O filme sobre a vida de Heleno de Freitas, se já não foi lançado, está para ser.
Existe toda uma expectativa para se saber se o jogador foi bem adaptado e interpretado por Rodrigo Santoro.
Talvez seja o melhor filme nacional abordando futebol com um personagem real, afinal, se reproduzir uma partida de futebol, com todos seus detalhes, é muito difícil.
Agora, no meu modo de ver o melhor filme sobre futebol é outro.
Do diretor Ugo Giorgetti, o filme Boleiros, Era Uma Vez no Futebol (1998), tem um sabor delicioso.
É um filme de memórias (fictícias, é verdade).
Cássio Gabus Mendes é um jornalista que precisa realizar uma reportagem com um ex-jogador que, segundo fontes, está na miséria.
Para tentar encontra-lo, o jornalista se encaminha para um barzinho num bairro paulistano, que é reduto de ex-boleiros, que se reúnem para relembrar os bons e velhos tempos.
Memórias de jogos polêmicos, de ex-atletas que foram jogar no exterior e retornam desconhecidos, craques emergentes e suas confusões dentro e fora do campo, pequenas crônicas de uma leveza e humor poucas vezes vistos.
Sim, através de contatos, o jornalista encontra o ex-jogador, que mantém as aparências, dando uma entrevista muito marrenta, mas essa é a história de fundo, a desculpa que se encontra para narrar lendas esportivas que qualquer pessoa mais desavisada pode jurar que realmente aconteceram.
Ugo Giorgetti fez uma continuação, Boleiros 2, Vencedores e Vencidos (2006), com algumas alterações, mantendo uma linha de tempo, ou seja, todos os personagens que tem suas histórias contadas no primeiro filme ou aparecem ou são mencionados no segundo, com algumas continuações de histórias, ou com outro tipo de envolvimento, mas com o mesmo brilhantismo do original.
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