Estou devendo este post praticamente desde o início do mês.
Enrolei, atrasei, fiz o que pude para evitar tocar no assunto, mas não dá mais para postergar.
É algo que me deixou muito triste.
Agora mesmo, é uma coisa que estou enrolando para escrever.
Tá bom, vamos parar de enrolar.
Desde que eu me conheço por gente (e faz tempo), existia aqui uma banca de revistas, tradição na cidade.
Ela estava no mesmo lugar desde antes daqui assumir o posto de Capital Estadual.
Mudou de proprietário, teve momentos ruins, mas ela sempre estava lá.
Ouvi de uma funcionária essa frase, que ela escutou de outro cliente, se você quer uma publicação diferente, de alguma revista que tem poucos exemplares, procure aqui, aqui sempre teve.
Chegou a sair uma pequena reportagem no jornal estadual de maior circulação, pode parecer bobeira, mas esse fato realmente é notícia, afinal, fazia parte da tradição local, tanto quanto a feira central (que também já não está no mesmo local), tanto quanto o tereré, tanto quanto… ah, já dá para entender.
Foi numa quinta-feira, dia 5 deste mês, recebi a notícia de que a Criativa ia fechar, relembrei um pouco da minha história com aquele lugar, fiquei triste, nem tanto por ter que comprar revistas em outro lugar, elas sempre serão encontradas em outras bancas, mas fiquei triste pela história do lugar, pela pequena amizade que fazia com os funcionários, eles sempre guardavam uma ou outra edição que eu comprava, indicavam alguma edição nova, aquele atendimento diferenciado, posso até achar em outros lugares, mas vai faltar alguma coisa.
Hoje, dia 23, passei em frente, as portas estavam fechadas, um ou outro aviso sobre o fechamento, nem parei para ler, dá uma ponta de tristeza.
Mas a vida segue.
Últimos dias de postas abertas.
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