sábado, 30 de junho de 2012

De continuação da série

Desde que vi o trailer de A Era do Gelo 4 eu estava esperando por sua estreia nas telonas.

Deve fazer um ano que foi divulgado o primeiro trailer do filme, com Scrat simplesmente demolindo Pangea, quando sua noz cai numa fenda e para no centro da terra e ele vai atrás, bagunçando o continente com suas andanças no centro magnético da terra (até aí não há spoiler, quem viu o trailer sabe do que falo).

Hoje eu fui assistir A Era do Gelo 4 em 3D, e valeu a pena.


Rever personagens carismáticos como Scrat, Manny, Diego e Sid, além da família desajustada que eles formaram ao longo da série.

Situações engraçadas surgem com a divisão dos continentes, novos personagens, um vilão à altura da trama e uma revelação improvável valem muitas risadas.

Não vou falar mais para evitar contar o filme, mas a diversão é garantida.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

De lugares paradisíacos

Faz algum tempo eu coloquei um post de porque eu gostaria de ir ao Taiti, na verdade eram só fotos dos bangalôs sobre o mar.

Deu vontade de olhar outras fotos e resolvi colocar mais fotos, mas agora não só do Taiti, mas de outros lugares parecidos e que dá vontade de conhecer, ficar e esquecer o mundo exterior e todos os seus problemas.

Vamos lá então.























quarta-feira, 27 de junho de 2012

De céu abstrato

Nuvem: é um conjunto visível de partículas diminutas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao mesmo tempo (mista) que se encontra em suspenção na atmosfera, após ter se condensado ou liquefeito em virtude de fenômenos atmosféricos.

Essa é a definição acadêmica, mas isso não importa.

Importa você olhar para o céu e ver (ou associar) as nuvens com imagens das mais variadas, de simples animais a desenhos abstratos que grandes pintores assinariam a tela.

Assim foi outro dia, olhando para os desenhos abstratos em azul e branco, assim foi hoje ao entardecer com uma imagem bucólica com diversos matizes de vermelho, branco e cinza.

terça-feira, 26 de junho de 2012

De contos orientais


Estamos habituados com os contos de fadas e lendas ocidentais, a sua maioria de origem europeia com alguma influência africana ou dos índios.

Por isso vemos a dicotomia bem e mal sempre definidos.

Nas culturas orientais isso nem sempre ocorre, mesmo os personagens de má índole guardam dentro de si alguma coisa de bom, que sempre se revela ao longo da história.

Assim verificamos em A Viagem de Chihiro (2001), uma bela fábula oriental que mostra os apuros de uma garotinha para salvar sua família de um mundo mágico.

Ali ela convive com deuses, demonios, fantasmas e criaturas sobrenaturais, tendo que trabalhar numa casa de banhos, enquanto busca uma solução para resgatar seus pais que, transformados em porcos, deverão ser comidos pelos clientes do estabelecimento.

A magia e a cultura japonesa são bem apresentados nessa obra de Hayao Miyazaki, ganhadora do Oscar de Melhor Animação de 2003.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

De imagens alienígenas

Impressionante como a imagem pode nos iludir.

As imagens abaixo parecem de seres monstruosos, alienígenas ou qualquer coisa que não seja deste mundo, mas na verdade são insetos fotografados com uma lente macro, que amplia a imagem capturada.

As fotos abaixo foram realizadas por Nicolas Reusens no jardim de sua casa, em Madrid, Espanha.

Curiosas, mas belíssimas.











domingo, 24 de junho de 2012

De filme futurista

Akira, obra de Katsuhiro Otomo, é um dos mais cultuados Mangás já lançados.

Eu não sou fã do gênero, mas lembro que quando a série foi lançada no Brasil eu li alguns volumes emprestados por um amigo e achei interessante.

Mas não é sobre uma revista que eu não li tudo que eu vou falar, é sobre a adaptação para o cinema.

Sim, ainda nos anos 1980 o próprio Katsuhiro Otomo trabalhou criando o roteiro da adaptação da série em um filme.

Lembro que na época, quando não tínhamos internet e a comunicação era mais deficitária, que a espera pelo filme foi grande.

Hoje, revendo o filme, compreendo o porquê é um cult, um filme ambientado num futuro apocalíptico (lugar comum), governo corrupto, militares em busca de poder e, principalmente, pessoas que acidentalmente desenvolvem grades poderes psíquicos.

Toda a trama em uma futurista Neo Tóquio, construída ao lado dos escombros da original, destruída naquela que seria considerada a III Guerra Mundial, com muita ação, perseguições, conspirações e muito mais.

Duas horas de puro entretenimento.

De homenagem à 7ª arte

Faz tempo que eu não leio tão rápido um livro, talvez a última vez que eu tenha devorado um tenha sido antes da estreia de O Senhor dos Anéis no cinema, quando li a trilogia em um mês, mas entre quinta-feira e ontem eu li um livro com mais de 500 páginas.

Tá certo, quase metade delas era de belíssimos desenhos que fazem parte da história, mas ainda assim, a parte de texto é deliciosa, vai te envolvendo, faz com que você não queira parar de ler e o casamento do texto com os desenhos ficou bem entrosada.

Assim é A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick.


Uma bela ficção que homenageia Georges Méliès, um dos pioneiros do cinema, com suas ideias fantásticas e seus filmes extraordinários.

Hugo é um garoto que perde o pai e vai morar com o tio na estação de trens de Paris, onde trabalha na manutenção dos relógios do lugar.

Mas o garoto tem um segredo e um dom, ele tem facilidades de consertar mecanismos e está empenhado em fazer funcionar um autômato que liga sua memória ao falecido pai.

Encontros, desencontros, sonhos e finalmente ele consegue fazer a máquina funcionar, ela confecciona um desenho do filme A Viagem À Lua, de Méliès, o que o leva até o cineasta, suas criações e sua história.

Uma história modesta, uma homenagem tocante, um conto de fadas moderno, vale a pena ler de novo.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

De segredos da alma

Como os pecados, maldades e vícios influenciam nossa alma?

A corrupção moral causaria a falência dela tanto quando os anos começam a pesar sobre nosso corpo?


Essa é a proposta de Oscar Wilde em sua obra “O Retrato de Dorian Gray”.

Dorian, um rapaz no final de sua adolescência, tem sua bela imagem imortalizada numa pintura feita por Basil Hallward.

Enquanto a pintura não era finalizada, na casa do pintor, Dorian conhece um fútil e hedonista lorde inglês, Henry Wotton.

Ao se dar conta de sua beleza e de que ela se iria com o passar do tempo, Dorian, numa espécie de desejo, fala que faria qualquer coisa para que o quadro assumisse o peso da idade e que ele, Dorian, permanecesse com sua beleza juvenil.

A amizade de Dorian com Lorde Henry se fortalece e este último começa a exercer uma forte influência sobre o rapaz, mostrando que, exceto a beleza, nada deve ser levado a sério.

Após uma desilusão, Dorian age rudemente com a pessoa que lhe desiludiu, passa a noite na rua e, ao chegar a casa na manhã seguinte, descobre que o quadro começa a reagir à sua atitude, mudando sua fisionomia.

Dorian se deixa corromper a influência e passa a ter atos egoístas, mesquinhos e vãos, sendo que a cada ato praticado por ele, seu retrato vai se deformando e envelhecendo e tornando-se cada vez mais grotesco.

Os anos passam e a beleza não abandona as feições do rapaz, que tenta levar uma vida dupla, ser respeitável para a sociedade londrina e aproveitando os prazeres impensados da vida, de forma mais oculta.

Essa forma de viver faz com que as pessoas passem a evita-lo, isso faz com que Dorian aumente a sua insanidade, até cometer um crime capital, que o leva ao profundo arrependimento.

Para tentar reiniciar sua vida, Dorian toma uma decisão importante, porém esta decisão trás efeitos inesperados.

De ruas e cidades


Como é engraçado.

Em cidades muito grandes, a gente vai definindo os bairros com sua própria personalidade.

Em São Paulo é fácil você ver a diferença entre Perdizes, Freguesia do Ó, Lapa e outros bairros, são detalhes para quem conhece e caminha por eles.

Eu não moro nem nunca morei em São Paulo, mas sempre passei períodos na cidade e dá para a gente ir conhecendo pequenas particularidades que ajudam a identificar este ou aquele bairro.

Mas nunca tinha reparado que aqui, em Campo Grande, também dá para identificar essas peculiaridades distritais.

Talvez seja menos heterogêneo como São Paulo, mas aqui os bairros também apresentam suas características próprias.

Seja aquele com suas ruas geometricamente desenhadas, ou aquele outro com casas mais simples, sempre há algo que faz com que você saiba que está num bairro diferente.

Na periferia, então, aquele “não sei o quê” de cidade do interior, aquela tranquilidade nas ruas, as pessoas conversando na calçada, em frente as casas, nem parecem morar numa Capital.

Pena que com a vida corrida não possamos explorar a cidade, andando a esmo por aí, sem pressa, só observando as cores e texturas que a cidade apresenta.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

De música alto astral

Hoje estava escutando o trabalho do Ultraje a Rigor, o álbum Nós Vamos Invadir Sua Praia.

Lembro que há algum tempo atrás havia lido que esse álbum havia conseguido um fato inédito em todo o Mundo, todas as suas faixas haviam atingido o sucesso, coisa que nem mesmo The Beatles e Elvis Presley haviam conseguido.

Confesso que não localizei novamente essa informação.

Em compensação, achei a informação que esse foi considerado o melhor álbum de rock nacional pela Revista MTV.

Convenhamos, o Ultraje, quando gravou o álbum, foi bastante feliz com a relação de músicas, basta olharmos:

  1. Nós vamos invadir sua praia
  2. Rebelde sem causa
  3. Mim quer tocar
  4. Zoraide
  5. Ciúme
  6. Inútil
  7. Marylou
  8. Jesse Go
  9. Eu me amo
  10. Se você sabia
  11. Independente futebol clube

Para quem era adolescente nos anos 1980, o nome das músicas já faz lembrar pelo menos o refrão dela, fazendo a pessoa cantarolar.

Feito único ou não, Nós Vamos Invadir Sua Praia é, de fato, um álbum para se deliciar.
 

 

terça-feira, 19 de junho de 2012

De the way of life

Não vou contar a história da Harley-Davidson, também não tenho uma, aliás, nem sei guiar uma moto.

Mas não dá para negar, essa é uma motocicleta que é sonho de consumo de muita gente.

Ela simboliza a liberdade, a rebeldia dos anos 1960, uma filosofia de vida.

Talvez o cinema tenha sido um catalizador para tudo isso, afinal ela é parte fundamental de filmes como Easy Rider e The Wild One.

O fato é que muitas vezes a gente para e fica vendo fotos dessa motocicleta e, não dá para fugir, se põe a sonhar.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

De estrelas

Milhões, bilhões, incontáveis, infinitas.

Basta olhar para o céu e você verá uma quantidade incrível, mas nem mesmo a metade do total que há no firmamento.

Estrelas brilhantes, azuis, vermelhas, amarelas, anãs brancas, supernovas, de nêutrons…

Serão orbitadas por planetas?

Ou se tornarão buracos negros?

O que mais importa é olhar para cima e sonhar, seja com sua conquista, seja com um romance, enfim, o importante é sonhar.

domingo, 17 de junho de 2012

De brincadeira com palavras

PRINCESA(6), PENSANDO EM VOCÊ(11) com NATURAL(14) PAIXÃO E FÉ(10), para espantar CRIATURAS DA NOITE(9) que te assustam, no meu PLANETA SONHO(7) teremos NOITES COM SOL(1).

Viajando nO TREM AZUL(5), com destino à NASCENTE(2), temos a companhia de MANUEL, O AUDAZ(12), e de nossa amiga ESPANHOLA(4), ANJO BOM(8), ali apreciamos a PAISAGEM DA JANELA(3) e vemos a CASA ENCANTADA(15), onde mora EMMANUEL(13) que está a nos acenar.

*Em letras maiúsculas estão os títulos das músicas que fazem parte do álbum Anjo Bom, de Flávio Venturini.

De reflexões e confiança

Tem dias que a inspiração está fraca, nesses dias a gente apela para assuntos prontos.

A inspiração anda fraca por causa dos dias movimentados, cansativos, a gente chega em casa e quer saber de não fazer nada, não procura alguma coisa legal para trazer para cá.

Hoje foi um pouco diferente, estava fazendo uma pequena reforma aqui e achei uma mensagem conhecida, achei que seria legal colocar aqui, afinal, existem momentos ruins onde o maior problema é manter a fé e confiar na vida, essa mensagem é algo que nos faz refletir.

"Pegadas Na Areia

Um dia eu tive um sonho…

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e no céu passavam cenas da minha vida. Para cada uma que passava percebi que eram deixadas dois pares de pegadas na areia, um era o meu e o outro do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás para as pegadas na areia e notei que muitas vezes no caminho da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isso acontecia nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida. Isso me aborreceu deveras e perguntei ao Senhor:

_Senhor, Tu não me disseste que tendo eu resolvido te seguir, Tu andarias sempre comigo em todo o caminho? Contudo notei que durante as maiores tribulações de meu viver havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo por que nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho.

O Senhor me respondeu:

_Meu querido filho. Jamais te deixaria nas horas de prova e de sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram minhas. Foi exatamente aí que eu te carreguei nos braços."

É para se pensar.

sábado, 16 de junho de 2012

De lendas no exílio

O que você pensaria se aquela sua bela vizinha fosse uma princesa de um reino esquecido?

E aquele homem carrancudo que você encontra na rua fosse, na verdade, um lobo vivendo sob efeito de magia para que você não veja sua verdadeira natureza?

Essa é a proposta da série de quadrinhos Fábulas, de Bill Willingham.

No Reino da Fantasia, diversos mundos começam a ser tomados à força por um personagem misterioso conhecido como O Adversário.

Um personagem cuja identidade é desconhecida e que possui um exército composto por monstros, ogros e outros seres malvados, que vem invadindo terras com nenhuma ou quase nenhuma resistência.

As diversas personagens de conhecidas fábulas são obrigadas a partir para o exílio na Terra dos Mundanos (nós), e fazem de sua morada um bairro na cidade de Nova York (Terra das Fábulas).

Como nem todos tem a aparência humana ou tem posses para adquirir uma magia que os façam parecerem humanos, muitas dessas personagens acabam sendo alojados numa propriedade rural, apropriadamente conhecida como A Fazenda.

Nesse exílio, contado nas páginas da série, vemos conviverem lado a lado, Bigby Lobo (O Lobo Mau), Branca de Neve, A Bela e A Fera, e outras fábulas mais ou menos conhecidas.

Conhecemos suas dificuldades de adaptação, suas novas funções nessa sociedade impensada, alianças políticas e ao mesmo tempo suas preocupações com a possibilidade de serem descobertos pelo Adversário.

Para tanto criam um governo paralelo, onde o Rei Cole é o mandatário principal, assessorado por Branca de Neve (quem realmente governa o local) e a Lei e a Ordem são mantidas por Bigby Lobo (o Xerife).

A série é publicada em encadernados no Brasil, já se encontrando no décimo primeiro volume, e tem, pelo menos, mais seis volumes para ainda serem lançados, onde segredos são revelados e tudo caminha para um confronto final contra o Adversário (um personagem cuja identidade surpreende a todos).

Uma visão interessante de personagens seculares.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

De honra e palavra

Valeria a vida e a honra mais do que o dinheiro?

A pergunta parece ter uma resposta óbvia, sim, mas se observarmos os noticiários dos dias de hoje, muita gente ficaria em dúvida, tamanha a quantidade de crimes cometidos por motivos fúteis.

Mas no caso, chegamos a uma obra prima do cinema japonês, novamente o diretor é Akira Kurosawa, o diretor japonês mais conhecido no Ocidente.

Uma pequena aldeia japonesa, todo ano é saqueada por um bando de mercenários.

Após a última investida, os moradores resolvem que esse será a última vez que se submeteriam aos bandidos e resolvem contratar Ronins (Samurais sem mestre) para defende-los.

Como a quantia oferecida é pequena (uma porção diária de arroz) para os poderosos guerreiros, a proposta é sempre recusada, até que um veterano resolve aceitar.

Durante a viagem até a aldeia, ele consegue recrutar mais cinco guerreiros, que com ele formarão a linha defensiva contra os vilões.

Mesmo recusado, um jovem camponês, com sonhos de ser um samurai, os acompanha na jornada até a aldeia.

A adaptação, o relacionamento entre os moradores e os guerreiros, a história se desenrola com um fundo de moral oriental, até que a confiança seja mútua.

Chegando a época do retorno dos mercenários, estes são surpreendidos pela resistência que a aldeia impõe, com a ajuda dos sete guerreiros.

Após uma batalha feroz, os aldeões e seus defensores saem vencedores.

Uma obra que encantou o mundo e é considerada o maior trabalho de Kurosawa.

Posteriormente Hollywood fez um remake, ambientando-o no Velho Oeste, Sete Homens e Um Destino, também bom, mas com menor carga filosófica, a verdadeira joia do filme original.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

De regras para a magia.

Feriado é assim…

Sem fazer nada, vendo tv e navegando pela web.

Foi no Blog do Fábio Yabu que eu vi esse tópico e achei interessante, afinal, são as diretrizes da nova fábrica de sonhos, da Pixar, que vem revolucionando o mundo da animação nos últimos 20 anos mais ou menos.

Segundo Yabu, essas regras foram compiladas dos tweets da artista Emma Coats, vale a pena repassar.

Eis as 22 regras:

  1. Você admira um personagem mais pelas tentativas dele do que pelo sucesso.
  2. Você precisa ter em mente aquilo que é interessante para você como público, não aquilo que o diverte como escritor. São coisas BEM diferentes.
  3. Tentar escrever sobre um tema é importante, mas você só vai saber do que a história realmente se trata quando chegar ao final dela. Agora, reescreva.
  4. Era uma vez__. Todo dia, __. Um dia, __. Por causa disso, __. Por causa daquilo, __. Até que, finalmente __.
  5. Simplifique. Foque. Junte personagens. Pule os desvios. Vai parecer que você está perdendo algo valioso, mas isso vai te libertar.
  6. No que seus personagens são bons? Jogue-os na direção oposta. Desafie-os. Como eles reagem?
  7. Crie o final antes de escrever o meio. Sério, finais são difíceis, deixe o seu funcionando desde já.
  8. Quando terminar sua história, entregue-a ainda que não esteja perfeita. Num mundo ideal ela estaria, mas siga em frente. Faça melhor da próxima vez.
  9. Quando você estiver bloqueado, faça uma lista do que NÃO aconteceria a seguir. Muitas vezes o material para te desbloquear vai aparecer.
  10. Lembre-se das histórias que você gosta. O que gosta nelas é parte do que você é; e precisa reconhecer isso antes de usar.
  11. Colocar no papel te ajuda a executar. Se a ideia perfeita ficar só na sua cabeça, você nunca vai poder compartilha-la com ninguém.
  12. Descarte a primeira coisa que vier à mente. E a segunda, a terceira, a quarta, a quinta… tire o óbvio do caminho. Surpreenda-se.
  13. Dê opiniões aos seus personagens. Passível e maleável pode ser agradável conforme você escreve, mas é veneno para o público.
  14. Por que você precisa contar ESTA história? Qual a crença queimando dentro de você que mantém a história acesa? Esse é o coração dela.
  15. Se você fosse seu personagem, nessa situação, como se sentiria? Honestidade empresta credibilidade a situações inacreditáveis.
  16. O que está em jogo? Dê-nos uma razão para torcermos pelos personagens. O que acontece se eles não conseguirem? Dificulte a vida deles.
  17. Nenhum trabalho é desperdiçado. Se não está funcionando, descanse e siga em frente, até que ele volte e seja útil mais tarde.
  18. Você precisa se conhecer, saber a diferença entre dar o seu melhor e encher linguiça. Uma história é feita de tentativas, não de refinamentos.
  19. Coincidências que colocam os personagens em apuros são ótimas, coincidências que os tiram delas são trapaça.
  20. Exercite-se pegue os blocos que constroem filmes que você odeia. Como você os montaria de forma que você AMASSE?
  21. Você precisa se identificar com as situações/personagens, não apenas escrever coisas legais. O que faria você agir da mesma maneira que eles?
  22. Qual é a essência de sua história? A maneira mais econômica de conta-la? Se você souber isso, pode partir daí em diante.

 

De pontos de vista

Seu ponto de vista é algo próprio da humanidade.

Observar um fato, uma frase, um acontecimento sobre o seu ponto de vista pode conflitar com o ponto de vista de outra pessoa, isso gera um conflito de verdades, algo que só o diálogo pode (ou não) dissolver num ponto em comum.

Neste filme de Akira Kurosawa vemos exatamente várias versões sobre a mesma história.

Em uma floresta dois crimes são cometidos, um Samurai é assassinado e sua mulher estuprada, porém, não se consegue chegar à verdade do que aconteceu ali.

Temos a narrativa de um Lenhador, que pode ou não ter presenciado os fatos, da Mulher do Samurai, que narra os fatos percebidos por ela, do Ladrão, que conta ao seu modo os fatos, e do Samurai, através de um médium, que narra os fatos do seu jeito.

Todas as narrativas são conflitantes, todos afirmam ser aquela a verdade.

E assim é a vida.

De despedida

Vidas são caminhos.

Muitos acreditam que eles se cruzam por algum motivo.

E em cada cruzamento ganhamos bagagem, experiências, conhecimentos.

Se esses cruzamentos vêm por acaso ou são premeditados, ninguém sabe.

Nesse cruzamento com você, fui feliz, aprendi muito, mas errei, pequei por excesso, quis mais do que você oferecia.

Agora você se afasta de vez, segue rumo diferente.

Que seja feliz.

E, se um dia voltarmos a nos encontrar, que apenas os erros não se repitam.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

De contos sem fadas

Hoje em dia alguns contos de fadas voltaram ao cinema, Chapeuzinho Vermelho com A Garota da Capa Vermelha e Branca de Neve com dois filmes lançados em menos de três meses.

Mas estes filmes são pálidas amostras do que são os contos, talvez influenciados pelos filmes da saga crepúsculo ou por outro motivo qualquer.

Assim como Na Companhia dos Lobos trás mais cores à história de Chapeuzinho, existe um filme mais fiel ao conto de Branca de Neve, Floresta Negra – Um Conto de Terror.

Um nobre que perde a esposa em um acidente e vive com a filha, decide se casar com uma bela mulher, sem saber que esta é praticante de bruxarias.

Quando a garota completa 16 anos e tem sua beleza desabrochando, a madrasta começa a ter crises de ciúmes e tem seu ego destroçado.

Diante disso ela decide matar a enteada, contrata um caçador para fazer o serviço.

Toda a narrativa segue o conto que nós conhecemos: os anões, a descoberta que o caçador mentiu quanto ao serviço e tudo mais.

A diferença está nas pinturas impressas, o suspense, a caracterização de velha da madrasta (a maquiagem era digna de Oscar), e todo o clima que a floresta dá é assustador.

Esse filme se assemelha muito mais ao conto original dos Irmãos Grimm do que tudo o que conhecemos, basta lembrar que quando eles coletaram essas histórias, em plena idade média, a infância acabava por volta dos 10 anos, e junto com ela toda inocência, portanto os contos não eram de fadas, mas para entreter a todos, adultos e crianças, contendo sensualidade e suspense na mesma dose e que suas cores foram atenuadas (virando contos infantis) quando Disney começou a adapta-los para os desenhos animados.

domingo, 10 de junho de 2012

De realidade e ficção

Uma das primeiras imagens do filme, com a trilha sonora num crescendo, já mostram que o filme é épico.

Afinal, a cena de Carruagens de Fogo com os jovens corredores ingleses treinando na praia para os Jogos Olímpicos de 1924, ao som tema do filme, deixa o mais insensível dos espectadores arrepiado.

A equipe de atletismo inglesa é o pivô central do filme, principalmente os velocistas Harold Abrahams e Eric Liddell, suas semelhanças e diferenças, não só no campo esportivo, mas pessoais.

Eles são a principal esperança britânica no evento esportivo.

Um filme que mostra uma realidade pós-guerra, numa época de real amadorismo esportivo, uma obra prima.

Vale a pena assistir.

sábado, 9 de junho de 2012

De palavras e reflexões

Graças a vasta documentação, hoje sabemos a grande devastação que o governo, o exército e os colonos dos EUA fizeram com a população indígena nativa.

Aqui no Brasil também ocorreu algo similar, mas mal documentado, temos uma quantidade muito menor de informações sobre esse genocídio.

A carta abaixo foi escrita pelo Cacique Seattle, da tribo Suquamish, na metade do século XIX, endereçada ao presidente americano Francis Pierce.

Em muitos pontos ela se mostra atual, sua leitura merece uma reflexão.

"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza como nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.

Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal ideia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então compra-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda essa terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e nas crenças do meu povo.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual a outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exauri-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.

Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d’água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo ele é insensível ao mau cheiro.

Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.

Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo da luta pela sobrevivência.

Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças ele transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões de futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

quinta-feira, 7 de junho de 2012

De reflexões sobre o inverno

Os dias ficando mais curtos.

O verde ficando amarelado.

O termômetro vendo os graus abaixarem.

Assim é o inverno.

Mais um se aproxima.

Existe todo um lado bom: A elegância das mulheres que se vestem bem, aquelas comidas que esquentam você por dentro.

Mas existe um lado difícil: Acordar cedo para trabalhar, o vento cortante que entra pelas frestas da janela e pelo vão da porta.

Tudo isso é parte da brincadeira que é a vida, eu só sinto falta de você para me aquecer.

terça-feira, 5 de junho de 2012

De pensamentos ao vento (V)

Choveu a noite toda.

Não, eu não reclamo, pelo contrário, eu gosto de chuva.

Agora, ando pelas ruas, começa a chuviscar, uma chuva leve que mal molha.

Sinto as gotas caírem no meu rosto, dando novo ânimo.

Apesar desse sentimento revigorante, apresso o passo, busco um abrigo.

Um lugar seco onde possa sentar e apreciar o espetáculo da natureza.

Só não posso me perder no tempo, o dia urge e a vida segue.

Mas a chuva, ah, ela continua a cair.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

De pensamentos ao vento (IV)

Olhe lá, no meio da escuridão da floresta.

Sim, uma clareira bem iluminada pelo sol da manhã.

Um brilho único, que me aquece.

Quero sair desta escuridão, quero me aconchegar nesse brilho, torcendo para que ele não seja fugaz.

Mas a cada passo que eu dou em sua direção, parece que dou dois ou três para trás, mais ele se afasta.

Cometo erros de percurso, me atrapalho com palavras.

Volte a me sorrir, ilumine meus olhos outra vez.

Sei que é difícil, mas me deixe tentar, um passo de cada vez, deixe o seu brilho me banhar.

domingo, 3 de junho de 2012

De histórias obscuras e desconhecidas

Falar o que de um livro que se propõem a falar de um personagem e ele pouco aparece?

Assim é As Aventuras Inéditas de Sherlock Holmes.


Segundo a introdução escrita por um expert no personagem, Peter Haining, Sir Arthur Conan Doyle escreveu ao todo 60 casos, sendo 56 contos e 4 noveletas.

Pesquisas realizadas por biógrafos, fãs e estudiosos do personagem (não pensava que o detetive era levado tão a sério assim), trouxeram à luz 12 manuscritos que podem ser incluídos no cânone do personagem.

A discussão não é puramente acadêmica, já que em pelo menos dois casos há suspeição quanto à autoria do texto, discute-se se o mesmo foi de Sir Arthur Conan Doyle ou de terceiros.

O fato é que nesses textos há dois ensaios sobre o personagem, falando da psicologia e personalidade do morador de Baker Street, duas peças de teatro (o personagem foi muito encenado nos teatros ingleses no início do século XX), um debate poético, duas paródias, dois casos aparentemente autênticos, duas cartas de Sherlock (o personagem narra a solução de casos, como se estivesse escrevendo para a sessão de cartas de um jornal) e uma história que traria o protótipo do personagem.

Essa coletânea é interessante, trás alguns elementos que encontramos nos demais contos do personagem (não sou especialista, mas li vários livros), porém há momentos em que tudo parece irreal dentro do mundo sherloquiano.

O livro ainda trás de bônus três outros itens interessantes.

A narração do autor de como ele convivia com seu personagem, onde ele relata cartas de pessoas solicitando ajuda ao personagem, de como ele mesmo usou os métodos observatórios do personagem em algumas situações e como a fama dele atrapalhou um maior desenvolvimento do autor como escritor de outras tramas, ficando relativamente preso ao personagem.

O Mistério de Sasassa Valley, aonde o personagem não aparece, mas são visíveis alguns elementos usados posteriormente na criação de um clássico deste, O Cão dos Baskervilles.

O último texto trás uma seleção dos 12 casos preferidos do autor e dos critérios por ele usados para selecionar os mesmos.

Por curiosidade, a lista dos casos preferidos do autor:

  1. A Faixa Malhada;
  2. A Liga dos “Cabeça Vermelha”;
  3. Os Dançarinos;
  4. O Problema Final;
  5. Um Escândalo na Boêmia;
  6. A Casa Vazia;
  7. As Cinco Sementes de Laranja;
  8. A Segunda Mancha;
  9. O Pé do Diabo;
  10. A Escola do Priorado;
  11. O Ritual Musgrave;
  12. Os Magnatas de Reigate.

sábado, 2 de junho de 2012

De barbárie da espécie humana

Ontem vi uma notícia que me deixou pensando.

A seleção alemã de futebol está na Polônia para a disputa da Eurocopa, disputa de seleções que neste ano será sediada por Polônia e Ucrânia.

Ontem os jogadores e comissão técnica visitaram um lugar de mais triste história para os dois países, o Campo de Concentração de Auschwitz.

Lembro-me dos pesadelos que tive ao ler pela primeira vez sobre tal lugar, não lembro o nome do livro, mas falava muito dos experimentos do Dr. Mengele, dos maus tratos que os prisioneiros sofriam, além de muitas outras barbáries que nem valem a pena ser listadas.

Não vou falar sobre a história do campo, nem nada sobre suas práticas, mas sobre o meu espanto ao constatar hoje em dia a quantidade de gente que não acredita ou finge não acreditar no que ali aconteceu.

Na proliferação de “neonazistas” e outros radicais (não importa se de direita ou esquerda), da propagação das ideias de supremacia branca, do racismo, enfim parece que a história, mesmo com todos os documentos existentes, está querendo se repetir.

Só de ver a imagem abaixo eu já fico com o estômago revirado, não consigo dimensionar pessoas pregando ideias como as que levaram a construção de tal lugar.

Quando eu brinco que a humanidade é um fracasso como espécie (citação no Twitter), muitas vezes reflete nesse sentimento, que não dá para definir, afinal, por mais que sejamos animais, essa selvageria, que já foi cometida e que muitos querem repetir, nenhum animal, nem mesmo o de pior índole, repete.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

De lobos e lendas

Não saia da trilha, há perigos fora dela.

Não, isso não é autoajuda, não é nada disso, é somente um conto de fadas.

Ou melhor, é uma adaptação de um famoso conto dos Irmãos Grimm, vista pela óptica de Neil Jordan.

Nela não há “felizes para sempre”, não há mão salvadora de um caçador, mas uma tensão no ar, um medo palpável e um clima de sensualidade, digna dos lobos.


Sim, Irmãos Grimm e lobos juntos eu só posso estar falando de Chapeuzinho Vermelho, não a versão adolescente insípida de “A Garota da Capa Vermelha”, mas o terror “Na Companhia dos Lobos”.

Uma adolescente adormecida sonha com uma vila isolada, onde uma família acaba de perder sua filha mais velha, vítima de um ataque de lobos, a caçula, Rosaleen, muito apegada à avó, está começando sua adolescência, aos 14 anos, e descobrindo sobre os mistérios da vida.


Com o objetivo de proteger a neta e à sua inocência, a avó conta diversas histórias sobre lobos e lobisomens, além de alerta-la sobre os perigos que representam os viajantes desconhecidos, porém a garota, num misto de destemor e arroubo de juventude, acaba encarando situações sinistras.

Para um filme dos anos 1980, seus efeitos especiais são interessantes e curiosos, como a transformação de um homem em lobo, feita de uma forma pouco ortodoxa para a época.

Um desfecho inesperado para o sonho e outro onírico para a adormecida jovem, tornam o filme desconcertante do primeiro ao último frame.