Não saia da trilha, há perigos fora dela.
Não, isso não é autoajuda, não é nada disso, é somente um conto de fadas.
Ou melhor, é uma adaptação de um famoso conto dos Irmãos Grimm, vista pela óptica de Neil Jordan.
Nela não há “felizes para sempre”, não há mão salvadora de um caçador, mas uma tensão no ar, um medo palpável e um clima de sensualidade, digna dos lobos.
Sim, Irmãos Grimm e lobos juntos eu só posso estar falando de Chapeuzinho Vermelho, não a versão adolescente insípida de “A Garota da Capa Vermelha”, mas o terror “Na Companhia dos Lobos”.
Uma adolescente adormecida sonha com uma vila isolada, onde uma família acaba de perder sua filha mais velha, vítima de um ataque de lobos, a caçula, Rosaleen, muito apegada à avó, está começando sua adolescência, aos 14 anos, e descobrindo sobre os mistérios da vida.
Com o objetivo de proteger a neta e à sua inocência, a avó conta diversas histórias sobre lobos e lobisomens, além de alerta-la sobre os perigos que representam os viajantes desconhecidos, porém a garota, num misto de destemor e arroubo de juventude, acaba encarando situações sinistras.
Para um filme dos anos 1980, seus efeitos especiais são interessantes e curiosos, como a transformação de um homem em lobo, feita de uma forma pouco ortodoxa para a época.
Um desfecho inesperado para o sonho e outro onírico para a adormecida jovem, tornam o filme desconcertante do primeiro ao último frame.
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