Faz tempo que eu não leio tão rápido um livro, talvez a última vez que eu tenha devorado um tenha sido antes da estreia de O Senhor dos Anéis no cinema, quando li a trilogia em um mês, mas entre quinta-feira e ontem eu li um livro com mais de 500 páginas.
Tá certo, quase metade delas era de belíssimos desenhos que fazem parte da história, mas ainda assim, a parte de texto é deliciosa, vai te envolvendo, faz com que você não queira parar de ler e o casamento do texto com os desenhos ficou bem entrosada.
Assim é A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick.
Uma bela ficção que homenageia Georges Méliès, um dos pioneiros do cinema, com suas ideias fantásticas e seus filmes extraordinários.
Hugo é um garoto que perde o pai e vai morar com o tio na estação de trens de Paris, onde trabalha na manutenção dos relógios do lugar.
Mas o garoto tem um segredo e um dom, ele tem facilidades de consertar mecanismos e está empenhado em fazer funcionar um autômato que liga sua memória ao falecido pai.
Encontros, desencontros, sonhos e finalmente ele consegue fazer a máquina funcionar, ela confecciona um desenho do filme A Viagem À Lua, de Méliès, o que o leva até o cineasta, suas criações e sua história.
Uma história modesta, uma homenagem tocante, um conto de fadas moderno, vale a pena ler de novo.
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