sábado, 6 de outubro de 2012

De perdido no meio da mata

“…

Como ele havia parado ali? Ele não se lembrava de nada. Tateou seus bolsos, aparentemente estava tudo ali, chaves, carteira, até as balas de hortelã. Na verdade ele precisava consultar se o mirrado dinheiro e seus documentos estavam na carteira, mas antes de mais nada ele precisava tentar descobrir onde estava.

Isso sem falar daquela dor de cabeça insistente. Sua cabeça latejava do lado direito, um pouco acima da orelha. Parecia que haviam dado uma pancada com alguma coisa bem ali.

Pensando bem, pode mesmo ter sido isso, alguém deve tê-lo agredido e, por algum motivo desconhecido, levado ele para aquele lugar desconhecido.

Mas, voltando a sua pergunta inicial, que lugar era aquele? Aquela estrada no meio do mato, cercada de árvores e capim, parecia que ela era bem cuidada, que alguém, pelo menos uma pessoa, costumava usá-la como caminho. Para onde ele deveria ir, em frente, ou voltar, para onde essa estrada o levaria? Que ou quem o aguardaria ao final dela?

Olhando ao redor, não havia nenhum galho que ele pudesse pegar e usar como arma para se defender. Bom, ele não sabia mesmo o que lhe esperava, de repente chegar empunhando um galho como se fosse um porrete só poderia trazer mais problemas, mas e se algum animal o atacasse, como ele se defenderia. E agora?

A única opção era andar, com cuidado, esperando pelo inesperado, pois ficar ali poderia ser pior e, para completar, o sol já estava próximo do horizonte, em breve ele não conseguiria enxergar nada e…

…”

(Devaneios sobre uma fotografia da Natureza)

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