apesar da paternidade do Rock caber ao Blues e ao Country, o Jazz tem uma forte influência.
Ivan Lins, eu confesso que não me lembro de vê-lo de alguma forma ligado ao Rock, era/é compositor de MPB, tinha uma grande aceitação na época e vários sucessos, se não me engano chegou a gravar com nomes do Pop internacional, hoje anda no ostracismo.
Dessa forma, Ivan Lins não é Rock.
Elba Ramalho é um grande nome da música brasileira, emplacou diversos sucessos, mas na MPB e em ritmos nordestinos, quando faz parcerias com o Zé Ramalho até tem uma ponta de Rock mas não dá para associar o suficiente para emplacar no ritmo. Adoro algumas músicas que ela interpreta, assistiria show dela sem o menor problema, mas ela deu sorte de estar na noite mais leve do Festival, senão poderia não ser bem recebida.
Elba Ramalho não é Rock.
Gilberto Gil, pois é, talvez tenha sido o nome mais Rock da noite, o ex-Ministro da Cultura fez parte do Tropicalismo, chegou a ser exilado pela Ditadura Militar, flertou com diversos ritmos musicais, sempre teve shows animados e não fez feio no festival.
Dentro de seu histórico, Gilberto Gil é Rock.
Nesta noite as atrações nacionais estavam dentro do perfil do Festival, muito interesse de gravadoras e pouca ou nenhuma identificação com o Rock, mas já era esperado, vamos ao que interessa as atrações internacionais.
Al Jarreau é um cantor de Jazz, tinha emplacado diversos sucessos no país e atraiu fãs do Ritmo para suas apresentações, levando em conta que a noite era de Jazz ele não fez feio, mas entramos naquele dilema, o festival tem Rock no nome, como faz?
Não, definitivamente Al Jarreau não é Rock.
James Taylor estava em baixa no mercado internacional, não conseguia emplacar sucessos há alguns anos, tinha problemas pessoais e de dependência química, até hoje ninguém sabe porque a organização do festival o chamou, mas o fato é que os shows que fizeram no Rio deram um up na sua carreira, ele se tornou eternamente grato e sempre que possível volta ao país e ao Rio para fazer apresentações, como forma de agradecimento.
James teve um início de carreira impulsionado pelos Beatles, já que ele foi o primeiro artista contratado pela gravadora Apple, que pertencia ao FabFour, somente por essa ligação pode se afirmar que James Taylor é Rock.
George Benson é cantor e guitarrista muito ligado ao Pop e ao Jazz, também tinha sucessos tocando no Brasil, graças às novelas da Rede Globo, fechou a segunda noite do festival, não lembro do show, mas a noite foi propícia para as atrações internacionais, quero acreditar que quem esteve nesse dia saiu satisfeito.
George Benson, não, em hipótese nenhuma, você não é Rock.
A grande vantagem do festival de 1985 foi essa, a organização pelo menos tentava não colocar ritmos distintos na mesma noite, eles tentavam um tom mais homogêneo, erraram na primeira noite, mas no geral esse foi um acerto.
Não entendeu porque eu fiz esse post? Leia Rock in Rio - será que foi mesmo
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