“…
Não gosto de usar essa canoa estilo indígena para pescar, prefiro o alto mar, aqueles barcos pesqueiros, mas… é preciso relaxar, desligar da agitação e esse rio, nessa canoa sem motor, só remos e caniços, é o que se encaixa com a recomendação médica.
E esse clima, ainda ajuda, mas é bom eu não pensar em ficar muito tempo, os picos das montanhas já estão começando a ficar brancos de neve, o inverno está chegando e, com certeza, se eu for colhido aqui, a beira-rio, pela primeira nevasca o que era para ser um período de descanso pode se tornar um inferno, uma verdadeira batalha pela sobrevivência.
Pelo menos me indicaram um lugar bom, o rio tem boa profundidade, não há galhos e bancos de areia onde a canoa (humpf) pode ficar presa.
Só espero que eu consiga pescar algo, ficar aqui, dando banho em anzol não é um esporte “relaxante”…
Agora vamos jogar a âncora, fundear essa canoa, não posso me afastar muito do acampamento, aqui as águas são calmas, mas já ouço o rio acelerar mais a frente, parece haver alguma correnteza mais nervosa, talvez um prenúncio de uma queda d’água. Acho bom eu tomar cuidado, essas corredeiras se formam sempre perto de formações com muitas pedras e ali os peixes têm dificuldades de achar rotas para nadar, tendo que pular as pedras, isso sempre atrai animais predadores, ursos e felinos, não é uma boa ideia achar um desses bichos estando eu só com uma faca de pesca e anzóis, isso não faria nem cócegas nele.
Bom, agora que a canoa parou, vou arrumar tudo e lançar a isca n’água. Peixes se apresentem!
…”
(Devaneios em cima de uma foto de um trecho de um rio nos EUA)
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