Esse livro de contos eu ganhei em dezembro de 2010, não sei se foi de Natal ou aniversário, já que eu faço aniversário menos de um mês depois do Natal e ele veio num pacote com outro presente, ou seja, um de Natal e outro de aniversário, eu escolheria qual seria qual.
Na verdade isso é o que menos importa, presente é sempre bom, ainda mais quando se gosta dele.
Na verdade é uma coleção com cinco contos (ou histórias, como preferir).
Segundo críticos, fãs e leigos, são as melhores histórias do maior detetive da ficção policial, o detetive inglês Sherlock Holmes.
Eu sempre gostei de ler sobre o detetive, tanto que eu comecei a assimilar o estilo de escrever de Conan Doyle, não escrevendo igual, mas lendo as páginas eu começava a antever as informações e meio que “deduzia” o criminoso antes mesmo de a narrativa o fazer.
Esse mesmo fenômeno se dá quando leio Agatha Christie, eu comecei a entender a construção das pistas e do crime que ambos os autores usavam.
Por esse motivo eu passo algum tempo sem ler nada de nenhum dos dois, mas como eu gosto muito dos dois, eu sempre volto a ler seus livros.
Mas vamos falar das cinco histórias.
Bom, antes uma explicação, como eu disse a pouco, eu gosto de ler sobre o detetive, era de se esperar que numa coletânea dessas eu já tivesse lido pelo menos uma das histórias selecionadas, na verdade havia lido três delas, e ainda assim eu gostei muito do livro.
A primeira história, A Faixa Malhada, mostra uma jovem com problemas que mora no interior da Inglaterra, ela procura o morador de Baker Street e lhe conta o caso, antes mesmo de ele conhecer a residência dela, o poder dedutivo já está em pleno funcionamento, levando Holmes e seu amigo, o Dr. Watson, a correr para a localidade a fim de desvendar o mistério.
Para quem acha que Holmes nunca falhou em sua vida, se surpreende com a segunda história, Um Escândalo na Boêmia, onde encontramos um personagem que consegue ludibriar o arguto detetive, dessa forma presenciamos aquela que talvez seja sua maior derrota.
Um caso peculiar, uma trama fantasiosa para se chegar a um intento criminoso, assim podemos chamar A Liga dos Cabeça-Vermelha, uma história que envolve ruivos (motivo óbvio), roubos e a Enciclopédia Britânica.
A quarta história, O Problema Final, para mim inédita, valeu o livro.
Quem não conhece a história do detetive não sabe que ele foi assassinado por seu autor, que estava cansado de escrever sempre sobre o mesmo personagem.
Essa é a história onde isso acontece, não vou contar a trama, apesar de já ter revelado o seu desfecho, mas posso dizer que foi aqui que o maior antagonista do detetive deixa sua marca definitiva, foi aqui que o Professor Moriarty, o Napoleão do Crime, faz sua mais importante participação.
Quem acha que movimentação de fãs para evitar um fim trágico de seu objeto de devoção é coisa recente, não imagina o quão grande foi a mobilização na Inglaterra pela volta de Holmes, foram muitas e muitas cartas que chegavam na redação do jornal onde Conan Doyle publicava suas histórias e na própria casa do autor, todas, sem exceção, pedindo o retorno das histórias dele e de seu fiel escudeiro, Watson.
A ação foi tamanha que algum tempo depois de escrever sobre a morte de Holmes, Conan Doyle foi obrigado a contar que ele havia ludibriado a morte e retornava num caso intrigante, elucidado com maestria, essa é a quinta história do livro, A Casa Vazia, que fecha com chave de ouro esse livro.
Bom, eu já falei que sou fã do detetive, que já tinha lido três dessas histórias, portanto já sabem qual a minha classificação para esse livro, né?
Só uma curiosidade, a famosa frase: "Elementar Meu Caro Watson!", nunca foi usada nos livros, ela foi imortalizada num programa de rádio, que dramatizava as aventuras do detetive, e posteriormente no cinema, onde por diversas vezes suas histórias foram contadas.
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