sábado, 25 de fevereiro de 2012

De mitos, caçadores e androides

Pensei em começar escrevendo “esqueçam tudo o que sabem sobre Blade Runner...”, mas aí lembrei, um filme tem que tentar adaptar a história, tentar ser o mais fiel possível, nem sempre consegue…

Levei quase a semana toda para ler um livro relativamente fino, 265 páginas, não entendia porque, até agora, depois que terminei a leitura.

Fiquei pensando, a essência está lá, os androides (andros no livro, replicantes no filme) estão lá, a missão é a mesma, o ambiente claustrofóbico, o clima sombrio, tudo confere.

A Escala Voigt-Kampff, os hovercars (carros voadores), os videofones, a Rosen Association (criadora dos Nexus-6), Rachel, também estão lá.


Diferenças, muitas, mas o livro ambienta a terra pós uma guerra nuclear, a “elite” da humanidade emigrou para Marte ou outro planeta-colônia, ficando na Terra apenas os rejeitados, os párias e alguns funcionários governamentais para impedir que estes consigam sair do planeta.

Também impedem a entrada dos andros que se ocultam e misturam com a população.


Dúvidas existenciais, culto à empatia, programas televisivos intermináveis, tudo contribui para uma terra pós-apocalíptica, para um sentimento de solidão, para um livro memorável.

É, um mito foi desconstruído, mas um clássico ganha novos contornos.

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