quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

De degelo e continentes

A discussão não é de hoje.

A realidade está na nossa cara e ninguém quer ver, pelo menos ninguém que possa tomar alguma atitude mais efetiva, falo de governos, de grandes empresas, de latifundiários, porque muita gente, individualmente já faz a sua parte, mas será que isso é o suficiente?

As imagens abaixo foram divulgadas já faz muito tempo, mas vale a pena olhar com calma para elas, foram divulgadas pela NASA.

É um estudo de como ficará o desenho dos continentes daqui a 24 anos, se o aquecimento global continuar na mesma velocidade que caminha hoje.

Não sei explicar um ou outro surgimento de “ilhas” e anexos de continente onde hoje existe água, mas é fácil entender o desaparecimento de grandes porções de terra, que serão tomadas pela água, quando os níveis dos mares começarem a subir.

Não vou falar mais nada, as imagens falam por si só.

Esboço geral

América do Sul e Continente Antártico

América do Norte e parte do Caribe

África e visão da Europa

Europa (visão mais detalhada) 

Oceania

Sudeste da Ásia

Norte da Ásia

Ásia (visão geral)

Só mais uma coisa (meu inglês é péssimo) segundo a informação, o derretimento das calotas polares causariam também uma mudança no eixo magnético da Terra, por esse motivo os continentes perderiam uma área maior de Terra, além do aparecimento de novas áreas, mostradas nos mapas.

É, tudo isso é para se pensar.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

De preferências e morcegos

Ele começou enfrentando vilões comuns, chegando a matar alguns outros ele deixou mergulhar para a morte certa.

Aos poucos foram surgindo adversários à altura, seres insanos, fortes, persistentes, psicopatas.

Também surgiram mulheres fatais, venenosas, perigosas.

Aos poucos sentiu a necessidade de adotar um parceiro, seu trabalho estava muito solitário.

Começaram a surgir apetrechos, aparelhos e veículos, todos baseados em seu esconderijo, também peculiar.

Ganhou aliados superpoderosos, mas todos sempre o respeitaram, aceitando sua liderança natural, sua mente estrategista.

Já foi superado, teve a coluna partida, ficou em cadeira de rodas, voltou, enfrentou deuses, morreu, voltou das garras da morte.

Tudo isso o tornou o herói mais popular de todos os tempos, conforme lemos aqui e aqui.

Sim, tudo isso é Batman.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

De corrida e instinto

Mais uma imagem de cachorro.

É, eu gosto.

Mais uma vez uma sensação de liberdade, de alegria.

E esse Basset Hound está no seu habitat, apesar de hoje em dia ser considerado cão de companhia, ele sempre foi um cachorro de caça, um cachorro de ir a campo e ajudar o homem na hora de conseguir comida para seu sustento.

Os tempos são outros, hoje a caça não é mais para sobrevivência, aliás, ninguém mais vê a caça como diversão (e não discordo), mas com certeza esse cachorro extravasa todo seu instinto de correr pelos campos, acuando uma presa, lembrando seus ancestrais.

De vida selvagem deslocada

Não, as imagens abaixo não são num local rural, próximo a matas pantaneiras.


Quem me segue pelo twitter sabe que hoje de manhã eu comentei que havia visto cinco casais de araras no centro da cidade.
 
Eu estava em dúvida se ficava feliz ou triste.

Realmente, a felicidade é pelo fato de ver vida selvagem relativamente tão próximo, a tristeza é pelo fato de que ela está saindo de seu habitat natural e vindo para centros urbanos.

Por algum motivo isso está acontecendo, é algo a se pensar.

As imagens não estão muito nítidas, a distância, a altura onde elas estavam, o sol por trás delas, tudo conspirou contra, mas ainda assim dá para vê-las bem.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

De estatuetas, prêmios e credibilidade

Hoje é dia de Academy Awards, o popular Oscar.

Estava pensando, diversos ganhadores se valorizaram por causa do prêmio, assim como outros por não tê-lo ganho, muitos superestimados, outros subestimados.

Convenhamos, “Quem quer ser um milionário” (ganhou em 2009) é interessante, mas se não fosse a estatueta não teria a metade da bilheteria mundial.

“Crash - No Limite”, o que fez para ser o melhor filme em 2006?

Já “O Discurso do Rei” pode não ter sido o grande filme do ano passado, mas era encorpado o suficiente para explicar sua premiação.

Não lembro quando foi o último ganhador que realmente tinha a preferência da maioria do público, alguns ganharam por ocasião, outros pela grandiosidade da série.

Faz tempo que o Oscar deixou de ter o peso que tinha, passou a ser mais um indicativo de suspeição de qualidade.

Ainda assim, ao contrário de outros eventos que também perdem força ao longo dos anos, o Oscar ainda vale a pena assistir.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

De mitos, caçadores e androides

Pensei em começar escrevendo “esqueçam tudo o que sabem sobre Blade Runner...”, mas aí lembrei, um filme tem que tentar adaptar a história, tentar ser o mais fiel possível, nem sempre consegue…

Levei quase a semana toda para ler um livro relativamente fino, 265 páginas, não entendia porque, até agora, depois que terminei a leitura.

Fiquei pensando, a essência está lá, os androides (andros no livro, replicantes no filme) estão lá, a missão é a mesma, o ambiente claustrofóbico, o clima sombrio, tudo confere.

A Escala Voigt-Kampff, os hovercars (carros voadores), os videofones, a Rosen Association (criadora dos Nexus-6), Rachel, também estão lá.


Diferenças, muitas, mas o livro ambienta a terra pós uma guerra nuclear, a “elite” da humanidade emigrou para Marte ou outro planeta-colônia, ficando na Terra apenas os rejeitados, os párias e alguns funcionários governamentais para impedir que estes consigam sair do planeta.

Também impedem a entrada dos andros que se ocultam e misturam com a população.


Dúvidas existenciais, culto à empatia, programas televisivos intermináveis, tudo contribui para uma terra pós-apocalíptica, para um sentimento de solidão, para um livro memorável.

É, um mito foi desconstruído, mas um clássico ganha novos contornos.

De bicicletas no trânsito

É, tem coisas que surgem em São Paulo e são interessantes.

Acabou se espalhando pelo país, até aqui tem, na cidade turística de Bonito.

Numa cidade como São Paulo o trânsito é caótico, aliás, nem precisa ser como lá, basta uma cidade ter um número de automóveis e motos muito grande para o trânsito ser um caos.

Existem algumas saídas para tentar diminuir esse problema.

Transporte Público de qualidade (tá bom, pode parar de rir, não é sobre isso que vou falar), trabalhar próximo a onde mora, para poder ir à pé ao trabalho (tá, em São Paulo é utopia) e, o mais viável, ir de bicicleta.

Poxa, mas acabei de falar que o trânsito é caótico, isso de carro, imagina estar desprotegido numa magrela, ainda mais se você não tem a menor experiência em pedalar em ruas movimentadas.

Pois é, foi pensando nisso que foi criado o Bike Anjo, uma grande sacada.

O trabalho é voluntário, eles se dispõem a acompanhar os novos ciclistas pela cidade, como uma escolta, até o seu destino, seja ele escola, trabalho, ou onde quer que ele queira ir.

Como a cidade é grande, eles dividiram-na em áreas, na verdade aproveitaram a divisão que já existente, zonas norte, sul, leste, oeste e centro, pois assim a logística fica mais fácil.

A ideia é essa, desafogue o trânsito, se exercite e viva melhor, quer experimentar, procure um Bike Anjo.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

De acidentes nos mares

Como as coisas são curiosas.

Neste ano, nestes dois primeiros meses, as agências de notícia já reportaram sobre dois naufrágios de grande porte, um na Itália e outro na Oceania.

O que poucos parecem ter percebido ainda é que neste ano o maior naufrágio da história faz 100 anos.

Não o maior naufrágio em questão de números de vítimas, mas o mais famoso, já que o transatlântico era considerado insubmersível.

Sim, em abril deste ano o naufrágio do Titanic completa um século.

Como eu sei que em breve vão pulular matérias, informações e qualquer outra coisa sobre isso, resolvi antecipar e listar alguns dos principais naufrágios marítimos de embarcações civis ocorridos nos tempos modernos (Século XX para cá).

Porque tempos modernos?

Simples, por que até o Século XIX o principal meio de transporte entre os continentes eram embarcações, então a quantidade de naufrágios era muito maior, já depois da década de 1910, os aviões foram inventados e junto com os dirigíveis (nas primeiras décadas) acabaram diminuindo e muito as viagens navais de longa duração.

Também não dá para falar de navios militares, já que ocorreram duas grandes guerras nesse período, além de conflitos menores e localizados.

Vamos lá.

Além do famoso Titanic, temos:

Royal Edward, não foi bem um naufrágio, esse navio acabou abalroado por um iceberg em 1914, mas conseguiu efetuar reparos emergenciais e chegar a um porto em segurança.

Stockholm e Andrea Doria, colisão ocorrida em 1956, foi causada por erro humano, as embarcações iam passar lado a lado, mas uma leitura errada de radar resultou numa rota de colisão.

Herald of Free Enterprise, essa balsa foi a pique em 1987 depois que suas portas de cargas foram mal lacradas, novamente erro humano.

Doña Paz e Vector, considerado o maior naufrágio em número de mortos, a balsa e o petroleiro colidiram nas Filipinas em 1987, extraoficialmente foram mais de 4.000 mortos.

Joola, esse naufragou na África em 2002, também não há números exatos sobre o número de vítimas, mas estava com excesso de passageiros, foi colhida por uma tempestade quando estava na costa da Gâmbia.

Explorer, naufragou em 2007, quando rumava para o Polo Sul, ficou preso numa geleira e as manobras realizadas para escapar à prisão de gelo perfuraram o casco, não houve vítimas.

Esses são considerados os maiores naufrágios marítimos na história recente da humanidade, não considerando os dois que ocorreram este ano, negligência, azar, erro de leitura de instrumentos, enfim, os mais variados motivos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

De recantos verdes

Quem olha essa clareira pode imaginar várias coisas.

Um cenário de filme de aventura, fantasia ou ficção, de onde saem personagens e animais ferozes, que parecem saltar sobre a câmera, isso num filme 3D deve ser realmente interessante.

Um local bucólico numa fazenda, sei lá, de repente atrás das árvores corra um regato ou mesmo um rio caudaloso, algo para sonhar.

Para aumentar os sonhos, posso afirmar que o local tem muitos pássaros que pousam nos galhos das árvores, muitas vezes fazendo altas algazarras.

Olhe bem, você tem ideia de onde é esse lugar?


É um local a menos de 500 metros de onde eu moro, um recanto de verde no meio de três bairros bastante habitados, por enquanto ele sobrevive, mas com a sanha imobiliária em que vivemos, ninguém sabe dizer até que quando isso acontecerá.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

De jogos e animações

Começo da década de 1980, aqui no Brasil o termo RPG mal era conhecido.

Para quem não sabe ainda nos dias de hoje, RPG é a sigla para jogo de interpretação de personagens (Role-Playing Game).

Imagem de um tabuleiro de RPG

Para alavancar as vendas de um jogo de RPG nos EUA, chamado Dungeons and Dragons (Masmorras e Dragões, numa livre tradução), as empresas Marvel Productions, TSR e Toei Animation se uniram e lançaram um desenho animado de mesmo nome.

Um grupo de jovens que ao entrar num brinquedo num parque de diversões acaba parando num mundo fantástico, convivendo com monstros, magos, heróis e outros personagens de fantasia.

Lá cada um assume uma personalidade e um personagem diferente, o Bárbaro (Bob), o Arqueiro (Hank), o Cavaleiro (Eric), o Mago (Presto), a Ladina ou a Ladra (Sheila) e a Acrobata (Diana), cada um com uma arma mágica (As Armas do Poder: um Tacape, um Arco, um Escudo, um Gorro Mágico, um Capuz da Invisibilidade e um Bastão), tendo como mentor o Mestre dos Magos (ou o mestre do jogo), que a cada episódio os manda para um novo desafio, onde, se cumprirem os objetivos, podem ganhar a passagem de salvo conduto de volta para casa.

Seu grande antagonista é a representação de todo o mal, o Vingador, que se empenha em derrota-los para conseguir suas armas mágicas e assim obter poder suficiente para dominar todo o mundo.

Sim, eu falo de A Caverna do Dragão, desenho animado que até hoje é cultuado por milhares de fãs no país e fora dele.

Foram 3 temporadas contendo um total de 27 episódios que encheram de sonhos uma geração inteira.

Humores diversos, sentimentos conflitantes, tudo isso povoava a cabeça de crianças e adolescentes a cada episódio.

A antipatia com o cavaleiro, um tremendo egoísta, a raiva da filhote de unicórnio (Uni) que por diversas vezes colocava os heróis em apuros ou impedia que eles conseguissem retornar para casa, as trapalhadas do mago, que nunca tirava o que queria de seu gorro, foram anos de diversão e sonhos.

Por algum motivo financeiro a série nunca foi finalizada, sempre existiram rumores que um dia ela retornaria, fosse uma nova temporada, fosse um longa-metragem para contar o final da aventura, esse sempre foi o sonho de seus fãs.

Existem teorias diversas sobre a série, de que os personagens teriam morrido em um acidente no brinquedo do parque de diversões, motivo pelo qual nunca conseguiram voltar para casa, que tudo era manipulação do Mestre dos Magos, que poderia manda-los para casa se quisesse, enfim, várias teorias, das mais aceitáveis às mais mirabolantes.

A paixão pela série é tão grande que existe na internet um roteiro do que seria o último episódio, nunca rodado, da série, que se chamaria Réquiem, eu cheguei a ler esse roteiro, mas faz tempo, não lembro mais o endereço, senão colocaria o link aqui.

O fato é que essa animação ainda hoje mexe com a memória, não só minha, mas de muitos fãs e fazem parte de uma memória afetiva bem guardada.

De quadrinhos e clássicos do cinema

Não sei, talvez pela ausência da surpresa, mas eu esperava mais dessa edição.

É que quando li os 90 Livros Clássicos Para Apressadinhos, eu não tinha nenhuma expectativa, tudo veio de forma espontânea.

Eu ri muito mais.

Agora com os 99 Filmes Clássicos Para Apressadinhos eu achei que faltou um algo mais.

Posso dizer que em ambos os livros eu tinha um grau de conhecimento bom sobre os livros e filmes, acho que conhecia mais da metade em ambas as publicações.

Ri muito com a perspicácia usada para falar de O Clube da Luta, as tiradas ácidas em alguns comentários, mas, sei lá, achei menos inspirado.


O fato é que ainda assim foram boas risadas.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

De pedras e sangue

O que é Stonehenge?

“Há uma resposta curta, simples e perfeitamente correta: Não sabemos e provavelmente nunca saberemos.” (R. J. C. Atkinson)


Bem, Stonehenge também é um livro, um romance de Bernard Cornwell, escrito maravilhosamente bem.

No apêndice final tomamos conhecimento que, mesmo sem nenhum registro do povo pré-histórico que vivia na região e, consequentemente, construiu o monumento, o autor obteve diversas informações arqueológicas e antropológicas para construir toda sua trama.

O fato é que por uma semana eu viajei pelos cenários da Inglaterra e do País de Gales pré-históricos, acompanhando as aventuras e desventuras de um humilde construtor chamado Saban.

Seus relacionamentos familiares, suas dúvidas, suas certezas e, principalmente, sua engenhosidade construtiva (lógico, tudo parte da imaginação do autor, mas mesmo assim, impressionantes).

Cultos a deuses, sacrifícios humanos ou não, guerras pelos mais diversos motivos, ganância humana, enfim, um cenário que não é muito fugidio do que poderíamos realmente encontrar em qualquer cenário da aurora da humanidade.


O mais impressionante são as informações de que determinados elementos realmente foram achados no famoso sítio arqueológico, túmulos, pedras que foram transportadas por mais de 270Km, apenas os personagens e suas crenças são fictícias, deixando tudo mais intrigante.

Enfim, um livro envolvente, instigante, daqueles que você lê e não quer parar até ver sua última palavra, na última página.

De meninos e títulos

Vamos falar de futebol.

Terminei o último post com a frase MENINOS PARA SEMPRE.

Porque isso?

Por que isso é parte da história do Santos.

Quem conhece futebol, mesmo não sendo santista, sabe que um dos símbolos do time é a formação de jogadores em sua base, os MENINOS DA VILA.

Isso começou em sua fundação, quando em 14/04/1912 trinta e nove rapazes da cidade do litoral paulista se reuniram e fundaram um clube de futebol, o Santos Futebol Clube.

Entre eles tínhamos jovens de 18 anos, que vestiram o uniforme do clube nos campos da cidade e da Capital, defendendo o alvinegro.

No time do famoso “ataque dos 100 gols”, o primeiro time a atingir 100 gols em um campeonato disputado no país, na década de 1920, tinha em seu elenco jogadores com idade inferior a 21 anos.

Pelé, seu maior jogador e símbolo, estreou com menos de 17 anos no time profissional.

Mas quem cunhou a frase Meninos da Vila foi outro jogador que fez história no clube, “Chico” Formiga, técnico campeão paulista de 1978.

Naquele ano o clube, com dificuldades financeiras, contratou seu ex-jogador para ser o técnico.

O presidente informou que não havia dinheiro para grandes reforços e que ele teria que se contentar com os jogadores da base.

Em contrapartida “seu” Formiga pediu para que não fizessem pressão nos meninos e o deixassem trabalhar.

Em todas as entrevistas o velho boleiro se referia a seus jogadores como “os meninos”, a imprensa e a torcida gostaram e passaram a chamar o time de “Os Meninos da Vila”, nome que veio agraciado com o título paulista daquele ano.

Desde então os Meninos fizeram e fazem história no clube.

Passados vários anos, a história quase se repetiu, dessa vez o técnico era Emerson Leão, contratado pelo clube, que novamente estava em dificuldades financeiras.

Dessa vez no elenco brilhavam Robinho e Diego, que comandaram o time naquela que pode ser considerada a maior arrancada que um clube teve para chegar ao título nacional, marcando de vez o Santos como revelador de jovens talentos.

Se um raio não cai no mesmo lugar duas vezes, o Santos não é deste mundo, pois há pouco mais de três anos a terceira geração vitoriosa de Meninos da Vila surgiu, com Neymar e Ganso à frente, conquistando entre outros títulos a primeira Copa do Brasil e a terceira Libertadores da América.

E a torcida, sempre com um carinho especial para os jovens, sempre espera uma nova “formada” de jovens talentos que vestirão o pavilhão alvinegro nos gramados, mantendo o nome do clube entre as luzes da glória.

Para quem não sabe ou lembra, Futebol Cards
uma coleção de figurinhas de sucesso no final da década de 1970

domingo, 19 de fevereiro de 2012

De alegria e futebol arte

Fazia tempo que eu não aporrinhava com futebol, né?

Mas neste ano o Santos completa centenário.

O Clube com o maior número de gols marcados em todo o Mundo, um total de 11.760 gols até a data de ontem, 18 de fevereiro (já contando os 3 da vitória contra o Mirassol).

Por iniciativa do clube, de alguns torcedores ilustres e mesmo de torcedores comuns já começam a aparecer na rede (goooollll, ah, não é esse tipo de rede), diversas homenagens ao clube.

Não vou, e nem quero, publicar tudo, apesar de ser Santista, este blog é para falar de assuntos variados.

Mas algumas homenagens vão aparecer por aqui, como esse wallpaper criado pelo torcedor Camilo Carvalho, que ficou legal, MENINOS PARA SEMPRE.

De realismo bélico II

Aproveitar o feriado e tentar colocar leitura em dia, eu pensei nisso, mas aí olho para a estante acima da tv e…

Vários filmes e séries, e algumas eu só assisti no cinema ou quando foram exibidas a primeira vez na tv, por mais que eu goste de ler, acho que vou partir para uma maratona na frente da tv.

Afinal, pelo menos 10 horas de série eu tenho garantidas para ver.


Esse é o tempo para os dez episódios de The Pacific.

A série, assim como Band Of Brothers, também é uma produção da dupla Spielberg e Hanks e aborda a Segunda Guerra Mundial.

A diferença, como o nome já diz, é que ela mostra o cenário asiático da guerra, onde o Japão, praticamente sozinho, enfrentou os aliados.

Estamos mais habituados ao cenário europeu, com o grande inimigo alemão, então estranhamos um pouco essa série, mas a qualidade novamente supera qualquer estranheza.

Não sei o motivo, mas daria uma bela tese de pós-graduação, mas o fato é que as batalhas europeias são mais exploradas pelo cinema, talvez o mito de Hitler seja mais vivo, talvez porque a perseguição nazista aos judeus tenha grandes influências em Hollywood, já que boa parte dos seus engravatados é de judeus (quero deixar bem claro que considero o Holocausto um dos capítulos mais cruéis da humanidade), vai saber.

Mas as imagens que vemos nessa série mostram que as lutas foram tão ou mais encarniçadas que as que ocorreram na Europa, a tradicional determinação japonesa fez desse país um adversário tão ou mais terrível para os americanos que os alemães.


Vários momentos ao longo da série são marcantes, mas o que teve maior tensão para mim foi um que ocorre logo após um bombardeio de uma vila, navios americanos fazem uma barragem de fogos por vários minutos, deixando a vila em ruínas.

Após isso, alguns fuzileiros (os famosos Mariners) entram na terra arrasada, para localizar sobreviventes, um dos personagens protagonistas está entre eles.

Com cobertura, ele entra em um casebre semidestruído, lá dentro uma asiática gravemente ferida geme de dor, minutos tensos se passam com o soldado encarando a mulher, sem saber que ela tem oculta nas mãos uma granada, pronta para ser detonada ao menor movimento hostil que o soldado faça.

Nessa hora a humanidade falou mais alto, esquecendo que o perigo (ela é japonesa), ele se compadece de seu estado, coloca de lado sua arma, pega um medicamento (provavelmente sulfa, muito usada na época) e tenta amenizar as dores da mulher.

Ela morre, sem detonar a granada, a qual o soldado não desconfia da existência.

Só lembrando que a série foi baseada em dois livros escritos por sobreviventes do conflito, portanto, mesmo que houvesse algum exagero heroico na cena, algo semelhante aconteceu, mostrando que mesmo na guerra ainda existe humanidade e compaixão em todos nós.

Mais uma série que vale a pena ver.

De pequenos mimos

O fim de semana começou com um azedume total, primeiro a tarde de sexta-feira, depois a manhã de sábado, mas ontem a tarde foi diferente, rever amigos, lembrar bons tempos, saber das novidades, assim é bom.

Mas na verdade o que eu queria com este post é mostrar isso:


Essas lembranças não falam português.

Vieram da Grande Maçã, trazidos pela minha prima de Londres.

Espera aí, ela mora em Londres, como as lembranças são de Nova York?

É, tudo se deve à maior facilidade que quem mora no exterior em viajar, seja porque as distâncias parecem ser menores, seja pela facilidade em acordos de turismo, enfim, vários motivos.

Ela viajou para Nova York, passou alguns dias lá, assim como já foi à Espanha, ao Egito (bem antes de toda essa zona que aconteceu nos últimos anos), França e, é claro, Portugal, afinal o marido é de lá.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

De surpresas e saudades

São pequenas coisas que te fazem sorrir.

No começo desta semana reencontrei uma amiga de anos, ela chegou a ser minha professora de inglês, depois mudou com o (então) marido para outro estado, pouco a gente se falou depois disso, uma ou outra vez por computador e só.

Recentemente descobri que ela estava morando na Suécia, achei estranho, mas tudo bem.

Ela falou que em breve viria para cá, e realmente veio, chegou de surpresa no local onde trabalho (ela conhece outros colegas meus), conversa rápida, mas ela estava muito bem.

Descobri o motivo da mudança de país, ela separou, namorou e casou, o marido a levou para lá.

Fiquei feliz por ela, não por ter ido para tão longe, mas pelo fato de ela estar muito mais jovial, um outro astral, muito bom para ela.

Só isso já bastaria, mas a semana foi generosa para mim.

Hoje de manhã, antes de eu ir para o trabalho, encontro um casal na avenida do meu bairro, eu estava indo para a labuta e eles se exercitando.

Não deu para conversar naquele horário, mas agora a pouco fui na casa deles, na verdade na casa de parentes deles, mais de uma hora de conversa boa, muitas risadas e saudade sepultada.

Explico, o casal mora em Londres.

Ela é minha prima e ele é português, se conheceram na capital do Reino Unido, se casaram e residem lá.

Vez ou outra, normalmente a cada ano e meio pelo menos ela vem para ver os pais e irmãs, é quando sepultamos a saudade.

Já conhecia o marido de outra oportunidade, dessa vez ele pode vir junto, cara muito de boa, alegre, piadista, não se importa muito com piadas de portugueses, hahaha, mas eu evito também, sou neto, né?

São coisas assim que mostram que a vida vale a pena.

É, a maioria dos meus grandes amigos não moram mais aqui, esse é um motivo que eu estou ensaiando a algum tempo e acho que está chegando a hora de dizer tchau para essa cidade que me acolheu por muito tempo, mas isso é conversa para outra hora, deixa eu sorrir mais um pouco.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Da alegria à beira mar

Mais uma vez uma imagem de liberdade, de alegria.

Mais uma vez cachorros felizes, correndo, se molhando.

Antes que perguntem, não se trata de Poodles, mas de um cachorro pouco conhecido por nós, brasileiros, o Cão D’Água Português, um exímio nadador, treinado ao longo dos séculos para ajudar pescadores, esse cachorro aprendeu a gostar de água.

Deixo a imagem falar por si só.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

De lendas e boatos

Lendas, mentiras, invenções.

Tem de tudo no mundo do Rock.

Sei lá sua origem, pode ser do próprio artista ou banda, em busca de promoção, pode ser de pessoas que não entendem e não gostam do tipo de música, tentando denegrir a imagem, pode ser de um mal entendido qualquer.

Não importa, sempre surge uma história envolvida em névoa e acaba povoando o imaginário popular.

Seja o tão falado “pacto” com o diabo que fez Robert Johnson se tornar um ícone do blues e, posteriormente, influenciado nomes como Eric Clapton, Rolling Stones e outros.

Seja o fato de que se você tocasse ao contrário a música Stairway To Heaven, do Led Zeppelin, ouviria uma prece ao capeta.

Seja a fama de Ozzy Osbourne de sacrificar animais no palco.

Ou mesmo a pretensa morte de Paul McCartney nos anos 1960, antes do lançamento do álbum Abbey Road.

O fato é que o Rock e o Blues, seu ancestral, sempre incomodaram aos conservadores, pois representavam e representam uma mudança de atitude frente ao sistema, uma mudança irreverente, ousada.

Existem comportamentos entre as estrelas do Rock que acabam até colaborando em favor dos conspiracionistas, mas ainda assim é forçar muito para que uma morte por overdose venha a significar uma cobrança de contrato com o submundo, para citar um exemplo.

O fato é que existem coincidências, existem atitudes pensadas e existem acasos, e lacunas entre todos eles, tudo colaborando para esse folclore todo.

Quer uma lacuna interessante?

Pegue o álbum Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd e o filme O Mágico de Oz, coloque os dois sincronizados, iniciando o álbum no segundo rugido do Leão da MGM.

As músicas tem uma assombrosa consonância com as cenas do filme, os músicos afirmam que é coincidência, mas tem gente que afirma que tudo foi pensado.

Lenda ou não, acredito que ninguém nunca saberá a verdade.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

De visionários e modernismos

É engraçado, fazem 90 anos da Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo.

Porque engraçado?

Simples, porque mesmo num período onde já existia uma documentação maior através de jornais, ainda assim vemos sites e livros se desentenderem com relação à data correta de sua realização.

Numa pesquisa rápida, achei informações truncadas, uma fonte falava que a semana ocorreu entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, outro site fala que foi justamente entre 13 e 17 de fevereiro, outro site, ainda, fala que foram na segunda, na quarta e na sexta feira daquela semana, ou seja, nas datas de 13, 15 e 17 de fevereiro.

Bom, o fato é que nesta semana se comemora o 90º aniversário da semana que mudou a forma como o Brasil encarava as artes plásticas.

Eu sou uma nulidade completa quando o assunto é pintura e poesia, mas, tenho que reconhecer que o fato foi realmente marcante.

Mas porque estou falando disso?

Simples, para comemorar o aniversário da semana de arte moderna, São Paulo tem várias exposições e eventos espalhados pela cidade, mais um motivo para eu ficar com vontade de voltar à gigante, eu sei que vou ficar na vontade, mas pelo menos se eu conseguir deixar mais alguém com vontade de ir eu dividi a vontade, hahaha.

E viva a semana que mudou o país culturalmente.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Lugares para conhecer em São Paulo

Quando São Paulo fez aniversário, dia 25 de janeiro, eu fiz dois posts sobre a cidade (é, eu adoro aquela gigante, mesmo não pretendendo morar lá), no segundo post eu falei que ela tinha um mundo dentro dela e que as opções de cultura e gastronomia eram inúmeras.

Bem, hoje entro no site do Estadão e me deparo com uma reportagem sobre 100 programas irresistíveis na Megalópole.

Logo nos dois primeiros itens eu já fiquei com água na boca e estou seriamente inclinado a programar pelo menos uns três dias das minhas férias na cidade, não sei, a lista que tem ali é tão intensa, eu teria que me controlar, afinal o dinheiro é curto.

Mas, com certeza, tem lugares que dá vontade.

Locais como os sebos da Av. Pedroso de Morais, em Pinheiros, o bar da Av. São Luís, na República, O Mosteiro de São Bento (estive pertinho, mas uma obra interditando a saída do Metrô acabou me impedindo de chegar lá), o Frangó, na Freguesia, lugar que a Luciana nunca falou (eu sei o motivo, hahaha), o The Clock Bar, na Rua Turiassú, em Perdizes, o Pacaembú, nem tanto para ver algum jogo, mas para ir ao Museu do Futebol.

Mas na lista tem lugares que eu conheço, como a Galeria do Rock (não poderia ser diferente, né?), a Comix (outro lugar onde eu não poderia deixar de ir), Livraria Cultura (tem uma loja de CDs e DVDs onde eu compro toda vez que vou a São Paulo onde fiz uma certa amizade com o dono, ele diz que adora a Livraria Cultura, pois todo mundo vai lá, vê os produtos que querem comprar, olham o preço e depois vão na loja dele para comprar os mesmos produtos, importados, e mais baratos, hahaha).

Só uma curiosidade, o D-Edge é originária daqui de Campo Grande, o proprietário abriu ele aqui, durou pouco tempo (a cidade aqui é uma esfinge para a noite), desistiu e levou o clube para uma cidade com cultura de verdade, é uma das mais populares de São Paulo.

Isso porque eu não falei de outros lugares da lista, “padocas”, restaurantes, barzinhos, definitivamente São Paulo é para você visitar, e voltar, e voltar, e voltar…

Vista aérea do Mosteiro de São Bento.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

De vícios e risos

A piadinha é velha, mas vale a pena ler novamente.

Você sabe que é um viciado quando:

  1. Não acorda – Dá Boot
  2. Não tem memória – Tem HD de 100 GB
  3. Não faz análise – dá um scandisk
  4. Não acredita em Deus – acredita na Microsoft
  5. Não peca – executa operação ilegal
  6. Não pede ajuda – pressiona a tecla F1
  7. Não esquece – deleta
  8. Não evolui – faz upgrade
  9. Não frequenta botecos – prefere ambiente Windows
  10. Não tem cérebro – tem gerenciador de dispositivos
  11. Não guarda rancor – faz backup das mágoas
  12. Não desmarca compromissos – remove programas

De magia muda

Estreou neste final de semana no circuito nacional de cinema o filme O Artista, um filme francês que é uma homenagem ao cinema mudo.

Infelizmente aqui ele ainda não está sendo exibido.

Mas numa reportagem do caderno de cultura de O Globo foi feita uma lista com aqueles que são considerados os 10 melhores filmes do cinema mudo.

Entre eles temos filmes de Chaplin, de Buster Keaton, o impressionismo alemão está representado com três películas, Luis Buñuel e sua obra prima (O Cão Andaluz), Einsenstein e o Encouraçado Pontemkin, um filme sobre Joana D’arc, um filme do ganhador do primeiro Oscar de melhor filme, D. W. Griffith, estes são nove dos listados.

Fiquei surpreso que um filme nacional estivesse presente, Limite, de Mário Peixoto, não conheço o filme, nada posso falar sobre ele, mas a reportagem o considera um dos melhores filmes já feitos em território nacional.

Eu sou fã de filmes dessa época e fiquei muito alegre, afinal, vendo a lista constatei que assisti metade dela.

Luzes da Cidade (Charles Chaplin), A General (Buster Keaton), Nosferatu (F. W. Murnau), O Gabinete do Dr. Caligari (Robert Wiene) e Metrópolis (Fritz Lang), estes três últimos expoentes do impressionismo alemão.

Fica difícil descrever como a magia que o cinema mudo (e consequentemente em preto e branco) me envolve, é arte pura, não temos falas, apenas expressões faciais e corporais, tudo com uma trilha sonora incidental ao fundo, você imagina os diálogos (que depois aparecem em letreiros que geralmente interrompem a ação), tem a liberdade de sonhar com a tonalidade das vozes dos atores, a impostação de fala, parece um livro em movimento, para mim, como disse antes, é algo mágico.

Não desprezo, nem desgosto, os filmes falados (que começaram sua trilha com outra obra prima, O Cantor De Jazz), existem filmes incríveis, verdadeiras obras de arte, mas assistir um filme mudo é entrar numa máquina do tempo e viajar para algum lugar congelado no passado, com toda sua fantasia.

Imagem do filme Metrópolis de Fritz Lang

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Das loucuras do Stanislaw

Estava lendo uma coletânea de Stanislaw Ponte Preta, não comprei o livro, recebi como uma espécie de doação, aliás, não foi só ele, foram vários, a maioria em estado de regular para ruim, mas ainda assim boa parte dá para ler.

Mas voltemos ao livro do Lalaw (como era conhecido o personagem fictício criado por Sérgio Porto).

Ele é um caso onde a criatura cria vida própria, personalidade e muita gente acredita que ele existiu mesmo.

Mas não é sobre o personagem que eu quero falar, mas sobre as curiosidades que observei ao ler o livro.

Stanislaw tinha uma coluna em alguns dos principais jornais diários nas décadas de 1950 e 1960, onde escrevia crônicas, com personagens fixos, como Tia Zulmira, ou eventuais, histórias sobre o cotidiano, apresentando um humor cortante e ferino, com várias histórias com finais imprevisíveis.

Quase sempre usando como tema o futebol, mulher e muita diversão, era um exemplo do sarcasmo politicamente incorreto.

Essas histórias e tiradas foram se inserindo ao imaginário popular, frases suas foram e são usadas constantemente por todos nós.

Foi dele também a criação do FEBEAPA (Festival de Besteiras que Assola o País) ou mostrava seu requinte ao escolher suas musas, as “certinhas do Lalaw”.

Ele é criador de histórias fabulosas e hilárias como a da velhinha que todo dia atravessava uma fronteira seca, contrabandeando motonetas e ninguém desconfiava, que se tornou uma lenda do anedotário brasileiro.

Como eu disse, esse é um caso onde a criatura ganha vida e está eternizada para sempre.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

De Vendetta e Conspiraciones

Um cenário conhecido, personagens históricas, organizações secretas rivais, conspirações governamentais, junte-se a isso personagens determinados e temos um livro de leitura fácil, Assassin's Creed - Renascença.

Uma Itália ainda dividida em diversas cidades-estados, famílias poderosas como os Médici, os Bórgia, os Sforza, artistas como Leonardo Da Vinci e Nicolau Maquiavel, movimentações de bastidores de Cavaleiros Templarios e Assassinos, neste meio encontramos Ezio Auditore e seus aliados, numa cruzada de vingança e morte.


Ao longo de 27 anos acompanhamos o jovem Ezio sofrer revezes, cometer assassinatos, salvar governantes de serem vítimas de golpes de estado, uma ou outra situação mais íntima e ao longo de toda essa trajetória evoluir, como personagem, como homem e como herói.

Logo no começo vemos a família Auditore, residente em Florença, ser vítima de uma traição e todos os homens da família, com a exceção de Ezio, serem julgados e condenados à morte.

Com a ajuda de aliados fieis, Ezio recupera documentos e apetrechos importantes da família e inicia sua cruzada de vingança, com o objetivo de limpar o nome de sua família e matar os responsáveis por tal perfídia.

Ezio leva sua mãe e sua irmã para outra cidade, onde um irmão de seu pai é o governante local, lá ele descobre que seu pai, seu tio e outros familiares sempre estiveram entre as fileiras da Ordem dos Assassinos, organização que tem como principal objetivo destruir os Cavaleiros Templários.

Segundo a trama, os Templários não foram extintos na França, por Luís, o Belo, no século XIII, na verdade os poucos sobreviventes saíram para a clandestinidade, de onde manipulam governantes e cardeais da Igreja.

Diante do conhecimento destes fatos, Ezio entende o tamanho e a força de seus adversários e, relutante, aceita seu destino de se juntar à Ordem dos Assassinos.

Após diversas escaramuças nas mais diferentes regiões da península itálica, compreendemos que existe muito mais em jogo do que uma simples Vendetta.

Com aliados improváveis, como Leonardo Da Vinci e Nicolau Maquiavel, Ezio vai acumulando conhecimento e destreza com armas.

Na medida em que seus adversários conhecem a morte através de suas lâminas, o funil vai estreitando, levando-o em direção ao líder dos Templários, seu grande rival e articulador de toda a conspiração que matou seus parentes, Rodrigo Bórgia (que viria a ser o Papa Alexandre VI).

Ezio, ao longo da narrativa, torna-se o expoente máximo de sua Ordem, nesse momento sabe que seu destino está em Roma, onde enfrentará o Papa para por fim em sua vendeta.

Mas história não se encerra com uma morte, e sim se inicia com um novo desafio.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

De cores

Sabe quando a gente pensa e não tem a menor ideia do que escrever?

Estava assim, aí me lembrei de uma estatística.

O daltonismo é uma doença da visão, predominantemente genética (não sabia até agora a pouco, mas apesar de menos comum, outros fatores podem causar a deficiência de se enxergar cores), motivo pelo qual o percentual de daltônicos num universo populacional é pequeno, não saberia determinar o percentual, mas sei que é pequeno.

Até algum tempo atrás eu só me lembrava de ter conhecido uma pessoa daltônica e essa pessoa tinha a mais comum das deficiências cromáticas, confundia o verde e o vermelho.

Lembro-me dela contando que uma vez a levaram ao estádio de futebol, para ver um jogo entre Palmeiras (uniforme verde) e Internacional-RS (uniforme vermelho), num tempo em que não se preocupavam em usar uniformes que facilitassem a diferenciação dos times, ou seja, os dois times estavam de camisas escuras, calções brancos e meiões, a única diferença, um time de cor branca e outra de cor escura (não me lembro dessa pessoa ter contado qual time estava de meiões escuros), para ela foi uma maravilha, pois, com exceção dos goleiros, todos os jogadores estavam praticamente com o mesmo uniforme, motivo pelo qual essa pessoa levou um bom tempo para definir o que acontecia, detalhe, essa pessoa conhecia futebol e torcia para um dos dois clubes em questão.

Bem, para contrariar estatísticas, a pouco mais de um ano, no meu ambiente de trabalho, num universo de sete pessoas, duas são daltônicas, um percentual que pode ser considerado alto para os padrões mundiais.

Foi aí que eu comecei a entender mais o daltonismo, já que essas duas pessoas têm deficiência cromáticas diferentes.

Existem várias deficiências, daquela onde a pessoa vê tudo em preto, branco e tons de cinza, até outras mais simples, onde a pessoa não diferencia apenas duas tonalidades de cores e suas derivações.

O famoso teste das bolinhas tem mais de 50 cartões com combinações diferentes para definir se a pessoa tem alguma deficiência e qual é ela (você consegue ver que número está no círculo abaixo?).


Existem também outros testes para definir isso, alguns, como este da Internet, podem mostrar se você tem alguma deficiência, no meu caso eu tive 100% de acerto, ou seja, não possuo nenhuma deficiência cromática entre os testes aplicados.

Só para finalizar, você quer sacanear um daltônico (é, pode ser politicamente incorreto, mas a piada é válida), experimente dar um desses lápis de presente para ele.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

De arranjos esportivos e políticos

Será verdade, será que não?

Não, não vou falar da música Proteção da Plebe Rude, apesar de começar com as mesmas palavras.

O assunto que quero falar é velho, já está como esqueleto de tão antigo, mas surgiu uma notícia no periódico El País que trouxe essa história de volta à tona.

Os fatos aconteceram no ano de 1978, no meio do ano, durante o inverno no Hemisfério Sul, mais precisamente na Argentina.

Copa do Mundo, sempre existiram várias suspeitas sobre o jogo entre o time anfitrião e os peruanos, um placar pouco provável, pois o time dos Andes tinha magníficos jogadores.

Talvez perdessem sim, os platinos eram melhores, mas não de forma tão vergonhosa, a goleada de 6 x 0 até hoje é tratada como vergonha no Peru.

A torcida não perdoou seus jogadores, quando estes desembarcaram no aeroporto de Lima foram recebidos por uma chuva de moedas e um coro de “Mercenários” além de outras palavras menos prestigiosas.

O placar levou a Argentina à final, onde enfrentaria e ganharia da Holanda, conquistando seu primeiro título mundial de seleções.

Até aí, todo mundo conhece a história.

O que veio à tona, ainda sem confirmação, é que houve um acordo de bastidores entre os regimes totalitários dos dois países.

Ambos faziam parte da chamada “Operação Condor”, juntamente com outros governos reacionários sul-americanos, incluindo o Brasil.

Na época da Copa, o governo peruano havia realizado diversas prisões de dissidentes e oposicionistas, sendo que precisava silencia-los, então seu Ditador, Francisco Morales Bermúdez, entrou em contato com Jorge Videla, ditador argentino, e perguntou se o país platino não receberia os prisioneiros como um favor entre as nações.

Videla teria carta branca para fazer o que quisesse com os deportados, inclusive desaparecer com eles (para entender, os presos políticos argentinos que desapareceram, em sua maioria, foram jogados de aviões em meio ao Oceano Atlântico, onde ou morriam já na queda ou morriam na água, por hipotermia e outras causas).

O argentino pensou e resolveu aceitar, mas pediu algo em troca, como compensação.

O governo peruano deveria interceder junto ao selecionado nacional e garantir uma derrota por goleada, para que os anfitriões se classificassem em primeiro lugar no seu grupo das semifinais e assim disputar o título.

Quem conta a história é o ex-senador peruano, oposicionista na época, Genaro Ledesma Izquieta que ficou, juntamente com outros 12 peruanos, detido na cidade de Jujuy, Argentina, no período abordado.

Até hoje a história do jogo nunca foi bem solucionada, diversas teorias conspiracionais surgiram, da nacionalidade dos goleiros peruanos (titular e reserva eram argentinos de nascença), até a presença de soldados armados no vestiário da seleção andina, essa reportagem trás apenas mais uma explicação para o caso, algo que continuará nos porões das ditaduras continentais com suas lendas e incertezas.

Imagem do jogo de 1978

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

De tempos passados

Um herói que não voa, mas salta mais alto que um edifício.

Um herói que não tem problema ao ver o bandido que persegue cair para a morte.

Um herói que é perseguido pela polícia.

Não é nenhum herói novo, mas dois conhecidos personagens que hoje em dia são ícones, quando começaram suas histórias eram diferentes.

Mas temos que entender que os tempos eram diferentes, ambos surgiram no final dos anos 1930, num EUA que estavam recomeçando a se erguer do Crash de 1929, num cenário onde a Europa vivia com diversos regimes totalitários.


Eram heróis com menos escrúpulos, com mais sede de vingança, com mais vontade de fazer justiça com as próprias mãos, não importando os meios para conseguir seu intento.

Assim eram os ícones modernos Superman e Batman.

Esses perfis podem ser vistos nas edições chamadas Crônicas, que trazem as primeiras edições de cada herói arranjadas na ordem cronológica de publicação, que a DC Comics publica nos EUA e que chegaram ao Brasil através da Panini.

A diferença é que enquanto a edição americana trás as primeiras histórias do Superman, do Batman, e de mais três heróis de seu panteão, Lanterna Verde, Mulher Maravilha e Flash, e já atingiram os 10 volumes no caso do Batman, as nacionais ficaram apenas em duas edições de Batman e Superman além mais duas edições do Lanterna Verde (Hal Jordan).


O que talvez tenha dificultado a aceitação das edições nacionais foi o preço, já que como a edição é de luxo, para colecionador, com capa dura, papel especial e mais de 200 páginas, o preço de venda fica bastante alto.

Ainda assim são edições interessantes, que trazem a aurora dos personagens, vemos que os criadores do Superman tiveram mais dificuldades de criar uma galeria de vilões para confrontar seu herói, enquanto que Batman, além de receber a companhia de Robin após algumas edições, começa a conhecer seus adversários históricos, nomes de peso como Coringa, Mulher Gato (que trás consigo a tensão afetiva desde a primeira história), o Charada, Duas Caras e outros.

Cada personagem trás sua construção histórica.

Além do fator curioso que é ver as tecnologias da época, meios de comunicação, veículos.

Temos episódios onde o Homem Morcego saí para fazer uma patrulha pela cidade a pé, só para citar um exemplo.

Enfim, o contraste existente é grande, nessa hora é que percebemos o quanto a tecnologia faz parte de nós e como somos dependentes dela.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

De erro de interpretação

Ultimamente ando achando algumas coisas engraçadas.

Estava com um post prontinho na cabeça, todo estruturado, só faltava passar para o Word e depois publicar, aliás, faltavam também algumas imagens para serem usadas.

Tenho preguiça de fotografar os objetos e depois baixar para o computador, com sites de busca, principalmente o “seo” Google, fica mais fácil achar figuras para usar, lógico, quando se trata de um assunto mais intimista, mais pessoal, aí não tem jeito, tem que ser na base da fotografia.

Mas eu dificilmente faço algo que necessite usar fotos, mesmo meus posts mais reflexivos eu prefiro usar imagens.

Bem, como eu disse tinha já tudo estruturado, quase pronto, faltavam as imagens.

Fui no “seo” Google e digitei o tema, fui bastante específico, só faltou desenhar, hehehe.

Aí fui ver o resultado, tinha de quase tudo, mas o que eu procurava quase nada, fui lá, olhei de novo para ver se tinha digitado certo a busca, estava lá, com todas as letras, tudo certinho.

Bom, diante disso, desisti do outro post, ele fica para um dia onde eu não estiver com inspiração, e passei a escrever este, para que alguma boa alma talvez me ajude a entender a dificuldade dessas buscas.

Ah, em protesto esse post não tem imagens, hahaha.

Pela liberdade de ouvir o original

Essa é para quem tem tv por assinatura, não importa qual empresa.

A grande maioria das pessoas que tem tv por assinatura, contratou o serviço para poder assistir filmes e séries com som original, ou seja, na língua em que foi rodada, tendo LEGENDAS em português, se quer dublado, tem a opção das tvs abertas.

É arrogante, sim, mas é a verdade, a maioria dos assinantes não suporta ouvir a voz do desenho animado sendo usada pelo artista deste ou daquele filme ou série, além do fato da dublagem matar o espírito da interpretação, por melhor que seja o dublador ele nunca conseguirá imprimir personalidade à voz do personagem.

Bom, está acontecendo um movimento para que a opção de som original com legendas seja mantida para séries e filmes das redes de televisão por assinatura.

Se você é assinante e gosta de qualidade, assine também, o link está abaixo.

Sem opção de legendas não

sábado, 4 de fevereiro de 2012

De divagações

Eu tenho muitos CDs, originais, eu adoro pegar os encartes, manuseá-los, ler os detalhes de gravação.

Chamem-me de maluco, mas eu gosto e quando eu gosto eu procuro ir a fundo.

Normalmente eu separo em classes, os do dia a dia, normalmente rock, bem para cima, já que eu escuto no trabalho, escutar algo meio down não dá, além de ser depressivo, faz seu rendimento cair, aqueles mais introspectivos, para escutar no final da tarde, vendo o crepúsculo, jazz, de preferência mainstrean, e há aqueles que realmente são downs, esses eu tenho mais pelo artista, sempre ele (ou ela) tem muitos trabalhos bons e faz um “para chorar”, é quase sempre aquele que tem a menor vendagem, só mesmo quem gosta é que compra.

Hoje eu confundi, peguei um de Alberta Hunter, Amtrak Blues, e coloquei para rodar.

Achei que fosse outro, mas era um dessa última classificação, um álbum de blues down.

Eu já havia assistido hoje a um filme bom, mas bem pesado, Nowhere Boy, que conta a história de John Lennon antes de surgirem os Beatles, seus problemas de relacionamento com a tia, o abandono pela mãe, um filme forte (mas com uma trilha sonora fantástica, hehe).

Se fossem algumas semanas atrás, eu não sei como reagiria, tudo muito depre.

Hoje foi na boa, tudo bem, fiquei pensativo, mas flanei para outras plagas.

Pensei nos meus objetivos, nos desafios, em muitas coisas, mas pelo menos constatei que se eu souber o que e como fazer, dá para ir longe (falta colocar em funcionamento).

Machucados, dores, elas fazem parte da vida, depois que cicatrizam soam como uma saudade longe.