quarta-feira, 29 de agosto de 2012

De gênio dos quadrinhos

Se estivesse vivo, ele estaria completando hoje 95 anos.

Foi um nome pioneiro nas Histórias em Quadrinhos, com seu estilo marcante e característico e histórias criativas.

Dos traços de seu lápis e do argumento de seu parceiro, Joe Simon, nasceu um dos heróis mais emblemáticos da Marvel, o Capitão América, isso quando a editora ainda se chamava Timely, no início dos anos 1940.

Com o declínio das histórias de super-heróis nos anos 1950, graças à “caça as bruxas” do livro Sedução do Inocente (que acusava as HQs de serem péssima influência para os adolescentes), ele desenhou revistas de terror, de romance, de western e de humor.

Aos poucos, quando os super-heróis ressurgiram na Era de Prata, ele ajudou a DC Comics a recriar o Arqueiro Verde e criou os Desafiadores do Desconhecido.

Posteriormente, junto com Stan Lee, criou uma galeria completa para a Marvel, personagens como Thor, Hulk, Quarteto Fantástico, Homem de Ferro, os X-Men originais, entre outros.

Após desentendimentos criativos na Casa das Ideias, ele voltou para a DC Comics, onde teve, talvez, sua fase mais criativa, quando trouxe para as histórias do Superman os personagens do 4° Mundo.

Personagens como Darkseid, Senhor Milagre, Os Novos Deuses, O Povo do Amanhã (ou o Povo da Eternidade), enriquecendo a mitologia do homem de aço.

Ali ele também trabalhou com outros títulos como Kamandi, um garoto num futuro apocalíptico onde a humanidade foi exterminada e ele é o último humano vivendo num planeta onde animais com aspectos humanoides dominam tudo; OMAC, o exército de um homem só; Etrigan, o Demônio, que desde que foi aprisionado por Merlin num corpo mortal vaga pela terra em busca de sua liberdade (posteriormente sua origem e histórias foram mudadas); e Sandman, um herói que usava um gás sonífero para combater o crime.

Ele ainda trabalhou com adaptações para os quadrinhos de filmes famosos, fez storyboards para televisão, fez parte de equipes criativas de desenhos animados com Thundarr, o Bárbaro.

Ao final de sua vida, estava trabalhando na Editora Pacific Comics, com quadrinhos autorais, onde além de manter os direitos sobre seus personagens, recebia royalties sobre eles.

Ele morreu em 18 de fevereiro de 1994, mas ainda hoje é um mito e referência para a industria dos quadrinhos.

Não é por acaso que ele era e é conhecido como The King.

Esta é uma pequena homenagem a Jacob Kurtzberg, o eterno Jack Kirby.


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