domingo, 30 de setembro de 2012

De um longo verão

“…

Dessa vez esse verão será diferente. Só nadar no lago, ficar olhando as árvores, essas coisas simples, nada de livros, de música, de festas. Prometi isso aos meus pais.

Vai ser bom para esquecê-la, afinal, no próximo ano ela não estará lá. Sentirei muitas saudades, mas o destino quis assim.

Dez dias nessa casa alugada, só a família, será que eu aguento isso, tenho que cumprir a promessa. Não ir até o mercadinho local, não olhar para as garotas (tanto as locais quanto as turistas), não ir a qualquer festividade que tenha aqui?

O dia passa rápido se eu nadar mesmo nesse lago (será que ele estará gelado), mas e as noites? Baralho com meus pais não é uma boa ideia, dormir cedo nem pensar, assim vou enlouquecer…

Será que tem algum tipo de barco nesse lugar? Para poder conhecer os limites do lago, quem sabe teria algum lugar melhor para se ficar durante o dia e quem sabe assim eu não faço nenhuma bobagem.

Definitivamente, eu vou sentir saudades dela…

…”

(Devaneios sobre uma foto de Hallstatt, Áustria e influências de um seriado)


De imaginação dentro do trem

“…

(tchug, tchug, tchug)

Aquele barulho já estava incomodando, afinal, a viagem estava apenas começando, mas três horas dentro daquele trem parecia uma eternidade, toda a novidade já era velha, até mesmo a paisagem congelada que corria pelas janelas não despertava mais nenhuma atenção.

Ela nunca havia saído de sua cidadezinha (um pequeno vilarejo perto das montanhas) e agora estava ali, naquele famoso trem, indo para a Capital. Sua imaginação estava a mil, o que ela veria em primeiro lugar? Será que tudo era como ela tinha lido nas poucas revistas que tivera acesso?

(tchug, tchug, tchug)

Ela se lembrava daquele livro, aquele que contava um mistério que se passava naquele trem. Sim, era ficção, nunca um crime tão perfeito como aquele aconteceria na vida real, não num espaço tão limitado como aquele, onde não há possibilidade de fuga para um criminoso…

Mas, já que o tédio era grande, nada mais a entretinha, porque não sair de sua cabina e ir ao vagão restaurante, observar os outros viajantes? Só por brincadeira, imaginar o que eles fazem da vida, porque estão viajando naquele trem, justamente nessa viagem. Uma brincadeira de imaginação, afinal, nisso ela era boa.

(tchug, tchug, tchug)

Uma última olhada pela janela antes de sair da cabina, ela estremece de frio só de observar o pequeno rio congelado que passa lá embaixo, mal se vê a água, só gelo e neve, um ambiente desolador.

Então ela se levanta, arruma suas roupas, veste o casaco, o cachecol e as luvas, abre a porta e sai…

…”

(Devaneios sobre uma foto de um riacho no inverno e uma pequena homenagem a um clássico da literatura)

sábado, 29 de setembro de 2012

De passeio assustador

Ninguém mais se lembra daquele verão, nem mesmo eles (que se esforçaram para esquecer aqueles acontecimentos).

A ideia tinha um charme, um algo de aventura, de exploradores, e isso havia seduzido a todos.

Afinal, o bosque ficava próximo, a caminhada até ali duraria poucos minutos, depois, juntar galhos e folhas, fazer a fogueira, esperar a noite cair, tudo era simples.

E lá foram eles, todos confiantes, alegres, se a caminhada não tirasse o fôlego, eles cantariam como bardos antigos. Pararam na proximidade das árvores e se perguntaram onde fariam o acampamento.

Um argumentou que eles tinham que entrar um pouco no bosque, senão não haveria graça e eles seriam motivo de troça no dia seguinte, os outros concordaram.

Triste erro. Parecia que o local era mágico, a cada passo que davam, a cada metro que entravam naquela mata, tudo parecia mudar e ficar escuro, as árvores pareciam se adensar e se fechar sobre eles.

Após alguns minutos de caminhada, que pareceram horas, a impressão que dava era que eles estavam longe de qualquer lugar civilizado.

O relógio ainda marcava três horas da tarde, mas o céu mostrava a imagem da meia-noite, numa escuridão total. Eles procuravam andar juntos, mas já não sabiam como voltar, não haviam marcado as árvores, nem mesmo deixado rastros fáceis de serem seguidos de volta.

Aos poucos começaram a ver uma claridade, parecia que vinha de algum lugar a sua frente, torciam que fosse uma saída.


Apressaram o passo, quase sentindo a felicidade voltar aos seus corações.

Mas logo a sensação foi mudando para um temor, eles começaram a ver que a claridade bruxuleava, como se fosse uma fogueira e passaram a ouvir uma cantiga fraca, ao longe, quase um lamurio.

Andaram mais um pouco, já sem confiança nos próprios passos, até que viram um tronco sem galhos, e mais a frente deste tronco parecia vir a claridade. O som da ladainha aumentava a cada passo dado, o ritmo parecia enfeitiça-los, impedindo-os que virassem e saíssem correndo.

Eles mal conseguiam se olhar, sabiam que suas faces mostrariam o medo insano que lhes transbordava o coração, mas ainda assim se recusavam a abandonar o caminho.

Cada passo que davam o coração aumentava sua batida. Tum. Tum. Tum.

Chegaram até o tronco, que parecia ter apodrecido de repente.


Eles se olharam, finalmente, e tentaram murmurar algo, para decidir o que fazer. Iriam em frente ou sairiam correndo? Que encruzilhada estavam.

Eles não ousavam respirar mais forte, tamanho o medo que estavam, seus olhos pareciam ter perdido todo o brilho da vida.

Então, num acordo mudo, ao sinal de um deles (ninguém mais se lembra quem sinalizara), eles saíram em desabalada corrida voltando por onde haviam vindo e só pararam quando chegaram em casa, brancos como cera, sem fôlego, tremendo.

Nunca souberam o que havia naquele bosque, não conseguiram olhar além daquele tronco, não tinham certeza de nada, apenas que tiveram pesadelo o resto daquele verão.

De hotel monstruoso

Acredito que tenha sido uma pré-estreia, pois a programação do cinema indicava que somente hoje e amanhã, em dois horários específicos, esse filme seria exibido.


Um filme cujo trailer já sacaneia com o Conde Drácula não poderia deixar de ser aquela comédia, e realmente era…

A ideia de que Drácula fundou um hotel num castelo na Transilvânia, para receber outros monstros e proteger a filha do mundo humano não parece ser muito original, mas a forma como isso é abordado torna o filme numa deliciosa diversão.

Ter a perspectiva dos monstros, com medo exagerado dos humanos, sua forma distorcida de festa animada, as suas famílias, o sistema de comunicação do hotel, tudo é bem divertido e foi criado com feliz criatividade.

E tudo reina feliz (ou infeliz) naquele castelo até que um humano chega para acabar com toda a harmonia, pelo menos na ótica de seu proprietário, já que os hóspedes são facilmente enganados e acham que se trata de apenas mais um monstro que está convivendo entre eles.

Mil peripécias, desencontros, olhares e uma cena que ficou historicamente escatológica (as lentes de contato), uma diversão que vale a pena.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

De ordens para o massacre

“…

Atenção pelotão!

Preparem-se, vocês sabem bem que estamos em território inimigo.

Não pensem duas vezes, ao menor barulho, um movimento diferente que seja nas folhagens, qualquer coisa, abram fogo, os Charlies não lhes darão uma segunda chance, se vocês não atirarem primeiro, irão voltar para casa dentro de um saco preto, se voltarem.

Cuidado onde vocês pisam, principalmente vocês novatos, não sabemos se a área está minada, mas mesmo que não esteja, eles fazem armadilhas, buracos fundos com estacas de bambu, uma queda e você vira peneira, sem chances de sobreviver, por isso olhem bem onde colocam seus pés.

Cuidem uns dos outros, nem mesmo junto aos troncos de árvores estaremos seguros, cuidado com cipós pendurados, podem ser “gatilhos” de armadilhas, esses Charlies jogam sujo.


Os aviões já abriram a clareira para nosso pouso, eles fizeram um fogo de napalm tem uns dez minutos, assim que a poeira baixar, os nossos helicópteros baixarão, eles não tocarão o solo, teremos que saltar, procurem se agrupar e deem cobertura a quem ainda não saltou e aos nossos pássaros, eles serão nosso passaporte de volta quando a missão estiver terminada.

Boa sorte a todos.

…”

(Devaneios em cima de uma foto de Bacson Valley, Vietnam)

De documentário emocionante

Estou até agora sem palavras, depois que assisti a esse filme eu estou enrolando para falar algo sobre ele (já escrevi outros 13 posts e postergava este).

Não dá mais para fugir.

É difícil falar, pelo menos para mim, afinal Raul foi um dos primeiros nomes na música que me chamaram a atenção, foi uma música dele que eu, com quatro anos, comecei a gostar dessa parada.

Nunca virei músico, nem mesmo sei tocar algum instrumento, mas ela me move.

Ver esse filme (assisti o DVD numa quinta ou sexta à noite), foi legal, me emocionei um bocado com as lembranças que contavam dele, os amigos, os parentes, os parceiros de música e loucuras, eu bebia da fonte, ficava imaginando as coisas e cantava junto as músicas (eu sei quase todas).

É difícil falar, palavras são insuficientes para descrever, o Maluco Beleza era de outra dimensão, um ser fantástico que se fez entre nós para divulgar sua música e suas ideias.

Eu sei que vou assistir novamente a esse filme, mas antes eu preciso de fôlego, tenho que estar preparado, para quem é fã dele, “Raul, O Início, O Fim E O Meio” fala profundamente.



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

De um monólogo com Varsóvia

Você já nem se lembra de quando nasceu, não é mesmo?

Os livros contam que no Século XIII foi reconhecida como cidade… naqueles tempos de Idade Média sabe se lá o que eles consideravam uma cidade, um grupamento de casas, uma igreja e um mercado? Um castelo como centro urbano, talvez? Mas o fato é que oficialmente você era uma cidade, bem no meio do caminho entre os Cárpatos e o Mar Báltico, num lugar frio pra caramba.

Até o Século XVI não tinha tanta importância, não sei, não conheço direito sua história, mas foi no final desse século que você virou a capital do seu país… quanta importância.

Você já viu diversos exércitos invasores, não é mesmo? Suecos, russos, Napoleão e os franceses, e sobreviveu a todos, com algumas cicatrizes, mas sobreviveu.

Seu maior terror, porém, vinha do Oeste, mais próximo que o general francês, mas imitando-o, talvez com mais crueldade e sanguinolência. Acho que você nunca se esquecerá daquela suástica, dos braços direitos erguidos como saudação, do Heil…

É muito doloroso falar, parte de sua população, cerca de 35% dela, ou fugiu sem levar nada ou foi presa, assassinada ou confinada num gueto onde viviam apertados, sufocados, numa subvida. A desumanidade dos invasores foi assustadora, o pior é que o resto do Mundo só soube disso muito tempo depois. Verdade, alguns sabiam disso na época e fizeram vistas grossas, a tal política de alianças sempre resultou crimes tão cruéis quanto os praticados pelos invasores.

Mas tudo o que é ruim passa, essa fase passou, assim como a fase da “ditadura” de esquerda, que caiu graças a um sindicato com o nome de Solidariedade. Sim, ele era mais forte em outra cidade, mas a liberdade pela qual eles lutavam chegou até você, o líder deles foi presidente e reconheceu sua importância.

Hoje você tem importantes centros de ensino, uma Orquestra Filarmônica, seu Teatro Nacional e a Ópera são bem conhecidos.

Mas são pequenas construções como essa abaixo que encantam, que mostram o seu lado tradicional, sua humanidade (se me permite o termo).

Quem sabe um dia eu venha a lhe conhecer melhor do que essas simples palavras, mas que seja no verão, seu inverno é demais para mim.

(Devaneios sobre uma foto da cidade de Varsóvia, Polônia)

De anseios de festa

“…

Está caindo a tarde, as ruas do bairro, sempre calmas, começam a ficar agitadas. Curioso isso, aqui sempre foi um silêncio quase sepulcral, mês após mês, mas quando chega julho, ah quando chega julho…

Até hoje não sei ao certo, aniversário do bairro, data do padroeiro da cidade, festa da Igreja… sempre, desde que eu me entendo por gente, houve essa festa que dura quase o mês inteiro e eu nunca soube qual era o motivo. Acho que já ninguém sabe também, virou tradição e todos têm medo de que se eles deixarem de fazer o bairro vire um cemitério de vez.

Sim, há o lado bom, vem gente de toda a cidade e até de cidades vizinhas vem para cá, moças bonitas, que não recusam um convite para dançar (e quem sabe um beijinho ou algo mais), as comidas diferentes, o cheiro só já basta, as cores, as luzes, a festa em si.

Porém isso atrai alguns sujeitos mal-encarados, nunca soubemos de nada, mas de um tempo para cá eles começaram a aparecer, só rondando as bancas, verdadeiros abutres, parecem esperar algum descuido, alguém exagerar na dose, não sei, mas… espero estar errado… vou pensar noutras coisas, isso nunca leva a coisa boa…

Bom, a loja está para fechar, vou pegar o meu boné, a carteira, parar na padaria para comprar algo para o café da manhã de amanhã, e para casa, um banho e vamos para a festa, a noite está apenas começando.

…”

(Devaneios em cima de uma foto de uma rua preparada para uma festa)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

De pensamentos de pescador

“…

Não gosto de usar essa canoa estilo indígena para pescar, prefiro o alto mar, aqueles barcos pesqueiros, mas… é preciso relaxar, desligar da agitação e esse rio, nessa canoa sem motor, só remos e caniços, é o que se encaixa com a recomendação médica.

E esse clima, ainda ajuda, mas é bom eu não pensar em ficar muito tempo, os picos das montanhas já estão começando a ficar brancos de neve, o inverno está chegando e, com certeza, se eu for colhido aqui, a beira-rio, pela primeira nevasca o que era para ser um período de descanso pode se tornar um inferno, uma verdadeira batalha pela sobrevivência.

Pelo menos me indicaram um lugar bom, o rio tem boa profundidade, não há galhos e bancos de areia onde a canoa (humpf) pode ficar presa.

Só espero que eu consiga pescar algo, ficar aqui, dando banho em anzol não é um esporte “relaxante”…

Agora vamos jogar a âncora, fundear essa canoa, não posso me afastar muito do acampamento, aqui as águas são calmas, mas já ouço o rio acelerar mais a frente, parece haver alguma correnteza mais nervosa, talvez um prenúncio de uma queda d’água. Acho bom eu tomar cuidado, essas corredeiras se formam sempre perto de formações com muitas pedras e ali os peixes têm dificuldades de achar rotas para nadar, tendo que pular as pedras, isso sempre atrai animais predadores, ursos e felinos, não é uma boa ideia achar um desses bichos estando eu só com uma faca de pesca e anzóis, isso não faria nem cócegas nele.

Bom, agora que a canoa parou, vou arrumar tudo e lançar a isca n’água. Peixes se apresentem!

…”

(Devaneios em cima de uma foto de um trecho de um rio nos EUA)

De coletânea de contos

Ia falar sobre um e depois o outro, mas ambos são muito similares, muito intrigantes, muito empolgantes, daqueles que você não descansa até chegar ao final.


Neil Gaiman é mais conhecido no Brasil pela sua produção como roteirista de Histórias em Quadrinho, mas o inglês tem uma razoável produção literária, bem calçada em contos e alguns romances de fantasia.

No caso, Coisas Frágeis (os dois volumes) trazem diversos contos que ele escreveu ao longo de sua produção eclética.

Mas não pense que são contos com temas variados, eles não são monotemáticos, mas há uma predominância ao estilo suspense e, alguma coisa, terror.

A forma sutil como ele aborda os contos, variando a narrativa entre primeira pessoa (a maioria) e um narrador propriamente, quebra a leitura, evitando um cansaço, já que cada conto tem sua dinâmica.

Em suas páginas a mente vai longe construindo cenários que vão do norte da Escócia, passando por Londres e chegando às highways dos Estados Unidos, numa facilidade indescritível.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

De sede no deserto

O ambiente é seco, só de olhar você já sente sede.

As imagens, avermelhadas como as paredes das escarpas, perdem nitidez com o calor abrasador, que faz aquele bafo abrasador subir do solo.

Morros, vales, desfiladeiros, precipícios, nada parece ser sólido e ao mesmo tempo tudo é mais do que real, a visão engana, as miragens são uma constante.

Rastros na areia. Seriam eles de um coiote? Afinal, que outro animal seria insano o suficiente para caminhar neste inferno em terra?

Cuidado com as frestas entre as pedras, potenciais ninhos de víboras. Ou apenas esconderijo de venenosos escorpiões?

O sol implacável não perdoa nem mesmo a sombra, quem dirá um cavalo sedento, em breve ele será somente uma carcaça para os abutres que espreitam nos galhos retorcidos dos poucos arbustos que, teimosamente, resistem ao ambiente.

Olhos d’água são uma sedutora tentação, mas o cuidado tem que acontecer, afinal a água pode estar envenenada, essa e a crueldade da vida.

Cada minuto é uma eternidade, cada passo um esforço sobre-humano, sobreviver é uma aventura.

(Devaneios sobre uma fotografia da Spider Rock – EUA)

De solidão e tempo

O isolamento, o distanciamento total da civilização.

Só você e a natureza. O som das águas, a pouca vegetação corajosa que cresce no meio das pedras, a pouca fauna, quase restrita a aves e animais marinhos.

Um lugar para reflexão, para refazimento de ideias, para repensar a vida.

Ou só um lugar para veraneio, para um fim de semana diferente, sem a pressa imposta pelo relógio.

Um mágico canto onde o tempo é relegado ao segundo plano.

(devaneios sobre uma foto de um Fjord na Noruega)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

De eletricidade e beleza

É energia acumulada.

É uma força da natureza.

Simplesmente é lindo, assustadoramente lindo. Quem já pode assistir relâmpagos cortarem o céu nublado, causando o contraste entre as nuvens escuras e a sua claridade, sabe que poucas coisas podem igualar a beleza (e o medo) que o momento imortaliza.

A beleza de seus desenhos abstratos e o perigo da eletricidade gerada, dois lados de uma mesma imagem.

De um simples anúncio de tempestade, um sonho pode ser gerado a milhões de volts.

domingo, 23 de setembro de 2012

De brisas e ventos

Uma brisa, que acaricia a paisagem.

Um vento, que leva em seus braços aquelas folhas caídas do outono.

O leve deslocamento de ar, que refresca o ambiente.

A força destrutiva de um furacão, que massacra tudo que encontra pela frente.

Ele está sempre presente, muitas vezes nem reparamos, mas lá está, levantando a pipa na brincadeira das crianças, movendo as pás dos moinhos, gerando energia.

Na praticidade do dia-a-dia nós acabamos perdendo a magia que ele traz, quando com leveza e delicadeza espalha as pétalas de um dente-de-leão pela Terra, como uma pequena ode à natureza.

De imaginação viajante

Em época de filmes de aventura e fantasia, essa imagem faz a gente viajar longe.

Um bosque escuro, com árvores esparsas, com seus troncos esverdeados devido ao clima, chão amarelado com um tapete de folhas, que podem fazer um farfalhar ao serem pisadas.

A claridade do dia entra cuidadosa, como se pedisse licença para quebrar a magia que a escuridão dá ao ambiente.

Aquela sensação de que algo está na espreita, algum animal? Alguma pessoa? Ou algo sobrenatural? A imaginação flui com facilidade.

E tudo fica ainda mais mágico se, ao amanhecer, uma névoa cobrir os espaços entre os troncos, diminuindo ainda mais a visibilidade pequena, tornando o ambiente ainda mais misterioso.

Um deleite para a imaginação.

sábado, 22 de setembro de 2012

De animais e antropomorfização

Como é fácil a gente associar imagens de animais com atitudes humanas, talvez até mesmo pelo próprio convívio deles conosco, talvez apenas uma forma que nós achamos de antropomorfiza-los.

Sim, esse palavrão existe, é dar a objetos e animais a semelhança à forma humana.

Essa imagem abaixo é um exemplo, a primeira reação que eu tive foi imaginar uma oração para “colocar” como legenda, afinal a imagem ficou engraçada e lembrou mesmo a alguém elevando as mãos para os céus e rogando ao Criador uma luz, uma ajuda ou qualquer outro motivo pelo qual uma pessoa possa fazer uma oração.

Não vou discutir Religião, nem Psicologia, apenas estou constatando esse fato e imagino que você que está lendo este texto, ao ver a imagem, também vai imaginar alguma oração ou uma frase onde o bichano estaria implorando por alguma coisa, é inevitável.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

De polêmicas e brilhantismo

Uma sessão diferente…

Imagens em preto e branco, com tons sépia, trilha sonora totalmente retrô, com jazz, bolero e tango.

Não, eu não assisti nenhum filme clássico, na verdade foi um filme lançado neste ano, mas todo ambientado da forma acima descrita, para dar um ambiente melhor ao personagem, afinal foi uma cinebiografia.

Um dos maiores nomes da primeira metade do século XX no futebol brasileiro, se não foi o maior. Pelo menos ele sabia como atrair a atenção da mídia na época, com seu jeito explosivo, polêmico e futebol refinado.

Se dentro de campo ele era assim, fora dos gramados não era diferente, noitadas, mulheres, cigarros e outras coisas (que na época não eram tão policiadas para os esportistas) faziam parte do seu dia-a-dia.

O filme conta todo esse glamour de seu auge de carreira, mas intercala com seu final melancólico, internado ainda jovem num sanatório em Barbacena, resultado de sua vida desregrada e da sífilis contraída e não tratada.

Essa é a trajetória de Heleno de Freitas, contada por José Henrique Fonseca, que conta com a boa e eficiente interpretação do personagem principal realizada por Rodrigo Santoro. Um filme que faz justiça ao personagem enquanto jogador de futebol e sincero ao homem enquanto mostra sua falência pessoal e clínica.

Duas horas de bom entretenimento.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

De apagão na web

É complicado…

Eu até estava pensando em um tema para escrever, isso sem contar que eu tenho um, que estou enrolando para escrever, mas quando eu estava me preparando para começar a escrever… fiquei sem conexão.

Não sei o que foi, mas fiquei sem sinal de telefone celular e sem internet banda larga (fixo).

Acredito que tenha sido por causa da chuva que caía naquele momento, não era forte, mas em alguns lugares da cidade havia raios, talvez algum tenha caído ou, de alguma forma, interferido no equipamento, e ambos os serviços que assino são de uma mesma companhia telefônica.

O fato é que fiquei quase quatro horas sem internet, se não tivesse livros e revistas para ler, confesso que eu teria ficado bem aborrecido.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

De caminhos e pontes

Uma ponte é sempre assim, serve para ligar dois lugares.

O que separa esses lugares?

Um precipício, um rio, algum vazio por onde não se pode obter um caminho confiável.

Muitas vezes é para sairmos de um lugar conhecido, onde temos domínio completo para outro novo, onde temos que andar tateando para não tropeçarmos, isso vale não só para o destino como também para a ponte.

Não pensem nessas pontes de concreto, muito usadas, mas aquelas pontes artesanais, feitas de corda e madeira, com sacrifício, aquelas onde cada passo é um desafio.

Mas apesar do desconhecido, dos perigos, quase sempre a paisagem é bonita, aprecia-la, por si só, já é um prêmio.

E seguimos esse desafio diariamente em busca do desconhecido.

De trailer novo e elenco

Hoje, aliás, agora a pouco, foi lançado um novo trailer de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada.

O lançamento faz parte da semana Tolkien, comemorando o autor do universo da Terra Média, que vem sendo comemorada pela American Tolkien Society desde 1978.

Essa iniciativa foi para comemorar não só o Dia do Hobbit, comemorado dia 22 de setembro, considerado a data de aniversário dos dois Hobbits mais conhecidos da Literatura, Bilbo e Frodo Baggins, mas toda uma semana de festivais e outras comemorações.

Mas o restante do Mundo só veio a conhecer e “comemorar” essa semana após o lançamento e sucesso da trilogia Senhor dos Anéis, já que antes era um evento mais restrito aos fãs da Terra Média.

Eis o elenco que participará dos filmes da trilogia O Hobbit:

  • Martin Freeman – Bilbo Baggins
  • Ian McKellen - Gandalf
  • Andy Serkis - Sméagol

A companhia dos Anões:

  • James Nesbitt – Bofur
  • Adam Brown – Ori
  • Richard Armitage – Thorin Escudo de Carvalho
  • Aidan Turner – Kili
  • Dean O’Gorman – Fili
  • Graham McTavish – Dwalin
  • John Callen – Oin
  • Stephen Hunter – Bombur
  • Mark Hadlow – Dori
  • Peter Hambleton – Gloin
  • Ken Stott – Balin
  • Jed Brophy – Nori
  • William Kircher – Bifur

Outros personagens:

  • Jeffrey Thomas – Thror
  • Mike Mizrahi – Thrain
  • Cate Blanchett – Galadriel
  • Hugo Weaving – Elrond
  • Elijah Wood – Frodo
  • Orlando Bloom – Legolas
  • Mikael Persbrandt – Beorn
  • Sylvester McCoy – Radagast, o Castanho
  • Lee Pace – Thraduil
  • Bret McKenzie – Lindir
  • Stephen Fry – Esgaroth
  • Evangeline Lilly – Tauriel
  • Barry Humphries – rei dos Orcs
  • Luke Evans – Bard
  • Benedict Cumberbatch – Smaug
 
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

De heroísmo e ficção

Os sisudos e puristas que me perdoem, mas Independência ou Mortos é excelente.

Tudo bem, eles pegaram a história e deturparam tudo, mudaram as coisas e, sacrilégio, acrescentaram ZUMBIS ao enredo.

Mas quem garante que o que aprendemos nos livros é a verdade? Não que tenham existido os zumbis, mas existe a máxima de que os vencedores escrevem a História, ou seja, quem garante que o glamour do grito do Ipiranga foi mesmo o que aprendemos?

Não vou discutir aqui a História do Brasil, longe disso.


Quero falar da diversão que é essa Grafic Novel, uma história em quadrinhos que eu devorei em questão de pouco mais de uma hora, com muitas gargalhadas e interesse.

O trabalho de caracterização do Rio de Janeiro, buscando a máxima fidelidade da cidade na época, é digno de um prêmio.

Os pequenos detalhes fazem você ler e reler cada quadro, observando pequenos detalhes como se fossem “easter eggs”, tornando a leitura ainda mais gostosa.

É difícil falar, cada uma das páginas é uma viagem ao imaginário, ao delírio, conseguindo fazer você se desligar totalmente do mundo real para se ligar ao universo fantástico que Abu Fobiya (pseudônimo de Fábio Yabu) e Harald Stricker (Andróide) nos apresentam.

Uma leitura divertida.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

De adaptação incompleta

Hoje fui ao cinema com uma boa expectativa, afinal, até hoje, todos os filmes que eu havia assistido que tinham a temática Espírita foram bem adaptados para as telonas.

Sim, até hoje, eu achei que E A Vida Continua ficou devendo.

Confesso que não li o livro, existem tantos livros para ler que ele ainda está na fila de espera, mas isso não influenciou negativamente.

O enredo é fácil de entender, ele é leve, mas ainda assim, não sei explicar direito, o filme demora a decolar.

O início demora um pouco para deslanchar no começo, é necessário para caracterizar bem os dois personagens principais, que são os fios condutores de toda a trama, em seguida os acontecimentos fluem bem, talvez até um pouco rápido demais, mas o tempo usado no detalhismo inicial cobra sua conta no final.

Sei que a obra é extensa, detalhada e conta uma linda história de redenção e amor fraternal, a película reflete isso bem, mas o final acaba atropelando a história, ou melhor, a falta de tempo atropela tudo.

Pequenas informações, sobre como determinados personagens desencarnados aceitam o que lhes aconteceu e a bela opção da reencarnação que lhes é oferecida ficou subentendida, quem conhece a doutrina compreende que essa lição preciosa foi suprimida da história, quem não teve contato com os ensinamentos kardecistas fica sem compreender os fatos.

Isso fez com que o filme ficasse incompleto, sei que uma obra dessas é muito cara, mas a opção seria dividi-la em duas partes, para melhor explorar suas nuances, porém, como não é um filme de ação, achar um gancho para dividi-la em duas partes torna-se inviável, esse é o impasse.

Esse dilema tem que ser melhor trabalhado num próximo trabalho de adaptação, afinal são histórias belas e riquíssimas que tem grande potencial para serem adaptadas ao cinema e divulgar mais a bela obra de Kardec e seus discípulos.

De amanhecer

As últimas sombras da noite se esvaem.

Os animais noturnos, retardatários, buscam abrigo, causando um farfalhar de folhas.

A umidade do orvalho noturno ainda está suspensa no ar.

A quietude, a paz, as estrelas e a Lua dão espaço à agitação dos pássaros matutinos que fazem uma festa de guinchos, chiados e pios.

A opacidade noturna é substituída pela vivacidade das cores silvestres de flores, folhas e galhos, de animais com seus pelos e penas.

A vida celebra mais um dia.

domingo, 16 de setembro de 2012

De paisagens

Terra dos Vikings, com seus Fiordes, com seu frio e o sol da meia-noite.

Também um dos berços da mitologia nórdica, com Asgard, Odin, Midgard e tudo o mais que desemboque no Ragnarok.

Tudo isso se encaixa na Noruega, local onde podemos achar uma paisagem belíssima como esta abaixo.

E com certeza, olhando para essas montanhas, essa lagoa, esse ambiente, a imaginação voa e muitas vezes fica mais fácil criar entes fantásticos.

Apenas olhe, incorpore um personagem e sonhe com aventuras míticas.

De história, tempo e vida

A imagem a baixo é uma fotografia da cidade de Rouen, na França.

Pelo estilo vemos que a arquitetura é quase medieval, o estilo… ah, esquece, não sou arquiteto ou engenheiro, não entendo nada disso.

Mas porque a imagem está aí?

Pela simples divagação, afinal, Rouen é uma cidade que tem séculos de existência, foi testemunha silenciosa de guerras, revoluções, invasões, amores… presenciou a vida de cidadãos comuns e de governantes poderosos, sempre impassível, imutável.

Nunca viajei para esse destino, mas, mesmo assim, olhando a fotografia podemos sentir que a história flui por suas paredes, pulsa no ambiente, parece fazer parte do cenário de forma tão natural quando o Sol, as pessoas e tudo mais.

São nesses momentos que falta ao Homem a humildade de reconhecer que ele é insignificante diante da imensidão do tempo e do espaço, mas sua arrogância o impede de ver coisas simples como essa.

sábado, 15 de setembro de 2012

De planos de emergência

Esqueça o rigor histórico.

Esqueça a seriedade que reflete o personagem real.

Divirta-se com uma realidade paralela onde tudo pode acontecer, seres sobrenaturais cruéis e sanguinários, um homem em busca de vingança, um grande segredo.

Tudo isso você encontra em Abraham Lincoln Caçador de Vampiros, um tipo de filme que tende a virar febre em Hollywood.

Como assim? Personagens reais ou histórias clássicas sendo recontadas com um pouco de terror, o filme é adaptado de um livro homônimo que segue esses moldes e existem já outras publicações no gênero, portanto, em breve, poderemos ter novas obras similares.


Neste filme em questão, o presidente americano perde, ainda na infância, sua mãe, vítima de um sugador de sangue, o, então, garoto presencia a cena e jura vingança.

Sem conhecer os segredos dos terríveis seres, ele tenta usar os métodos tradicionais para “eliminar” o assassino de sua mãe, sendo que seus planos dão errados e ele é salvo por um homem misterioso que lhe oferece ajuda e treino para cumprir sua promessa.

Assim começa a saga de Abe, um homem normal durante o dia e um caçador de vampiros à noite.

Enquanto a história se desenrola levando o caçador à presidência, seus rivais se organizam de forma que sua organização seja perpetuada, com fortes raízes no sul dos EUA.

O ápice do confronto se dá quando irrompe a Guerra Civil, com os seres das trevas apoiando os confederados.

Traições, ação, sangue e segredos fazem o filme ágil e interessante.

Afinal, “a História prefere lendas a homens”.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

De Zumbis, Bruxas e Confusões

Fui ao cinema enganado, explico, comprei um ingresso pensando que se tratava de um desenho e era outro, a explicação é simples, ambos tem o título brincando com palavras que envolvem o nome do personagem principal e palavras que levam o imaginário para um filme de terror.

Eu comprei achando que iria ver Frankenweenie e se tratava de ParaNorman, é para rir, mas sabe aqueles cinco minutos de loucura, bem, foi assim.


Ainda verei a história de Weenie, mas acabei vendo foi os apuros de Norman (também comprei ingresso para outro filme que falarei depois).

Porque apuros?

Bem, Norman é um garoto normal, de seus dez ou onze anos, que frequenta a escola, tem uma família, tudo normal, quer dizer, nem tudo, ele fala com os mortos e isso faz com que ele seja o motivo de chacota não só no colégio, mas em casa também.

Mas a cidade de Norman vive sob uma terrível maldição, a “maldição da bruxa”, que perdura desde os tempos que o local era um vilarejo do século XVIII, e o dom de Norman o levará a inúmeras confusões e aventuras.

Um filme que tem o começo um pouco arrastado, mas depois fica com uma ação frenética, com um final diferente e um pouco emocionante.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

De exilados e celestes

Visitei novamente o Universo fantástico de Eduardo Spohr com seus anjos e demônios.

Uma nova aventura, mas dessa vez não temos envolvidos generais, e sim meros peões que se movimentam no tabuleiro da Guerra Civil que assola os sete céus.


Novamente o autor nos mostra que seus personagens têm comportamento e personalidades similares às humanas, tais como cinismo, humildade e intolerância…

Somos apresentados a anjos de novas castas, com suas próprias características e conhecemos mais da mitologia e da cronologia deste maravilhoso Universo.

Apesar da Guerra Civil, na Haled existe um acordo de paz, nenhuma das Legiões Celestes pode agir nessa área, sendo permitido apenas que os “exilados” convivam com os humanos neste terreno.

Porém existe uma informação que o lado legalista possui uma equipe em missão secreta que viola o tratado, se ela for bem sucedida o equilíbrio de forças deixará de existir.

Kaira, Denyel, Levih e Urakim

Para evitar que isso aconteça, os rebeldes designam dois anjos para frustrar a ação adversária, porém, estes anjos se encontram desaparecidos já faz algum tempo, então um novo coro é enviado para localizar e resgatar seus companheiros.

Dessa vez não há grandes intrigas políticas, mas espionagem, ação direta e ação dos lacaios de Lúcifer que agem por interesses próprios.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

De jogo de cartas

Eu me lembro do jogo Super Trunfo da época da minha adolescência.

Era um jogo de cartas que apresentava um determinado tema, coisas como motocicletas de corrida, tanques de guerra, aviões e outros.


Cada caixinha continha 32 cartas cada uma com um modelo daquele determinado tema, tendo de cinco a sete características específicas listadas, sempre eram características mensuráveis e que se poderia confrontar com as características das outras cartas, ganhando aquela que tinha o melhor desempenho.

Uma carta específica ganhava de quase todas, era o super trunfo. Não sei se hoje em dia alguma regra mudou, mas na minha época ela perdia para qualquer carta “final 1”, independente dos valores que estavam sendo confrontados.

Acho que pulei uma explicação, a carta “final 1”, vamos lá…

Como eu disse, cada conjunto de cartas continha 32 cartas, divididas em 8 grupos que eram numerados com letras e números, A1 até A4, B1 até B4 e assim por diante até H4, e as cartas “final 1” superavam o trunfo, independente de qualquer característica avaliada.

Eu me lembro do desespero que era perder o super trunfo para uma cartinha mequetrefe, só porque ela terminava em 1, era pedir para morrer.

Segundo o “seo” Google, o jogo nunca deixou de ser vendido no Brasil, desde os anos 1970. Hoje em dia qualquer coisa acaba virando tema para o jogo, times de futebol, jogadores, personagens de desenhos animados, enfim, fez algum sucesso, por mais efêmero que seja, e já existe alguém negociando com a empresa que fabrica o jogo para sair uma edição especial.

domingo, 9 de setembro de 2012

De pães e refeições

Faz um tempão que eu não falo de São Paulo, vamos falar um pouco de novo.

É curioso como cada cidade tem suas características.

Aqui, e na grande maioria das cidades, uma padaria serve para você comprar pão e produtos alimentícios a ele ligados, mas em São Paulo a “Padoca” é uma instituição, é muito mais do que isso.

Não sei bem, mas acredito que seja porque o paulistano, em sua maioria trabalhe longe de casa e, com as dificuldades que o trânsito apresenta, acaba sendo obrigado a fazer suas refeições na rua, pelo menos durante os dias de semana, alguns também nos finais de semana.

Muitas vezes a opção de restaurantes é cara, a refeição tem que ser em locais mais acessíveis, aí entra a padaria.

Você pode chegar pela manhãzinha numa padaria paulistana e tomar o café da manhã, com direito a bolos, pães, frutas e uma série de outras guloseimas, vai lá ao meio dia e almoça, à noite também tem buffet para o jantar, algumas (que funcionam 24 horas), tem o lanche da madrugada para quebrar aquela “larica” da balada, e tem refeições para todos os bolsos.

Há aquelas mais famosas e caras, que acabam ganhando fama que extrapola a cidade, e aquelas que são mais modestas (de bairros), mas todas tem uma magia, uma atração culinária que faz valer a pena uma visitinha.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

De itens de coleção

A revista americana Wired divulgou as dez revistas em quadrinhos ou artes de capa mais caras do mundo.

Os valores são explicados em função da importância da revista (estreia de personagem), da raridade dela (número de exemplares intactos conhecidos) e, no caso das artes, a relevância destas para a revista e o personagem.

Edições que, em leilões, atingiram altos valores para colecionadores, eis a lista:

1) Action Comics n° 1 (estreia do Superman) – US$ 2,161 milhões


2) Amazing Fantasy (estreia do Homem-Aranha) – US$ 1,100 milhão


3) Detective Comics n° 27 (estreia do Batman) – US$ 1,075 milhão


4) The Amazing Spider-Man n° 328 (arte da capa de Todd McFarlane) – US$ 657.250


5) The X-Man n° 1 (estreia dos X-Men Originais) – US$ 492.937


6) The Dark Knight (arte de Frank Miller) – US$448.125


7) Flash Comics n° 1 (estreia do 1° Flash) – US$ 450.000


8) Amazing Spider-Man n°1 (arte da capa de Todd McFarlane) – US$ 358.500


9) Captain America Comics n° 1(estreia do Capitão América) – US$ 343.057


10) Fantastic Four n° 1 (estreia do Quarteto Fantástico) – US$ 300.000


É, quando se tem dinheiro, ser colecionador é muito legal.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

De perfis de animais

É uma coisa que eu gosto: fotografia.

Não sou um bom fotografo, mas sempre que posso tenho uma máquina próxima.

Hoje achei essas fotos feitas por um fotografo zimbabuano, Brendon Cremer.

Ele passou cerca de cinco anos em parques africanos, para conseguir fotografar perfis de animais no amanhecer ou no ocaso, conseguindo esses efeitos fantásticos.

Não sei que tipo de filtro ele usou, nem especificação de câmera, nada, apenas acho que o resultado está muito bom, são imagens belíssimas.