segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Desconfie de sua própria sombra

Terminei de ler Protocolo Bluehand: Alienígenas, aliás, falta um pouco dos anexos, vou ler depois de postar, mas pelo que eu vi, eles não acrescentarão muito ao que vou escrever.


Ainda estou em dúvidas como classificar o livro, tem horas que ele é sério, baseado em documentos históricos ou oficiais, tem momentos que é basicamente cultura nerd, cheio de citações, tem horas que parece um guia de sobrevivência na selva ou em outro lugar, já que tem dicas de exercícios físicos, equipamentos e ferramentas para se ter em casa, e tem horas que é totalmente paranoico, falando de possíveis sinais de alienígenas por todos os lados.

Ele começa sério, falando sobre o histórico de possíveis contatos, desde a pré-história até os dias de hoje, também relatando as diversas espécies alienígenas que já teriam visitado o planeta, suas espaçonaves, características, além de forças e possíveis fraquezas, um estudo sério sobre os extraterrestres.

Segundo essa teoria, antes do surgimento da raça humana, o nosso sistema solar fazia parte de uma rota espacial (alguém lembra aqui de o Guia do Mochileiro das Galáxias?), mas que acabou caindo no desuso, talvez pelo fato dos alienígenas desenvolverem novas técnicas de viagens espaciais, ou talvez porque esta região do espaço se mostrasse sem interesse para eles.

Ainda nessa linha de pensamento, o interesse pelo nosso planeta voltou quando começamos a viver na Era Atômica, com as bombas atômicas lançadas sobre o Japão.

São listados locais na Terra onde haveriam sinais de bases extraterrestres do tempo das rotas espaciais, e citam que algumas ainda estariam ocupadas e funcionais, enquanto que outras estariam abandonadas.

Em seguida são listados os “modus operandi” desses visitantes, as fases de exploração das áreas terrestres, como se dá as abduções, como são feitos os implantes extraterrestres (alguém aqui chamou o Arquivo X?), os incidentes já relatados e devidamente documentados (que são escondidos pelas organizações governamentais).

Na terceira parte, bastante interessante, você tem uma lição de sobrevivência, como agir no caso de avistamento, escolher as melhores rotas de fuga, quais objetos você deve ter à mão sempre, pois eles com certeza serão úteis, como transformar sua casa num local inexpugnável, quais exercícios físicos e mentais devem ser praticados, enfim, um guia de emergência.

Aí nós entramos na fase “Roteiro de Cinema”, imaginem todos os filmes e seriados de ficção científica que você já tenha assistido ou ouvido falar, coloque todos num liquidificador e misture bem, chegamos ao capítulo quatro, um cenário hipotético de uma invasão total da Terra, como você deveria agir nos primeiros momentos, depois como explorar sua vizinhança, para ver se é seguro sair, como reunir grupos de sobreviventes para criar pequenas colônias.

Passamos para o quinto capítulo, organizar a resistência, o contra-ataque, e tentar expulsar os invasores, retomando o nosso Planeta.

Cenários possíveis, estratégias específicas para os adversários, tudo tem sua abordagem.

Finalmente, se imaginando que os sobreviventes conseguissem expulsar os alienígenas, como se daria a reconstrução do Planeta e de nossa sociedade, o que mudaria, quais as principais diretrizes a se tomar, assim como os EUA revidaram Pearl Harbor na Segunda Guerra, a humanidade deveria se preparar para ir para o espaço e revidar essa invasão? Enfim, tudo é abordado.

Os anexos trazem casos históricos, desde a pré-história, de lendas e mitos, além de tradições, que podem ser interpretados como contatos com alienígenas, passagens bíblicas, livros sagrados indianos, pinturas rupestres, histórias da Idade Média, enfim, casos que são vistos como místicos podem ter explicações científicas se olhados por este prisma.

Também são listados livros, sites, filmes e outras fontes onde o leitor pode se aprofundar no assunto e ter uma melhor preparação para sobreviver ao contato com os extraterrestres.

Enfim, um livro interessante, mas que vai ficar um bom tempo na prateleira até eu ter disposição de reler.

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