Estava lendo uma coletânea de Stanislaw Ponte Preta, não comprei o livro, recebi como uma espécie de doação, aliás, não foi só ele, foram vários, a maioria em estado de regular para ruim, mas ainda assim boa parte dá para ler.
Mas voltemos ao livro do Lalaw (como era conhecido o personagem fictício criado por Sérgio Porto).
Ele é um caso onde a criatura cria vida própria, personalidade e muita gente acredita que ele existiu mesmo.
Mas não é sobre o personagem que eu quero falar, mas sobre as curiosidades que observei ao ler o livro.
Stanislaw tinha uma coluna em alguns dos principais jornais diários nas décadas de 1950 e 1960, onde escrevia crônicas, com personagens fixos, como Tia Zulmira, ou eventuais, histórias sobre o cotidiano, apresentando um humor cortante e ferino, com várias histórias com finais imprevisíveis.
Quase sempre usando como tema o futebol, mulher e muita diversão, era um exemplo do sarcasmo politicamente incorreto.
Essas histórias e tiradas foram se inserindo ao imaginário popular, frases suas foram e são usadas constantemente por todos nós.
Foi dele também a criação do FEBEAPA (Festival de Besteiras que Assola o País) ou mostrava seu requinte ao escolher suas musas, as “certinhas do Lalaw”.
Ele é criador de histórias fabulosas e hilárias como a da velhinha que todo dia atravessava uma fronteira seca, contrabandeando motonetas e ninguém desconfiava, que se tornou uma lenda do anedotário brasileiro.
Como eu disse, esse é um caso onde a criatura ganha vida e está eternizada para sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário